Defensoria Pública da União assume formalmente a defesa dos Tenharim presos em Porto Velho, juntamente com Ricardo Albuquerque

Ricardo Albuquerque (quarto a partir da esquerda, com o cocar azul) e os Tenharim
Ricardo Albuquerque (quarto a partir da esquerda, com o cocar azul) e os Tenharim

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

A estratégia de repassar para a Defensoria Pública da União (DPU) a liderança da defesa dos indígenas atualmente em prisão temporária em Porto Velho não poderia ter sido mais correta e em tempo certo. Contratado pelos Tenharim e Jiahu para atuar no processo referente à proteção dos indígenas  e ao ressarcimento dos estragos causados pela Transamazônica, Ricardo Tavares de Albuquerque, Professor da Universidade Estadual do Amazonas e advogado civil, soube felizmente reconhecer a necessidade de ajuda.

Muito antes de se transformarem numa prisão temporária contra cinco indígenas, as acusações contra os Tenharim vinham sendo utilizadas, desde o 25 de dezembro, como uma espécie de Inquisição, iniciada publicamente com uma sessão de fogueiras.  E digo publicamente porque é óbvio que a violência que ganhou fotos, vídeos e manchetes nesse dia, e da qual não há dúvida de que muitos participaram movidos pela dor causada pelo desaparecimento das três vítimas que estão sendo hoje enterradas – Luciano Freire, Stef Pinheiro e Aldeney Salvador -. vinha sendo construída há algum tempo por interesses diversos, que de repente conseguiram um ‘mote’ apropriado para deflagrá-la.  (mais…)

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