Seguindo os pressupostos da Educação do Campo – entendida como processo e resultado das contradições e conflitos em que camponeses e trabalhadores rurais estão envolvidos – e da pedagogia da alternância, que respeita a dinâmica de trabalho dos educandos com seus territórios, a ENSP torna pública a seleção para o curso de mestrado profissional em Trabalho, Saúde, Ambiente e Movimentos Sociais. O curso faz parte da estratégia de implementação da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta (PNSIPCF). É voltado para profissionais que atuam na saúde, na educação do campo e nas ciências agrárias, em áreas de reforma agrária e/ou comunidades camponesas. As inscrições estão abertas até 24 de janeiro de 2014 e devem ser feitas na Plataforma Siga Fiocruz
O objetivo da formação é consolidar conhecimentos acerca do método científico, da teoria crítica, bem como desenvolver investigações em torno das relações trabalho, saúde, ambiente e movimentos sociais.
O curso tem foco na população do campo e da floresta, da qual fazem partem camponeses, agricultores familiares, trabalhadores rurais assalariados, temporários, assentados, acampados, comunidades de quilombos e tradicionais, populações que habitam ou usam reservas extrativistas, ribeirinhos, pessoas atingidas por barragens, entre outras.
O mestrado profissonal faz parte da estratégia de implementação da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta (PNSIPCF), com a ativa participação dos movimentos sociais. Esta Política tem como objetivo a melhoria do nível de saúde das populações do campo e da floresta, reconhecendo suas especificidades de produção, gênero, geração, raça e etnia, por meio do acesso aos serviços de saúde, da redução de riscos à saúde decorrentes dos processos de trabalho; e da melhoria dos indicadores de saúde e da qualidade de vida.
Segundo o edital, a execução de um curso de Mestrado Profissional em Trabalho Saúde, Ambiente e Movimento Sociais, em âmbito nacional, têm caráter inovador. Busca articular a cooperação entre os movimentos sociais do campo e o Governo Federal, por meio da Fiocruz e do Ministério da Saúde, reafirmando uma decisão política de estender a abrangência de oferta da formação acadêmica, legitimando o compromisso social e ético que toda gestão pública deve trazer para o âmbito de sua responsabilidade.
O curso tem como coordenadores os pesquisadores do Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP) Marcelo Firpo e Ary Miranda. A carga horária total do curso é de 1440 horas, com atividades presenciais, práticas e desenvolvimento da dissertação. As atividades presenciais serão desenvolvidas ao longo de cinco etapas, sendo que nas quatro primeiras serão ministradas oito disciplinas obrigatórias. Cada etapa será ministrada em regime de tempo integral, no período de quatro semanas. O curso terá duração de 24 meses e o início está marcado para ter início em maio de 2014.
Mais informações poderão ser obtidas no edital, disponível na Plataforma Siga.