Por Gustavo Marinho
Da Página do MST
Na tarde desta segunda-feira (11), uma caravana com organizações sindicais de Maceió, junto com o representante da Secretaria Geral da Presidência da República, Cândido Hilário, visitam o acampamento São José para prestar solidariedade às famílias camponesas que reocuparam, na última sexta-feira (8), a antiga fazenda São Sebastião, no município de Atalaia.
“Entendemos que em um estado onde a monocultura e a concentração de terras é decisiva na perpetuação da brutal desigualdade social, como é o caso de Alagoas, lutar por Reforma Agrária é uma obrigação política”, afirma Elida Miranda, da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
O Acampamento São José, ocupada desde 2004 por 50 famílias, fica na área da fazenda São Sebastião (parte da região da antiga Usina Ouricuri). Despejados em dezembro de 2012 pela ação da força armada do estado, o acampamento que já contava com parque infantil, vasta produção e com a Escola Itinerante Rosa Luxemburgo, foi cercado e substituído pela criação de gado.
Somente em Alagoas, cerca de 10 mil famílias vivem em acampamentos em todo o estado, lutando para pela desapropriação de terras passíveis de serem destinada para a Reforma Agrária.
Desde a manhã de sexta-feira, o MST contou com o apoio de diversos movimentos sociais do campo e da cidade na reocupação da fazenda São Sebastião, local marcado pelo assassinato do líder Sem Terra, Jaelson Melquíades, em 2005, tombado pelas mãos dos latifundiários da região.
“Em áreas de grandes disputas, como ocorre em Atalaia, temos que nos manter firmes, pois o sangue de trabalhadores já foi derramado em nome da manutenção de latifúndios. Não podemos calar nem cruzar os braços”, acredita Elida.
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Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.