“Nos dá vergonha que a morte de 11 campesinos e a execução posterior de Vidal Vega não importe à justiça. Nos dá vergonha a manobra, tanto da fiscalização e do poder judicial, que terá por resultado a absoluta impunidade dos verdadeiros responsáveis. Por tudo isso, hoje (15) queremos dizer-lhes que sentimos vergonha, que sabemos que querem nos enganar e que não vamos permitir”.
Foi com essas e outras declarações que a associação de organizações não-governamentais Decidamos Paraguai entregou, simbolicamente, nesta sexta-feira (15), o “Prêmio da Vergonha” ao promotor Jalil Rachid e ao juiz José Benítez, responsáveis pela investigação – e impunidade – que cerca o massacre de Curuguaty, no Paraguai.
Passados exatos oito meses dos crimes que tiraram a vida de 11 campesinos e 6 policiais, em Marina Cué, terras em litígio entre a firma Campo Morombí e o Estado, organizações e familiares ainda lutam para que a verdade venha à tona, já que além das mortes, 14 campesinos e campesinas, entre eles dois menores de idade, estão sendo processados pelo massacre de Curuguaty. Os/as acusados/as estão detidos em prisões ou cumprindo prisão domiciliar. (mais…)