Por que tanta gente gosta de escrever para o próprio umbigo na internet?, por Leonardo Sakamoto

Blog do Sakamoto

Tirei uma hora desta manhã para colocar em dia a leitura de algumas reportagens e artigos que andei separando ao navegar pela rede. Creio que muitos de vocês compartilham com o mesmo sentimento de frustração de se deparar com tanta coisa interessante e ir juntando tudo, mesmo sabendo que nunca terá tempo para ler.

Ou, nascendo em família rica, optaram por não trabalhar e podem ler à vontade, não compreendendo patavinas da frustração supracitada.

Luta de classes à parte, o fato é que considerei muitos dos textos que separei quase impossíveis de serem compreendidos. Estavam bem formatados, adequados às normas linguísticas, mas não dialogavam com o leitor. Quando muito com o próprio umbigo sujo do seu criador.

Parecia que as palavras haviam sido escolhidas para demonstrar que seu autor tinha um bom estoque delas em seu curral intelectual e não para passar a ideia da forma mais simples possível. E simples não significa superficial ou pouco profundo.

Esta discussão é diferente daquela travada no jornalismo sobre a necessidade de fugir do economês, do juridiquês, do politiquês ou da pavonice cultural para tratar de assuntos específicos que interessam a determinados grupos. O nó é mais embaixo. Tem a ver com a vontade de esbanjar um conhecimento desnecessário a fim de se validar com determinado grupo social. Os outros jornalistas, por exemplo. (mais…)

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‘Eles não foram só vitimas’, diz historiador sobre índios Náuas

Comunidade Náua - Foto: acervo SEE/AC
Comunidade Náua – Foto: acervo SEE/AC

Atualmente existem cerca de 380 índios Náuas na região do Juruá. Cacique afirma que convivência com os ‘brancos’ foi um prejuízo ao povo.

Por Francisco Rocha e Veriana Ribeiro, do G1 AC, via CR Juruá

Há 109 anos, Cruzeiro do Sul (AC) era uma cidade povoada pelos índios Náuas. A ocupação na região do Vale do Juruá, em que a cidade fica localizada, foi mais lenta devido a resistência desses grupos indígenas. O que, de acordo com o historiador Marcus Vinícius, contribuiu de forma significativa para o desenvolvimento da região.

“A ocupação dos afluentes do rio Juruá foi mais lenta, o que explica um desenvolvimento mais lento naquela região. Ou seja, os grupos indígenas no Acre tiveram uma influência fundamental na formação da sociedade acreana. Diferente do que a gente normalmente acredita, eles não foram só vitimas, eles determinaram parte desse processo histórico”, explica o historiador. (mais…)

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Garantizando los derechos de los campesinos, La Vía Campesina en las instituciones de seguridad alimentaria de la ONU

Via Campesina micro“Las reformas en las instituciones internacionales como el Comité de Seguridad Alimentaria Mundial (CSA) deben aprovecharse para hacer avanzar la causa de los campesinos y pequeños agricultores. Lo cierto es que ninguna política, ya sea a nivel nacional o internacional tiene realmente en cuenta los intereses de este colectivo, así que somos nosotros los que tenemos que decir lo que necesitamos” – Ibrahim Coulibaly, presidente de la Confederación Nacional de Organizaciones Campesinas (CNOP por sus siglas en francés) de Malí.

Hay una cierta emoción en La Via Campesina acerca de las evoluciones recientes en la Organización de las Naciones Unidas para la Alimentación y la Agricultura (FAO). El 4 de octubre de 2013, el Director General de la FAO, Jose Graziano da Silva, formalizó la relación entre ambas organizaciones a través de un acuerdo de colaboración, reconociendo a La Via Campesina como la más importante representante de los pequeños productores de alimentos de todo el mundo.

Este es un paso más del que alegrarse de una serie de reformas en curso en la FAO, que han creado un espacio único y sin precedentes para colaborar con la sociedad civil y democratizar el escenario de las políticas alimentarias mundiales. La Via Campesina se ha involucrado diligentemente en estas reformas para promover la soberanía alimentaria.

Estas reformas tienen por fin darle a la FAO no solo una mayor legitimidad política, haciéndola más inclusiva, sino también devolverla a su calidad de piedra angular de la cooperación internacional en el área de la seguridad alimentaria, empezando a tomar de las manos del Banco Mundial (BM) o la Organización Mundial del Comercio (OMC) este tipo de decisiones acerca de políticas. Si bien esta evolución es bienvenida, el movimiento campesino mundial no deja de ser realista en cuanto a la cantidad de esfuerzo que debería dedicar a la ONU, manteniendo al mismo tiempo su punto fuerte sobre el terreno, movilizando agricultores y construyendo alternativas. (mais…)

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Eliane Brum: O dever de iluminar

eliane brum

Escritora defende que literatura e jornalismo têm compromisso com a emoção e a verdade

Por Carlos Herculano Lopes, em Estado de Minas

Uma das jornalistas mais reconhecidas do país, ganhadora de 40 prêmios nacionais e estrangeiros ao longo da carreira, a gaúcha Eliane Brum – desde 2010 atuando como repórter independente, depois de ter trabalhado em vários jornais e revistas brasileiros – é também cronista, ficcionista e documentarista, tendo codirigido, entre outros, o filme Uma história severina. Nascida em Ijuí, no interior do Rio Grande do Sul, em 1966, ela é autora do romance Uma duas e do livro de reportagem Coluna Prestes – o avesso da lenda, a vida que ninguém vê, com o qual ganhou o Prêmio Jabuti em 2007. “Só sei viver escrevendo. Termino ainda este ano um novo livro, que não é nem romance nem reportagem”, disse a escritora, em conversa com o Pensar.

Uma vez você disse que escrevia porque a vida lhe dói. Continua pensando assim? O que escrever significa para você?

Sim, escrevo para transformar dor em palavra. Essa possibilidade, que eu descobri ainda na infância, foi transformadora e me permitiu criar uma vida com sentido. Mas não é só dor o que percebo no mundo, mas também uma abissal delicadeza. Isso me move na reportagem, a delicadeza mesmo nas horas brutas. A frágil e intrincada teia de sentidos com que cada um inventa uma vida, a partir de muito pouco, quase nada. Escrever é minha expressão no mundo. É o que sou e também o que me torno a cada dia. Em um dos textos de A menina quebrada, escrevi sobre a declaração de morte de um grupo de guarani-kaiowá, no ano passado. Precisei, então, pesquisar o que era a palavra para esta etnia indígena, já que carta é palavra. Tanto o conceito quanto a experiência da palavra, para eles, são extremamente sofisticados e muito, muito bonitos. Palavra é também ou principalmente “palavra que age”. Encontrei ali o que busco ser neste mundo: “palavra que age”.  (mais…)

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Consciência Negra: Dia de reflexão e festa

 

A Cia. Baobá faz show para celebrar os 318 anos de luta e morte de Zumbi dos Palmares
A Cia. Baobá faz show para celebrar os 318 anos de luta e morte de Zumbi dos Palmares

Estado de Minas

O Dia Nacional da Consciência Negra (comemorado em 20 de novembro) será celebrado em Belo Horizonte na segunda-feira, com a entrega do 4º Prêmio Zumbi de Cultura. Criação da Cia. Baobá de Dança – Minas, o evento terá atividades na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes, com bate-papos temáticos: “Juventude negra, cor e cidadania” (das 9h às 12h) e “Empreendedorismo, arte e protagonismo juvenil” (13h30 às 16h). E, à noite, solenidade de premiação, no Teatro da Biblioteca Pública, das 19h às 22h. (mais…)

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Caçadores de hereges: “Travessias inquisitoriais das Minas Gerais aos cárceres do Santo Ofício”

Júnia Ferreira Furtado narra a dramática e reveladora história dos portugueses irmãos Nunes, que viveram entre a Bahia e Minas
Júnia Ferreira Furtado narra a dramática e reveladora história dos portugueses irmãos Nunes, que viveram entre a Bahia e Minas

Livro reúne estudos que narram a história da inquisição e da perseguição feita aos judeus, cristãos-novos e indígenas nas Minas Gerais do século 18

Por Ângela Faria, em Estado de Minas

Pelo menos desta vez, Inquisição não é propriamente castigo. Organizado pelas historiadoras Júnia Ferreira Furtado e Maria Leônia Chaves de Resende, o livro Travessias inquisitoriais das Minas Gerais aos cárceres do Santo Ofício (Fino Traço Editora) revela personagens sofridos e fascinantes, protagonistas de alentados ensaios sobre a saga de cristãos-novos e seus “caçadores” na Terra de Santa Cruz que se tornou Brasil.

É bom lembrar: a fogueira não foi exclusividade de judeus, obrigados pela coroa portuguesa a se converter ao catolicismo no século 15, e de seus descendentes. Acusados de feitiçaria, bigamia ou superstição, sobrou também para os índios. Em 1745, um deles, Custódio da Silva, acabou preso às galés por cinco anos. Aos negros se atribuíam os crimes de mandinga, cópula carnal com o demônio e adivinhação.  (mais…)

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Mandato del Tercer Encuentro Continental de Jóvenes Indigena

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Por Juan Camayo, em CAOI

Reunidos en el resguardo indígena La María, Piendamó,  departamento del Cauca, Colombia. durante los días 11 y 12 de Noviembre del 2013 jóvenes de los siguientes  países: Colombia, Ecuador, Bolivia,  Guatemala, México, Estados Unidos y Canadá, con el fin de analizar, discutir y propone ante la actual situación política, Social, Económica,  cultural y organizativa que vivimos las y los jóvenes indígenas del Abya Yala, mismos que atentan contra la pervivencia de nuestros pueblos y de la   madre tierra.

Las y los jóvenes presentes en este III Encuentro Continental de la Juventud en el  marco de la  V Cumbre Continental, aclaramos  que nuestros procesos son una ventana para  seguir haciendo  la articulación y la unidad al interior de nuestras comunidades indígenas, que es prioritario y urgente, que nosotros como jóvenes, integrantes de nuestros pueblos seamos actores estratégicos para el cambio en los espacios  que se generen alrededor del movimiento indígena,  aportando en la construcción  y tejido de los procesos de los mismos. (mais…)

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União na luta: Carta dos Povos Indígenas e Quilombolas do Maranhão

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Nós, Quilombolas e Indígenas do Maranhão, reunidos nos dias 12,13 e 14 de novembro de 2013 no I Encontro de Indígenas e Quilombolas do Maranhão, no Centro Diocesano de Mangabeira, município de Santa Helena Diocese de Pinheiro – Maranhão, compartilhamos nossa alegria de viver, denunciamos as injustiças e anunciamos um novo tempo de luta e resistência.

Indígenas dos dos povos Krikati, Pykobjê – Gavião, Krenyê, Tenentehar/Guajajara, Krepumkatejê, Movimento Quilombola do Maranhão (Moquibom) e comunidades quilombolas do Tocantins, Amapá, Rondônia, Pará, Mato Grosso e Minas Gerais, Conselho Indigenista Missionário – CIMI, Comissão Pastoral da Terra – CPT, Universidade Federal do Maranhão – UFMA, Justiça nos Trilhos, Cáritas, CSP-Conlutas, entre outra entidades de apoio à luta dos povos indígenas e quilombolas, refletimos, cantamos, dançamos e decidimos que o momento é de união de forças para denunciar as constantes violações aos nossos direitos, as constantes perseguições às nossas lideranças, a persistência do racismo e da discriminação ao nosso jeito de viver, de sentir, de pensar, de se expressar. (mais…)

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