Obra de Belo Monte pode atrasar por problemas com Ibama

Índios mundurucus em reunião em Brasília, no mês passado, para discutir obra de Belo Monte
Índios mundurukus em reunião em Brasília, no mês passado, para discutir obra de Belo Monte

Marcelo Leite, Folha de S. Paulo

Desta vez não são os índios mundurukus nem os sindicatos. A mais nova ameaça de atraso na construção da controversa hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, parte do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

O risco de paralisação numa fase crucial da obra, iniciada há três anos, é citado em documento publicado silenciosamente pela agência federal na semana passada. Trata-se da análise sobre o terceiro relatório da empresa para acompanhamento do Plano Básico Ambiental (PBA), um rol de 23 exigências sociais e ambientais.

Segundo o documento do Ibama, sete dessas “condicionantes” não estão sendo atendidas. Entre elas, obras de saneamento (rede de água e esgoto), equipamentos de saúde e educação e cadastramento da população a ser reassentada na cidade de Altamira (PA) e região. (mais…)

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Primeiro professor da etnia Guarani tomou posse na UFGD

Juntamente com Eliel Benites, outros seis docentes tomaram posse.
Juntamente com Eliel Benites, outros seis docentes tomaram posse.

UFGD – Foi empossado na tarde de sexta-feira, 26 de julho, o primeiro professor indígena da etnia Guarani Kaiowá, Eliel Benites. O docente é da aldeia Tey´Kauê, de Caarapó, e foi lotado na Faculdade Intercultural Indígena – FAIND, para o ensino de Ciências da Natureza.

Eliel fez parte da primeira turma do curso de Licenciatura Intercultural Indígena Teko Arandu e é mestrando do Mestrado em Educação na Universidade Católica Dom Bosco – UCDB.

Também foram empossados outros seis docentes de diversas áreas, que vão atuar nas Faculdades de Ciências da Saúde, Ciências Humanas, de Comunicação, Artes e Letras, Ciências Biológicas e Ambientais. Foram eles: Crhistinne Cavalheiro Maymone Gonçalves, Pamela Staliano, Ariane Guerra Barros, Diego Marques da Silva Medeiros, João Marcos Dadico Sobrinho e José Sebastian Miranda Gomez.

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SP – II Semana Tupã em Comemoração ao Dia Internacional dos Povos Indígenas, 6 a 10/8/2013

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O Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, administrada em convênio com a ACAM Portinari, promoverá de 6 a 10 de agosto de 2013 a “II Semana Tupã em Comemoração ao Dia Internacional dos Povos Indígenas”. As atividades propostas têm como objetivo ampliar as reflexões sobre os assuntos indígenas na atualidade, além de aproximar a comunidade tupãense e de outros municípios da cultura indígena, em especial dos habitantes das terras indígenas (T.I.) Vanuíre e Icatu, povos de origem Kaingang, Krenak e Terena.

Informações: (14) 3491-2333
Entrada: gratuita

Veja a programação AQUI.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Janete Melo.

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Regulamentação da Consulta: Riscos e Oportunidades

logo cpispComissão Pró-Índio de São Paulo

A iniciativa da regulamentação preocupa uma vez que o Estado Brasileiro tem um histórico de ignorar a consulta ou realizá-la por meio de procedimentos pouco adequados que não possibilitam um processo livre de construção de acordos conforme preconiza a Convenção 169 – fato é constatado pelos próprios peritos da OIT em seus informes. Assim tem-se o receio que a regulamentação possa trazer uma interpretação restritiva do direito a consulta livre, prévia e informada e dos seus efeitos de forma a facilitar a implementação de grandes projetos e obras.

Mas, por outro lado, uma norma adequada pode ser estratégica para fortalecer o exercício da autonomia das comunidades indígenas e quilombolas na gestão de seus territórios e ser um instrumento para abrir espaço ao diálogo e tentar influenciar as decisões sobre tais empreendimentos.

Confira a avaliação dos entrevistados pela CPI: (mais…)

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MPF/CE quer suspender autorização para obra de viadutos no Parque do Cocó

Cerca de 100 árvores do Parque do Cocó já foram derrubadas (FOTO: Lucas Moreira)
Cerca de 100 árvores do Parque do Cocó já foram derrubadas (FOTO: Lucas Moreira)

Ação civil pública ajuizada pelo procurador Oscar Costa Filho tem como réus a Prefeitura de Fortaleza e a União

Ministério Público Federal no Ceará

O Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) ajuizou, nesta segunda-feira, 29 de julho, ação civil pública com pedido de liminar contra a Prefeitura de Fortaleza e a União. A ação, proposta pelo procurador da República Oscar Costa Filho, pede a suspensão dos efeitos jurídicos da autorização para o prosseguimento das obras do viaduto no cruzamento entre as avenidas Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales, no Cocó. O MPF requer, ainda, a elaboração dos estudos prévios de impacto ambiental, em atendimento ao que estatui a legislação ambiental.

De acordo com o procurador Oscar Costa Filho, a ação civil pública foi proposta após ser instaurado procedimento administrativo embasado em laudo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) que atestou a ilegalidade da intervenção iniciada em área equivalente a sete metros do parque do Cocó. Na ação, o procurador enfatiza que a legislação ambiental vem sendo ignorada pela União, quando autorizou a continuidade da intervenção, e pela Prefeitura de Fortaleza, desde a concepção do projeto dos viadutos. (mais…)

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MPF/AM: indústria de papel é alvo de ação por despejar material tóxico em igarapé

Igarapé do Oscar, que desde 2007 recebe efluentes tóxicos da Industrial de Papel Sovel, está localizado na área do Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões, tombada pelo Iphan

Procuradoria da República no Amazonas

O despejo de material tóxico sem tratamento no igarapé e lago do Oscar, na zona Leste de Manaus, levou o Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) a processar a Indústria de Papel Sovel da Amazônia Ltda. pelos danos ambientais provocados desde 2007. O igarapé poluído pela empresa faz parte da microbacia hidrográfica do lago do Aleixo e está localizado no perímetro tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões, ambos rios federais.

Na ação civil pública, o MPF/AM requer, em caráter liminar, a suspensão imediata do despejo de efluentes pela Sovel da Amazônia no lago do Oscar ou em qualquer outra área do lago do Aleixo, mesmo que esteja fora do perímetro tombado pelo Iphan, e a execução de um sistema de tratamento de efluentes eficiente, com cronograma de atividades, no prazo de 60 dias, com pedido de aplicação de multa diária no valor de R$ 5 mil para cada medida, em caso de descumprimento.

Como pedidos finais, a ação requer a condenação da Indústria de Papel Sovel da Amazônia a obrigação de não despejar efluentes sem tratamento no local, com imposição de multa diária mínima de R$ 5 mil em caso de descumprimento e pede que a Justiça Federal determine a recuperação e compensação dos danos ambientais causados pela prática ilegal. (mais…)

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Conferência: Os impactos para os povos indígenas da Lei 11.645 e da lei de cotas nas universidades federais brasileiras, 02/08

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Título: Os impactos para os povos indígenas da  Lei 11.645 e da lei de cotas nas universidades federais brasileiras.
Conferencista: Prof. Dr. Gersem Luciano (UFAM), do povo indígena Baniwa e Antropólogo.
Data: 02 de agosto de 2013, sexta-feira, 19h.
Local: Auditório da Faculdade de Direito da UFPel
Realização:
Bacharelado em Antropologia
Mestrado em Antropologia (PPGA)
Bacharelado e Licenciatura em História
Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI)
Núcleo de Etnologia Ameríndia (NETA)
Programa de Pós-Graduação em História (PPGH)
Apoio:
Pró-Reitorias da UFPel – Extensão e Cultura (PREC) e Graduação (PRG).
Cotassim

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Indigenista há 24 anos, 19 dos quais dedicados à Funai, filho de Glauber Rocha sofre retaliação e é afastado

FUNAI-logoPor Nilo Marques Braga*

Henrique Cavalleiro gosta muito de cinema, mas apenas como espectador. Nunca se envolveu com direção ou produção, apesar de ser o filho homem mais velho de Glauber Rocha, o grande ícone do Cinema Novo nos anos 60 e 70. Ele seguiu outro caminho, fora da sombra do pai famoso: é geógrafo e dedica-se à questão indígena há vinte e quatro anos. Começou atuando numa ONG, a Operação Amazônia Nativa – OPAN. Depois ingressou na FUNAI, na qual atuou entre 1991 e 2007 sem, no entanto, ser servidor efetivo do órgão. Viveu e trabalhou com as etnias Enawenê Naweê (MT), Nambikwára (MT) e Waimiri Atroari (AM). Posteriormente trabalhou no PPTAL, programa especial da FUNAI com apoio internacional voltado à proteção das terras indígenas da Amazônia.

Henrique, 46 anos, é servidor concursado do Ministério do Desenvolvimento Social-MDS, em Brasília, desde 2007, onde articulou diversas parcerias com a FUNAI para ações de segurança alimentar para povos indígenas. Por esta razão e pelos serviços já prestados, foi requisitado pela FUNAI em 2010. É lotado na coordenação de Processos Educativos, ligado à Coordenação Geral de Cidadania, e desenvolve trabalhos de educação ambiental e valorização cultural junto a diversos povos indígenas.

Na verdade, desde 2008 a própria FUNAI tenta junto ao MDS converter a Requisição em Redistribuição, que o tornaria efetivo do órgão. O MDS tem negado a Redistribuição, mas não pode negar sua permanência na FUNAI como Requisitado, pois esta tem caráter irrecusável. Além disso, a Coordenação Geral de Cidadania negou o pedido da Coordenação Regional de Intanhaém -SP para que ele fosse para lá removido, alegando “carência de quadros” no setor e que seu trabalho é indispensável para o bom andamento dos trabalhos (há um memorando assinado naqueles termos). Há cada seis meses os funcionários são submetidos à avaliação de desempenho e Henrique sempre obteve boas notas. A requisição, nos termos do artigo 29 da Lei 12.269/09, tem o objetivo de suprir a carência de quadros da FUNAI até que o órgão preencha as 3100 vagas a que tem direito por concurso. E segundo Henrique é sabido que a FUNAI não está ao menos perto de preencher essas vagas. (mais…)

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Seguir Jesus, desafio que exige compromisso (2ª parte). Subida de Jesus e do seu Movimento para Jerusalém, um Caminho de libertação

Gilvander Luís Moreira[1], para Combate Racismo Ambiental

1 – Introdução.

Jesus toma a firme decisão de partir para Jerusalém.” (Lc 9,51). “Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo caminho para Jerusalém.” (Lc 13,22).

Esses dois versículos emolduram a 1ª grande parte da Caminhada de Jesus e do seu movimento para Jerusalém (Lc 9,51-13,21). Muitas narrativas compõem essa parte imprescindível do Evangelho de Lucas. Vamos interpretar essas narrativas, não todas, observando como elas podem nos inspirar no Seguimento de Jesus e no compromisso com seu Projeto. Veremos os apelos de Jesus, suas exigências e o compromisso necessário para se seguir o Profeta da Galileia.

1.1 – Não se instalar nem olhar para trás (Lc 9,51-62).

Seguir Jesus é o coração da vida cristã. Em três pequenas cenas, Jesus sacode a consciência dos discípulos. Não busca aumentar o número de seguidores e nem de “adoradores”, mas quer seguidores comprometidos que o acompanhe sem reservas. Seguir Jesus é viver a caminho, sem nos instalarmos no bem-estar e sem buscar religião como refúgio. Jesus desconcerta: “Deixa que os mortos enterrem seus mortos; tu vais anunciar o reino de Deus” (Lc 9,60). Há “mortos” ainda de pé sem viver o sentido mais profundo da vida. Estão alucinados pelo projeto do mercado endeusado. Não é possível seguir Jesus olhando para trás. Trabalhar no projeto do Pai exige dedicação total, confiança no Deus da vida, audácia para seguir os passos de Jesus e se comprometer com seu projeto. (mais…)

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