“Um povo não pode cantar e dançar quando lhe estão roubando as terras, matando e obrigando milhares de nossos patrícios a trabalhar em condições de escravos”
Por Resistência do Povo Terena
Os dirigentes políticos brasileiros, no afã do ‘desenvolvimento’, promovem os interesses econômicos de grupos internacionais e de uma minoria de brasileiros a eles integrada. Só podem fazer e de fato só fazem uma política economista, sobrepondo o produto aos produtores, a renda nacional à capacidade aquisitiva da população, o lucro ao trabalho, a afirmação da grandeza nacional à vida dos brasileiros, a pretensão à hegemonia sobre a América Latina ao crescimento harmônico do Continente.
Já está mais do que provado, e disto nossas autoridades não fazem segredo, que foi aceito o caminho do ‘capitalismo integrado e dependente’ para o nosso ‘progresso’. Mais provado ainda está que o ‘modelo brasileiro’ visa a um ‘desenvolvimento’ que é só enriquecimento econômico de uma pequena minoria. Este enriquecimento da minoria será fruto da concentração planejada da riqueza nacional que, em termos mais simples, é o roubo do resultado do trabalho e do sofrimento da quase totalidade da população que progressivamente se irá empobrecendo.
Essa opção equivocadamente desenvolvimentista tem como consequência a crescente marginalização do povo brasileiro, seja operário, suboperário, seja pequeno proprietário da cidade ou do campo, seja arrendatário, posseiro, meeiro, peão, subempregado ou desempregado. Mais grave ainda é que se aprofunda a dependência do país em relação a outros países mais fortes e ricos, impedindo uma experiência de desenvolvimento nacional, definido e assumido pelos próprios brasileiros.