Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A importância da cultura negra na educação é o tema da 3ª Jornada da Educação para Promoção da Igualdade Racial, que ocorre no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O objetivo é promover a igualdade racial, com debates e oficinas centradas na questão étnico-racial. Até sábado (30), a jornada ocorrerá em dois pontos do município: o Teatro Raul Cortez e o auditório da Secretaria Municipal de Duque de Caxias.
Desde segunda-feira (25), a jornada vem promovendo eventos ligados à valorização da cultura negra, com palestras e seminários, com convidados de vários municípios da região, além de avaliar se a Lei 10.639/2003, que determina a inclusão do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em escolas públicas e particulares, vem sendo cumprida.
A secretária de Educação de Duque de Caxias, Marluce Gomes, considera importante a promoção desse tipo de evento para combater o preconceito e tornar a educação mais igualitária. “Para promover essa igualdade na educação, temos que trabalhar de uma forma árdua. O preconceito é muito forte. Por isso a necessidade de dar palestras, formar grupos de leitura para que haja um estudo profundo e aperfeiçoamento por parte dos professores, para que tenham condições de levar mais conhecimento para os alunos, consequentemente para seus responsáveis”, disse.
De acordo com a organização não governamental (ONG) Se Essa Rua Fosse Minha, que organiza a jornada em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a prefeitura de Duque de Caxias, dos cerca de 3 milhões de habitantes da Baixada Fluminense, o percentual de negros chega a 60%. Na avaliação do secretário executivo da ONG, César Marques, grande parte dessas pessoas está dentro das salas de aula e deve aprender mais sobre a cultura negra.
“Desenvolvendo e ampliando conhecimento sobre essa questão, o tratamento da história da cultura negra é mantido. O Brasil se nega a falar da cultura negra, principalmente dentro das salas de aula. Esta jornada é vista como um espaço de convivência, de troca de conhecimento. As oficinas são boas oportunidades para se aprender, por meio de aulas sobre etnociência e etnomatemática, por exemplo. Isso alimenta o conhecimento sobre uma cultura tão rica, além de incentivar a aplicação destes ensinamentos nas escolas”, disse.
*Edição: Aécio Amado