O projeto reúne diversas atividades que tiveram inicio desde o dia 31 de agosto e seguirão até o dia 7.
Com informações do site Coletivo Casa Preta
O Coletivo Casa Preta e a Rede Mocambos vêm realizando intensa programação esta semana com várias ações socioeducativas através do projeto Pajelança Quilombólica Digital para jovens do bairro da Terra Firme em Belém e articuladores e educadores que fazem parte da Rede. O objetivo é fortalecer e valorizar a cultura afro proporcionando conhecimento e empoderamento através da apropriação e utilização de tecnologia em software livre.
As oficinas seguem até o dia 7 de setembro com rodas de conversas, oficinas de vídeos, apropriação tecnológica, oficina de tambores, herbário, além de exibição de vídeos, interversões de grafite, debates sobre “Mulher preta na ativa” com a juventude feminina da Casa Preta e apresentação de Tambor de Criola.
As atividades contarão com a presença de membros do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa), que realiza ações voltadas para políticas afirmativas para negros e negras há mais de 20 anos no estado; Museu Emílio Goeldi e educadores de movimento de resistência negra, de centros culturais e coletivos de outros Estados como Recife, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Amapá, todos integrantes da Rede Mocambos, como Milson Onilètó do Maranhão.
Ele faz parte do terreiro Casa Ferreiro de Deus desde os 16 anos, em língua yorubá, Ile Axé Olodumare Alagbebê. O terreiro sedia o Centro Cultural Alagbebê que compõem a Rede Mocambos. “Eu vim participar da Pajelança e trocar ideias do que temos lá e ampliar o debate sobre juventude negra, intolerância religiosa e comunidades tradicionais através da apropriação tecnológica do povo preto para se tornarem, não somente protagonistas, mas contadores de suas próprias histórias”.
No dia 6 será dada continuidade a oficina de vídeo. Pela manhã, às 9hs começam as rodas de conversa com “Crédito Carbono” e a tarde, às 16hs, a roda debate “Mulher Negra na Ativa” com a participação das mulheres pretas da Casa. Convidados Jorge do POA, Maria Luiza do Cedenpa e Duda Sousa.
No dia 7 as atividades começam a partir das 14hs com Tambor de Criola com o grupo cultural Filhos e Amigos de Cururupu; Exibição de vídeos; Intervenções de Grafite com Cop Tinta e Tranças com Nega Suh, Rubia Rafalyah e Mina Ribeiro.
Os eventos serão transmitidos pela rádio livre Acquatune, parceira do Coletivo Casa Preta, através da frequência 90.9Mhz.
A Pajelança Quilombólica Digital está sendo realizada na sede do Coletivo Casa Preta, localizado na Rua Roso Danin, 780, entre 2ª de Queluz e Juvenal Cordeiro, no bairro Canudos-Terra Firme, em Belém-PA.
Coletivo Casa Preta
Direcionados no pensamento de Zumbi, “Vamos fazer o mundo mais do nosso jeito”, o Coletivo Casa Preta é uma Associação de Afro Desenvolvimento que agrupa articuladores do Movimento Hip Hop, produtores culturais e educadores. O coletivo atua em linhas que discutem tecnologia e ancestralidade, identidade e autoestima da população negra e pobre.
A Casa Preta faz parte da Rede Mocambos e atua como Núcleo de Formação Continuada nos Estados do Pará Maranhão, Manaus, Amapá e Porto Velho aliando tecnologias da informação e comunicação em comunidades quilombolas rurais e urbanas articulando na construção de politicas de ações afirmativa nos eixos:
Cultura Ancestral: oficinas de dança afro, construção de tambores, formação do Bloco Firme.
Cultura Afro contemporânea: oficinas da cultura hip-hop e eventos culturais
Cultura Digital: apropriação tecnológica a partir do conhecimento de softwares livres
Formação Política: atuação com diferentes metodologias em comunidades urbanas e rurais para difusão de uma construção de desenvolvimento pautado em modelos colaborativos comunitários, com filosofia afro quilombola e políticas de afirmação e reparação.
Empreendimentos Solidários: criação da microempresa NEGOOCIO que comercializa e oferece serviços de desenvolvimento web (sites, portais, plataforma, e-commerce e etc.) e articulação da Rota de Escambo Baobá.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por Lilian Campelo.