Da Página do MST
Nesta quarta-feira (06/03) até a próxima sexta-feira (08/03), o Comitê de Justiça para Felisburgo do Triângulo Mineiro se reúne com a Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, presidida pelo Ouvidor Agrário Nacional, Gercino da Silva Filho, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), no Auditório do Ministério Público, em Uberlândia-MG.
O Comitê exige Justiça e a condenação do fazendeiro Adriano Chafick, mandante confesso do Massacre de Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha, em que cinco trabalhadores do MST foram assassinados em 2004. Também denuncia o aumento da violência contra os trabalhadores rurais e a permanência da impunidade no campo.
“Queremos que a Comissão pressione o judiciário para suspender imediatamente as reintegrações de posse dos acampamentos de Sem Terra, que estão para acontecer na região do Triangulo Mineiro, exigimos que o Incra destrave a pauta da Reforma Agrária no estado, assentamento todas as famílias acampadas e instale a infra-estrutura nos assentamentos, liberando crédito habitação para a construção de moradias, e créditos do Pronaf para investimento”, afirma a dirigente regional do MST, Ana Maria de Lima.
Participam da atividade diversos representantes de movimentos sociais, autoridades governamentais, de direitos humanos, o superintendente substituto do Incra de Minas Gerais, Danilo Prado, e outras organizações dos trabalhadores. Na ocasião será realizada uma Mística, representando as Viúvas de Felisburgo para denunciar a crueldade do Massacre de e a falta de punição aos culpados do crime.
Massacre de Felisburgo – Em novembro do ano passado o Massacre de Felisburgo completou oito anos de impunidade. O julgamento do fazendeiro Chafik, mandante confesso do crime, deveria ocorrer em janeiro deste ano em Belo Horizonte, mas foi adiado e ainda não tem data prevista para acontecer.
No dia 20 de novembro de 2004, Chafik e mais dezessete pistoleiros armados invadiram o acampamento Terra Prometida, em Felisburgo, Minas Gerais, assassinando os trabalhadores rurais Iraguiar Ferreira da Silva, Miguel José dos Santos, Joaquim José dos Santos, Juvenal Jorge da Silva e Francisco Ferreira do Nascimento, esse último com 73 anos de idade. Outros doze trabalhadores ficaram feridos, entre eles estava uma criança de apenas 12 anos, que levou um tiro no olho.
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Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.
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