Maioria na Câmara de Porto Alegre aprova proibição de máscaras em manifestações

Mônica Leal acompanha a votação de seu projeto, junto com a bancada do PTB | Foto: Ederson Nunes/ CMPA
Mônica Leal acompanha a votação de seu projeto, junto com a bancada do PTB | Foto: Ederson Nunes/ CMPA

Débora Fogliatto – Sul21

A Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou, na tarde desta quarta-feira (26) o projeto de lei que proíbe o uso de máscaras ou qualquer forma de tapar o rosto durante manifestações. Por 21 votos a dez, com cinco abstenções, o PL 312/2013, da vereadora Mônica Leal (PP), ainda prevê que protestos aconteçam mediante aviso prévio à polícia, “sem o porte de quaisquer armas” e “pacificamente”. Após ter sido debatido na sessão plenária de segunda-feira (24) por duas horas e meia, a votação foi adiada para ontem, quando os vereadores se manifestaram por cerca de uma hora antes da decisão.

Em sua fala, Mônica Leal justificou que o país assistiu a manifestações “tanto ordeiras quanto feitas por vândalos mascarados” durante o ano de 2013, e afirmou ser “completamente a favor de manifestações”, mas contra protestos que “toquem o terror e depredem”. “Não sou a favor de nenhum tipo de violência. Quem for lá agredir, pichar, tocar o terror, que o faça de cara limpa para responder pelos seus atos”, disse a vereadora do PP.

Ao se manifestar durante a sessão plenária, o vereador Pedro Ruas (PSOL) argumentou que o projeto não poderia ser legislado pela cidade, porque “o direito de ir e vir não pode ser diminuído, modificado ou proibido por uma legislação municipal”. Ele, que também se posicionou contra o mérito do projeto, disse que, mesmo aprovado, não exerce a menor eficácia do ponto de vista legal. Já Mônica, para justificar a constitucionalidade de seu PL, afirmou ter tido acompanhamento jurídico da Procuradoria da Câmara e da Comissão de Constituição de Justiça. “Estamos vivendo o verdadeiro horror nas ruas. Eu só quero garantir que o cidadão de bem possa se manifestar”, completou ela, aplaudida por algumas pessoas presentes na plateia. (mais…)

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A ativista Medha Patkar, o movimento ambientalista e o novo partido AAP

A ambientalista Medha Patkar durante protesto em fevereiro deste ano
A ambientalista Medha Patkar durante protesto em fevereiro deste ano

O economista ecológico Joan Martinez Alier, da Universidade Autônoma de Barcelona, analisa mudança no cenário político na Índia com o lançamento da candidatura da ambientalista

Por Joan Martinez-Alier*, no Blog do Felipe Milanez

Um símbolo do ativismo social e ecológico na Índia é Medha Patkar, uma mulher de 60 anos se tornou conhecida pela luta contra represas do rio Normada, movimento chamado Bachao Andolan (o movimento para salvar o rio), como objetivo de impedir o deslocamento de milhares de indígenas ribeirinhos, lutando pelos direitos humanos e, ao mesmo tempo, pela natureza.

Nascida em Mumbai, estudou ciências e fez mestrado em serviço social. Logo abandonou a academia e renunciou a uma vida burguesa para se dedicar a apoiar os milhares de movimentos de base na Índia, viajando incansavelmente, participando ações diretas, coletivas de imprensa, greve de fome. É respeitada e até venerada por ativistas sociais e ambientais em seu país, em razão de sua trajetória de luta e também pela sua idade. Ela ganhou reconhecimento internacional com a participação na Comissão Mundial de Barragens, cujo relatório foi publicado no ano 2000. Recebeu os prêmios Goldman e Right Livelihood. Internamente, na Índia, o seu reconhecimento também não parou de crescer. (mais…)

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Acre decreta estado de emergência por causa de isolamento

Moradores enfrentam ruas completamente alagadas no bairro Triângulo, um dos mais afetados pela cheia do Rio Madeira em Porto Velho Lunae Parracho / Greenpeace
Moradores enfrentam ruas completamente alagadas no bairro Triângulo, um dos mais afetados pela cheia do Rio Madeira em Porto Velho
Lunae Parracho / Greenpeace

Rio Madeira alcançou 18,57 metros, interditando rodovia que dá acesso ao Estado

Itaan Arruda – Especial para O Estado

RIO BRANCO – O governador do Acre, Tião Viana (PT-AC), decretou estado de emergência em função do isolamento causado pelas cheias do Rio Madeira, em Rondônia. Em declaração divulgada pela assessoria de governo, Viana usa o termo “isolamento pleno” para expor a gravidade da situação. (mais…)

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Sucesso! Madeireiros expulsos do território da ‘tribo mais ameaçada do mundo’

O governo brasileiro lançou uma grande operação para expulsar invasores ilegais da terra dos Awá © Silvano Fernandes/FUNAI
O governo brasileiro lançou uma grande operação para expulsar invasores ilegais da terra dos Awá
© Silvano Fernandes/FUNAI

Survival – A campanha global da Survival International para salvar os Awá, a tribo mais ameaçada do mundo, celebrou um grande sucesso esta semana: madeireiros e fazendeiros responsáveis pela destruição da floresta da tribo na Amazônia brasileira estão sendo expulsos. Os primeiros prazos para os invasores deixarem o território expiraram nessa segunda-feira 24 de fevereiro, 2014.

De acordo com relatórios da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) muitos madeireiros e fazendeiros deixaram a área na última semana, e o esquadrão terreno vai remover todos os outros invasores antes do dia 9 de março. (mais…)

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MPF e MPT acionam Justiça para que União cesse contratações ilícitas na saúde indígena

logo mpfAlém de a terceirização estar ocorrendo de forma ilícita há décadas, (…) os valores destinados à contratação das entidades conveniadas são elevados. Um exemplo é a quantia destinada a apenas duas dessas entidades (a Missão Evangélica Caiuá e o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira) somente em 2013: R$ 531.910.515,18. Acordo judicial que previa fim de terceirizações foi descumprido três vezes desde 2008

MPF

O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) ajuizaram quarta-feira, 19 de fevereiro,  pedido de execução de título judicial, contra a União, pelo descumprimento de acordo que previa o fim de terceirizações irregulares na contratação de pessoal que presta serviços de saúde às comunidades indígenas brasileiras. O documento também requer a abertura de concurso público com, no mínimo, 4.041 vagas, e a homologação de seu resultado final até 30 de junho de 2014.

Para que o serviço não seja prejudicado no período entre o fim da terceirização e a contratação mediante concurso, o Ministério Público requer que seja formalizado o vínculo direto dos atuais trabalhadores, inclusive dos agentes indígenas de saúde e dos agentes indígenas de saneamento. A medida, de caráter temporário e de excepcional interesse público, é prevista no artigo 37, IX, da Constituição Federal. (mais…)

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Morreu Paco de Lucía, símbolo da renovação e difusão do flamenco

Paco de Lúcia morreu aos 66 anos. Foto - Divulgação

Terra/EFE

Paco de Lucía, violonista de flamenco, morreu nesta quarta-feira (26) em Cancún, no México, aos 66 anos de idade. Símbolo da renovação e difusão mundial do flamenco, ele conquistou diversos prêmios.

O músico teria sofrido um infarto enquanto brincava com seus filhos na praia. Em novembro do ano passado, ele esteve no Brasil, após 16 anos, para uma turnê pelas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Francisco Sánchez Gómez, de nome artístico Paco de Lucía, introduziu ao flamenco, ao longo de sua carreira, ritmos como o jazz, a bossa nova e, inclusive, a música clássica. (mais…)

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CNPM arquiva processo da Famasul contra recomendação do MPF MS para que BNDES e outros não financiem ocupantes de terras indígenas ou sob litígio

Juiz Wilson Witzel e cocarO relator afirmou ainda que, por sua atuação na questão indígena, os procuradores do MPF/MS deveriam “receber uma congratulação do CNMP  e não serem representados para abertura de Procedimento Administrativo”.

MPF MS

Por maioria, o Plenário do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) arquivou o Procedimento de Controle Administrativo n. 13/2012-21, que pedia a suspensão de recomendação expedida pela Procuradoria da República em Dourados (MS) para que bancos  aplicassem as regras restritivas, constantes das convenções internacionais das quais as instituições financeiras são signatárias, quanto à concessão de financiamentos a produtores rurais ocupantes de áreas indígenas ou sob litígio. O Plenário seguiu voto-vista do conselheiro Luiz Moreira (foto), que considerou que eventuais faltas dos procuradores da República que assinaram o documento estariam prescritas.

O PCA foi requerido pela Federação de Agricultura no Estado do Mato Grosso do Sul (Famasul) e questionava a Recomendação n. 09/10. No documento, procuradores recomendaram ao BNDES, ao Banco do Brasil e a agentes financeiros (que operam recursos do BNDES) a observâncias dos pactos internacionais, o que implicaria no não financiamento de atividades de produtores rurais ocupantes de terras indígenas ou sob litígio no Mato Grosso do Sul.

O julgamento do PCA começou em 2013, quando o então relator, conselheiro Fabiano Silveira, defendeu que não era possível anular a recomendação, por tratar-se de atividade fim do Ministério Público, não sujeita a controle pelo CNMP. No entanto, ele votou pela abertura de processo administrativo disciplinar contra os procuradores signatários do documento, para apurar eventual excesso na emissão da recomendação. (mais…)

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Tenharim: “PF conclui inquérito e pede prisão preventiva de índios em Humaitá”

Foto: internet
Foto: internet

Leia o ótimo texto de Alceu Castilho: Mídia Inacreditável

Acusados de matar três homens que atravessavam a reserva indígena estão em prisão temporária; caso está agora com o Ministério Público Federal

Por Chico Siqueira, especial para O Estado de S. Paulo

A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que apurou a morte de três homens na Terra Indígena Tenharim Marmelos, em Humaitá, no sul do Amazonas. O caso está agora com o procurador Edmilson da Costa Barreiros Júnior, do 2° ofício do Ministério Público Federal (MPF), de Manaus, que deverá decidir pela denúncia dos cinco índios tenharins presos acusados pelos crimes.

No inquérito, o delegado Alexandre Alves, pede que a prisão temporária dos índios seja transformada em prisão preventiva. O pedido foi feito por Alves ao juiz Márcio André Lopes Cavalcante, da 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de Manaus. Mas, segundo o advogado Carlos Terrinha Almeida de Souza, além da modificação na prisão dos índios, o delegado também pede a prisão de outros 25 índios, acusados de coparticipação nas mortes. A informação não foi confirmada pela Justiça Federal e nem por Alves, que alegou sigilo profissional. (mais…)

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Como vemos nossos direitos hoje?

Foto: CIR
Foto: CIR

 CIR

Com base no questionamento de como vemos os nossos direitos hoje, lideranças indígenas entre, tuxauas, mulheres e jovens, iniciaram ontem, 25, o VI Encontro Estadual dos Operadores dos Direitos Indígenas, que nessa continuidade vem com o tema Desafios e Estratégias Atuais na Defesa dos Direitos Indígenas. A atividade é realizada na Casa de Cura, em Boa Vista/RR.

Conhecedores da lei maior, a Constituição Brasileira de 1988, que contém importantes artigos que garantem direitos aos povos indígenas do Brasil, as lideranças tem a consciência de que é necessário aprimorar esses conhecimentos sob o ponto de vista estratégico de luta e fortalecimento do movimento em defesa dos direitos constitucionais. São direitos à demarcação e homologação de terras indígenas, à educação diferenciada, saúde de qualidade, proteção territorial, direito à autonomia e outros, que constantemente vem sendo violado e desrespeitado pelos poderes constituintes.

Para esse momento de revisão dos conhecimentos sobre os direitos indígenas, os participantes contam com a mediação da Advogada Joênia Wapichana, coordenadora do Departamento Jurídico do CIR, que desde 2001 realiza essa atividade política e cidadã junto às comunidades e suas lideranças indígenas. (mais…)

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RJ – Ato unificado contra a criminalização das lutas pelo Estado e a imprensa fascista

Jornal A Nova Democracia

No início da noite de ontem, cerca de mil pessoas tomaram a Avenida Rio Branco, no Centro do Rio de Janeiro, em um ato unificado contra a criminalização das lutas pelo Estado e a imprensa fascista. A manifestação reuniu trabalhadores, estudantes, indígenas, professores, sem-tetos e vários movimentos que lutam pelos direitos do povo. Apesar das agressões e intimidações gratuitas por parte da polícia, tudo correu bem do início ao fim da manifestação. Na Cinelândia, a massa fez uma fogueira de jornais O Globo e cantou “Globo fascista, você que é terrorista!”.

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