Por conta do processo de liberação da demolição do Parque Aquático Júlio Delamare e do Estádio de Atletismo Célio de Barros no complexo do Maracaña, a Defensoria Pública da União (DPU) pediu que o Ministério Público Federal (MPF) apure a “atuação nebulosa” do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Rio de Janeiro (Iphan-RJ) nesta sexta-feira, de acordo com o Estadão.
Em abril, o Iphan-RJ aprovou as demolições das duas praças esportivas e da escola municipal Friedenreich, alegando que “sob o ponto de vista do tombamento, não agregam valor ao bem tombado”.
A visão da DPU, porém, difere da do instituto. A Defensoria Pública da União citou um estudo de 1983, votado e aprovado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural no processo de tombamento do estádio, para argumentar que os locais, e não apenas o Maracaña, deveriam ser defendidos pelo Iphan-RJ.
“O Iphan ocultou informações importantes da Defensoria Pública e faltou com a verdade quando disse que o processo de tombamento do Maracanã não indicava que o Célio de Barros e o Júlio Delamare também fossem protegidos”, declarou o defensor público André Ordacgy.