Nota pública: “O aborto não deve ser crime!”

FRENTE NACIONAL PELO FIM DA CRIMINALIZAÇÃO DAS MULHERES
E PELA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO
Este ano as mobilizações em torno do dia 28 de setembro – Dia Latino-Americano de Luta pela Despenalização do Aborto – ganham dimensão internacional em todo o mundo organizações e movimentos sociais democráticos estão chamados a posicionarem-se.
No Brasil, às vésperas das eleições municipais e no contexto do processo de reforma do Código Penal, vimos a público repudiar a ação de grupos políticos conservadores que, em nome da defesa da vida, tratam a problemática do aborto de forma irresponsável com os direitos humanos e a vida e saúde das mulheres brasileiras.
Na revisão do Código Penal brasileiro, em curso no Congresso Nacional, reconhecemos a valiosa tentativa de se ampliar os permissivos para a prática do aborto proposta pela Comissão de Juristas. No entanto, prevalece no momento tendência de recrudescimento da criminalização, presente em grande parte das propostas de revisão. Há fortes riscos de que tenhamos um novo código penal com fortalecimento do Estado policial em detrimento do Estado democrático. (mais…)

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Urgente: “Pela titulação dos territórios quilombolas sem relativização de direitos”

Carta da CONAQ: “Nossa identidade. Nossa Riqueza. Nossa Histórias”

A Casa Civil da Presidência da República prepara um novo pacote de decretos federais para declarar de interesse social propriedades privadas que serão desapropriadas para a titulação de territórios quilombolas. Contudo, esses decretos excluem da declaração de interesse social, previamente e sem consulta às comunidades, propriedades privadas sob as quais o Estado tenha, ou possa a ter no futuro, algum interesse. Ou seja, pela posição adotada pela Casa Civil excluem-se da declaração de interesse social, violando o direito de consulta livre, prévia e informada da Convenção 169 da OIT, todas as áreas em que exista ou possa vir a existir um interesse relacionado com mineração, construção de barragens, obras viárias, de telecomunicações, entre outros grandes projetos.

Assim, a proposta de decreto de declaração de interesse público da Casa Civil desconsidera o trabalho realizado pelo próprio Estado, através do INCRA, na delimitação dos territórios quilombolas. Sem consultar a comunidade, o INCRA ou investigar alternativas para os projetos que não afetem o direito à titulação dos territórios a casa civil impõe, à priori, mudanças na delimitação das áreas que deveriam ser desapropriadas e destinadas aos quilombolas.

Nesse contexto, aquelas comunidades que já enfrentaram os grandes desafios do processo administrativo de titulação dos territórios, nos marcos do Decreto Federal 4887/03, irão enfrentar outro grande obstáculo: a tentativa de relativização do direito à titulação do território necessário para a reprodução física e cultural dos quilombos. Essa relativização do direito constitucional ao território quilombola não é ato isolado e nem afeta apenas as comunidades quilombolas. Faz parte da estratégia do Estado de fragilizar direitos de povos indígenas, comunidades quilombolas e de outros povos tradicionais. Um exemplo recente dessa relativização de direitos é a Portaria 303 da AGU. (mais…)

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“Cordão da Mentira sairá às ruas para questionar: Quando vai acabar o genocídio popular?”

Natasha Pitts, Jornalista da Adital
No marco dos inúmeros incêndios em comunidades, das desocupações forçadas, das políticas de higienização e dos repetido atos de violência policial, acontece no próximo sábado (29), na cidade de São Paulo (Sudeste brasileiro), o 2º Cordão da Mentira, que trará como tema o questionamento “Quando vai acabar o genocídio popular?” O cordão carnavalesco quer fazer, de forma bem humorada, um protesto contra a violência do Estado. A concentração será às 11h no largo General Osório, próximo à estação Luz do metrô.

Nas palavras de Natália Leon, uma das organizadoras da ação, o Cordão da Mentira é uma atividade com fundo político que quer chamar todos e todas a ocuparem os espaços públicos – que são da coletividade – para se manifestarem de forma diferente.

“O Cordão não é puramente carnavalesco, ele surgiu neste ano da iniciativa de coletivos políticos e organizações independentes que queriam fazer manifestações diferentes das que se vê hoje, usando intervenções estéticas como o teatro e a música, neste caso o samba, para passar conteúdo político. O tema, ‘Quando vai acabar o genocídio popular?’, se baseia no que está acontecendo agora em São Paulo, como as desocupações, os incêndios em comunidades e as ações policiais violentas”, explica Natália, afirmando que este é também um Cordão questionador. (mais…)

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A dependência econômica do tabaco. Um problema de saúde pública. Entrevista com Tânia Cavalcante

“As grandes empresas conseguiram, através do crescimento econômico, ganhar poder e influência política, e isso tem tornado difícil o movimento de pensar alternativas à produção do fumo”, assinala a secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro – Conicq.

Os países que realizaram estudos para verificar os ganhos com a fumicultura e os gastos para tratar doenças geradas pelo tabaco “constataram que o que se gasta com saúde é maior do que se arrecada com as vendas”, informa Tânia Cavalcante à IHU On-Line. Segundo ela, estudos da Aliança de Controle do Tabagismo e da Fiocruz demonstram que o sistema de saúde brasileiro gastou com apenas 15, das 50 doenças relacionadas ao tabaco, algo em torno de “21 bilhões de reais em 2011”.

Tânia esclarece que a “maioria da produção mundial de fumo se dá em países em desenvolvimento e em parceria com grandes companhias. As mesmas empresas que trabalham para expandir o consumo do cigarro com estratégias de marketing são as que atraem os pequenos agricultores, geralmente com situação econômica vulnerável, para a produção da fumicultura”. Somente no Brasil cerca de 200 mil famílias de pequenos agricultores estão “inseridos na cadeia produtiva do fumo”. A maioria delas, enfatiza, “quer deixar de plantar fumo, mas não pode, porque não tem alternativa”. (mais…)

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Neste 28 de Setembro, movimentos pedem despenalização do aborto e mais compromisso com saúde das mulheres

Adital – Os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que, por ano, cerca de 20 milhões de abortos são praticados em todo o mundo, a maioria deles em situações precárias colocando em risco a vida das mulheres. Mais: 99% do índice de mortalidade materna decorrente de abortos mal sucedidos se situam nos países mais pobres, os menos desenvolvidos. Diante desta realidade, um claro caso de saúde pública e justiça social, é que movimentos em todas as regiões pedem a despenalização do aborto.

O site ‘Hacelos Valer’, parte oficial da Campanha pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no Uruguai, indica que a cada 20 minutos um aborto clandestino é realizado no país. Com essa realidade, faz-se necessário criar mecanismos de proteção que garantam a vida das mulheres e a liberdade de escolha.

“Para a maioria das mulheres da região, este ato de soberania sobre a própria vida se faz na clandestinidade, em condições inseguras e insalubres, que vulneram a dignidade e a saúde”, explicam em texto em referência ao dia 28 de Setembro – Dia Mundial pela Despenalização do Aborto.

No Chile a realidade não é muito diferente. Por conta de uma lei que não permite o aborto terapêutico, o número de mulheres que se submete a procedimentos de risco é expressivo. Desde 1989 este tipo de aborto é proibido no país e as demandas dos movimentos organizados de mulheres recaem frequentemente sobre isso. (mais…)

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“Pensam que preto, pobre e favelado não pertence à cidade”

Dez dias após o incêndio que consumiu parte da favela do Moinho, na região central de São Paulo, a comunidade ainda sofre. “Eles querem uma cidade mais bonita, através da higienização. Pensam que preto, pobre e favelado não pertence à cidade. Estão criando praças, parques, tirando as pessoas da rua, em nome do bem público para deixar a cidade mais bonita para eles poderem visitar. A periferia e o lixo são varridos para longe”, diz Milton Sales, morador do Moinho.

Isabel Harari

São Paulo – Dez dias após o incêndio que consumiu parte da favela do Moinho, localizada sob o viaduto Orlando Murgel, Campos Elíseos, região central de São Paulo, a comunidade ainda sofre com violência psicológica e direta por parte do Estado. Estima-se que 80 barracos foram destruídos e uma pessoa morreu. As famílias atingidas já foram cadastradas no programa de auxílio emergencial, e continuam no local.

O descaso da prefeitura com a comunidade é evidenciado pela falta de recursos básicos de auxílio à população atingida. No dia seguinte ao incêndio (18), a prefeitura anunciou um investimento de R$10 mil no Previn (Programa municipal de prevenção de incêndios) para a instalação de dois hidrantes. Segundo Milton Sales, no entanto, até hoje não chegou nenhum equipamento. “Não há nenhuma perspectiva para reconstruir as casas. A prefeitura continua brigando pelo terreno”, continuou. (mais…)

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“Perpétua questiona serviço de tropas dos EUA no Rio São Francisco”

Nota: Vale a notícia, pelos dados novos e pelo absurdo da questão. Entretanto, bem mais detalhada, leia Brasil contrata Exército dos EUA para planejar hidrovia no São Francisco, postada em 23 de julho de 2012. TP.

A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, se reuniu com o general Enzo Peri, comandante do Exército, para discutir o contrato entre a Codevasf, autarquia subordinada ao Ministério da Integração Nacional, com o Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos (USACE), para consultoria e obras da hidrovia do Rio São Francisco.

A deputada Perpétua Almeida já encaminhou requerimento de informações aos ministérios da Integração Nacional, Relações Exteriores e Defesa, para conhecer detalhes do contrato. O assessor internacional da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, também ficou surpreso ao tomar conhecimento pela parlamentar desse contrato.

Ele pediu à deputada encaminhar o requerimento à presidenta Dilma Rousseff – que muito provavelmente não tem conhecimento da história – para que a Presidência da República acompanhe o caso. Perpétua Almeida também estranha o fato de a Codevasf não ter recorrido ao próprio Exército brasileiro que tem expertise comprovada, inclusive com os projetos de reconstrução do Haiti que incluem uma hidrelétrica em Artibonite para a geração de energia. (mais…)

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Nota da Campanha “Pare a TKCSA!” contra a venda da siderúrgica

Um pedido de Combate ao Racismo Ambiental: Favor dar continuidade à divulgação! TP.

No próximo dia 28 de setembro, hoje, a Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) receberá as propostas de compra da sua planta em Santa Cruz. Entendemos ser absurda a venda de uma empresa que não tem licença de operação, que já cometeu inúmeras violações de direitos, que é objeto de duas ações penais pelo Ministério Público e que recebeu montantes significativos de recursos públicos. Somente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social foram R$ 2,36 bilhões em financiamento.

O BNDES como principal credor tem que aprovar essa venda, podendo mesmo alterar os termos do contrato ou exigir o vencimento antecipado do crédito. Ao liberar os recursos para o empreendimento, responsável por graves violações de direitos e que não possui até hoje licença de operação, o Banco torna-se corresponsável pelas violações. O BNDES, na verdade, atenta contra a lei ambiental brasileira quando libera financiamento para um empreendimento sem licença de operação. Com base na legislação ambiental, o Banco já é passível de responsabilização judicial e administrativa no caso da TKCSA. Nesse sentido, instamos que o BNDES aproveite essa oportunidade e que reveja o contrato da TKCSA e que, em conjunto com a população atingida e organizações da sociedade, elabore um modelo de estudo de impacto prévio, de caráter decisório, a ser futuramente considerado no processo de análise de novos pedidos de financiamento.

Desde o início da sua instalação, em 2006, a TKCSA foi acusada de inúmeras violações e impactos socioambientais. A obra foi embargada pelo IBAMA em dezembro de 2007 por desmatar manguezais, foi autuada pelo Ministério Público Federal por construir a ponte de acesso ao porto sem autorização da Secretaria do Patrimônio da União, e embargada pelo Ministério Público do Trabalho pela ausência de equipamentos de proteção individual no canteiro de obras.  (mais…)

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