Lourenço Canuto, Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em abril, um grupo de cinco senadores irá visitar as obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira e em Vitória do Xingu, no Pará, para verificar o andamento da construção, informou o vice-presidente da subcomissão temporária de acompanhamento das obras da usina, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA).
Para o senador, os conflitos e paralisações de trabalho na usina estão ocorrendo por causa da falta de cumprimento das condicionantes. “Todas as paralisações dizem respeito à falta de cumprimento das condicionantes do projeto, que deveriam ter preparado primeiro os municípios onde está sendo implantada a usina. Tudo deveria ter sido providenciado com antecedência porque estamos discutindo Belo Monte há mais de 25 anos”, argumentou Flexa Ribeiro, que participou hoje (26) de reunião da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado Federal.
Ligada à CMA, a subcomissão foi criada em 2011 para avaliar questões sociais, técnicas, econômicas e ambientais relacionadas à construção da hidrelétrica.
O Ministério da Justiça informou que a Força Nacional de Segurança Pública, que já vinha atuando no estado do Pará vai fazer a segurança das obras de infraestrutura energética na região, com foco para Belo Monte. A medida atende a pedido feito pelo próprio ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, depois que um dos três canteiros de obras no Rio Xingu foi ocupado por índios, colonos e ribeirinhos, no dia 21 de março. Foi a segunda paralisação do trabalho, este ano, em protesto contra o descumprimento das condicionantes que a empresa Norte Energia se comprometeu a cumprir. Outra reclamação feita pelos manifestantes é a falta de informações sobre os impactos reais que a usina vai provocar.
Edição: Carolina Pimentel
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