Vitor Abdala, Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Manifestantes que integram a campanha “O petróleo tem que ser nosso” fazem neste momento um protesto em frente ao Hotel Royal Tulip, na capital carioca, onde acontece a 11ª Rodada de Licitações para a concessão de blocos de petróleo. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) pretende conceder a empresas petrolíferas o direito de exploração e produção em 289 blocos do Norte, Nordeste e Sudeste brasileiros.
A manifestação é contra o que os movimentos sociais chamam de “privatização” do petróleo brasileiro. Segundo os manifestantes, os 289 campos têm potencial para gerar R$ 6 trilhões em receitas, que deveriam ser usados para acabar com os problemas sociais brasileiros. O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio Moraes, conta que a FUP já entrou com ações na Justiça para tentar impedir o leilão.
Segundo ele, a ideia da manifestação “é dar um recado para o governo federal de que o povo brasileiro não concorda com essa política de realização de leilões de petróleo e gás. Essa é uma política que visa tornar o Brasil num grande exportador de petróleo e gás, o que, na nossa visão, é um completo equívoco, porque apesar do Brasil reunir riquezas imensas nessas áreas, somos um grande país. E grandes nações não podem exportar energia, sob pena de que falte para as futuras gerações”, disse.
Vinte policiais militares estão no local para garantir a tranquilidade do protesto. Segundo Moraes, os manifestantes estão apenas se concentrando em frente ao hotel.
Sessenta e quatro empresas nacionais e estrangeiras disputam os blocos oferecidos pela 11ª Rodada de Licitação da ANP. Participam do protesto organizações como o Sindicato dos Petroleiros, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e diversos outros sindicatos, uniões de estudantes e partidos políticos.
Edição: Denise Griesinger