
Coordenador pediu reintegração de posse. Atividades estão paradas. Grupo assinou documento que pede a saída do coordenador do órgão.
Tatiane Queiroz, do G1 MS
O prédio do Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul (DSEI), em Campo Grande, continua ocupado por índios das etnias terena e guarani-kaiowá. Nesta segunda-feira (23), o grupo assinou uma carta que pede a exoneração do coordenador do órgão, Nelson Olazar. Segundo o vice-presidente do Conselho de Saúde Indígena do estado, Pedro Terena, o documento será entregue para o titular da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Antônio Alves de Souza.
Os índios ocuparam a sede do DSEI na manhã de quarta-feira (18). O grupo informou ao G1que pediu uma reunião com Olazar, mas que até o momento não foi atendido. Ainda segundo Pedro Terena, o protesto é pacífico, não houve depredação do prédio e nem expulsão dos funcionários do órgão.
Olazar disse ao G1 que registrou um boletim de ocorrência por invasão e pediu a reintegração de posse do prédio. Ele informou ainda que as atividades do órgão estão paradas.
“Não tenho como garantir a segurança dos funcionários. Até que a Justiça se pronuncie, as atividades permanecerão paradas”, afirmou.
Motivo
De acordo com Souza, os índios querem a saída de Olazar porque o atendimento em saúde nas aldeias “está estagnado”. O servidor ocupa o cargo há seis anos.
A Sesai
O DSEI pertence à Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), órgão ligado diretamente ao Ministério da Saúde e é responsável pela atenção básica e por intermediar, com a rede pública, hospitais e atendimentos de média e alta complexidade.
O presidente do Conselho informou que o DSEI em Mato Grosso do Sul recebe, anualmente, do Governo Federal, R$ 45 milhões, sendo R$ 30 milhões destinados aos recursos humanos e R$ 15 milhões para execução direta dos serviços.