Para que um novo código mineral?

“É assim que a ampliação da produção de alumínio – e de vários outros projetos de beneficiamento mineral que acompanham a expansão acelerada da mineração na Amazônia – guarda forte relação com a construção prevista para a região de 20 novas usinas hidrelétricas de grande e médio porte até 2020. A entrada da Vale, em abril de 2011, no consórcio responsável pela construção de Belo Monte aponta qual deve ser um dos destinos prioritários da energia a ser gerada pela usina. E mostra que, não por acaso, as novas fronteiras de produção de energia e de exploração mineral avançam de mãos dadas sobre os mesmos espaços”.

A análise é de Juliana Malerba em artigo que apresenta o livro por ela organizado Novo marco da mineração no Brasil: para quê, para quem? Rio de Janeiro: FASE, 2012.

O livro – que além do texto que segue contém artigos de Bruno Milanez, da Universidade Federal de Juiz de Fora, e Luiz Jardim Wanderley, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – está disponível em formato eletrônico no sítio da FASE. Eis o artigo.

O Estado do Pará iniciou os anos 2000 produzindo quase 4 bilhões de reais em minérios. Em dezembro de 2011, o valor dessa produção atingiu praticamente a marca dos 25 bilhões de reais, destinados majoritariamente ao mercado externo. Esse salto, alcançado com apoio de um maciço investimento público e privado, aponta que há algo de novo no front. (mais…)

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Pecuarista e madeireiro condenados por trabalho escravo

Justiça Federal – Seção Judiciária do Pará
Seção de Comunicação Social

O pecuarista Isaac Aguiar e o madeireiro Cláudio da Silva Fernandes foram condenados, nesta quarta-feira (19), pela prática de trabalho escravo numa fazenda situada no município de Ulianópolis, região nordeste do Pará. O primeiro foi punido com quatro anos de prisão, e o segundo, com três anos, conforme sentença assinada pelo juiz federal Rubens Rollo D’Oliveira, da 3ª Vara, especializada no julgamento de ações criminais.

O pecuarista teve a pena privativa de liberdade substituída por duas pecuniárias, cada uma equivalente a dez salários-mínimos, um total de R$ 12.440,00. Este valor deverá ser usado para comprar alimentos perecíveis e medicamentos que serão doados a instituições de caridade posteriormente indicadas pela Justiça Federal. Cláudio Fernandes também teve sua pena substituída por duas pecuniárias, mas no valor de cinco mínimos cada. Ambos os réus ainda podem recorrer ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília (DF).

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a prática de trabalho foi constada em flagrante ocorrido entre os dias 20 e 27 de janeiro de 2005, na Fazenda Colônia, de propriedade de Aguiar. A ocorrência do crime foi confirmada por grupo especial de fiscalização móvel, constituído por delegado federal, procuradora do Ministério Público do Trabalho, agentes de Polícia Federal e fiscais do Trabalho.  (mais…)

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Violência contra jovens negros em pauta

Beatriz Noronha – do Incid

O Brasil ocupa lugar de destaque em um ranking nada glamoroso: é o quarto colocado, entre 92 países, na taxa de homicídios entre crianças e adolescentes, segundo dados do Mapa da Violência 2012: Crianças e Adolescentes do Brasil.

Um olhar mais atento sobre este número, combinado a uma análise do Mapa da Violência 2012: os novos padrões da violência homicida no Brasil, revela uma realidade que envergonha: são os jovens negros os que mais morrem no país. Em 2010, 49.932 pessoas morreram vítimas de homicídios no Brasil. Deste total, 26.854 eram jovens, a maioria (74,6%) negra e do sexo masculino (91,3%). De 2000 a 2009, a diferença entre jovens brancos e negros, vítimas de homicídios, saltou de 4.807 para 12.190 mortes.

Preocupada com a questão, a Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen) lançou semana passada uma carta compromisso em que propõe aos candidatos às eleições municipais incluir na lista de prioridades a questão da juventude negra no país. Segundo o Conen, o Brasil é um dos países mais violentos do mundo, apresentando números de morte por arma de fogo que superam Iraque, Israel, Palestina, Colômbia, Afeganistão, Sudão e Paquistão juntos, de acordo com dados de 2004 a 2007. A diferença, como explica a Coordenação Nacional, é que, ao contrário destes países, nós não vivemos em uma guerra civil.

A carta da Conen aponta diretrizes fundamentais para todo e qualquer comprometimento com a causa das políticas públicas voltadas à juventude negra. A intenção é que os candidatos às eleições se mobilizem para ações públicas mais eficazes contra a violência, em articulação com o Estado, movimentos sociais e toda a sociedade civil. (mais…)

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Convocatoria de La Vía Campesina a los pueblos y organizaciones de México y el Mundo contra las falsas soluciones para combatir el calentamiento global

Los días del 26 al 28 de septiembre de 2012, se reunirán en San Cristóbal de Las Casas, Chiapas, 17 gobiernos locales de Estados Unidos de América, México, Nigeria, Brasil, Perú e Indonesia, para su sesión anual de Gobernadores sobre Clima y Bosques (GCF) con el propósito declarado de “intercambiar información y progresos hacia los objetivos del GCF relacionados con REDD y el desarrollo rural de bajas emisiones de carbono”. El gobierno de Juan Sabines ha sido signatario en México del primer convenio del mecanismo REDD+ con el gobierno de California, EUA y Acre en Brasil. Convenio firmado a espaldas del pueblo de México y sin consentimiento de todos los pueblos y comunidades de la Selva Lacandona.

El mecanismo REDD+ (Reducción de Emisiones por Deforestación y Degradación) es una de las falsas soluciones impuestas por corporaciones trasnacionales a través de los organismos de la ONU y ejecutada por los estados-nación, que simula combatir el calentamiento del planeta. REDD+ es una más de las agendas que entre otras impulsan la siembra extensiva de monocultivos que ocupan tierras comunitarias, certificación “verde”, plantaciones forestales industriales, cultivos transgénicos como es el caso de la soya, hule, palma, jatropha en Chiapas, cuyo propósito fundamental es generar un proceso de apropiación, mercantilización y control de los bienes naturales que existen en los territorios campesinos e indígenas.

El mecanismo REDD es solo una opción de varias con las que el capital trasnacional busca “orientar” el combate al calentamiento global, pero sin dejar de hacer negocios. Para lograrlo, impulsan la “economía verde”, que profundizará la disputa corporativa por los recursos naturales, la división y fragmentación comunitaria, y un novedoso formato de acaparamiento de tierras por vía del uso productivo. REDD+ pretende promover un marco de reducción de emisiones contaminantes sin modificar los patrones de producción y consumo industrial que ha originado el calentamiento actual del planeta. (mais…)

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Todos somos Cobayos

Dra Graciela Gomez

Sí, los OGM son venenosos!” Así titula a su artículo el periodista francés William Malaurie del medio Nouvel Observateur quien describe la noticia publicada ayer 19 de septiembre, como “Escándalo, tumores, enfermedades graves ..una masacre

La bomba lanzada el día de hoy fue publicada en la revista estadounidense “Food and Chemical Toxicology” dedicada a difundir artículos originales de investigación, revisiones y casos clínicos sobre los efectos tóxicos en los animales o en el hombre, de sustancias químicas naturales o sintéticas que se producen en el entorno humano, con especial énfasis en la seguridad alimentaria, la seguridad química y otras áreas de la seguridad de productos de consumo. Este trabajo fue realizado por investigadores franceses que durante dos años, a la sombra y en privado alimentaron a 200 ratas con maíz genéticamente modificado y agua con herbicida RoundUp.

La publicación de los resultados del experimento realizado por el equipo francés del Dr Gilles-Eric Séralini, profesor de biología molecular en la Universidad de Caen, es un golpe tanto para la política, la ciencia médica e industrial. La verdad oficial: la inocuidad del maíz genéticamente modificado no existe.

Altamente tóxico y a menudo fatal

Incluso a dosis bajas, demuestra que el maíz OMG estudiado es altamente tóxico y a menudo fatal para ratas. Tanto es así que, si se tratara de un medicamento, debe ser suspendido inmediatamente a la espera de más investigaciones. Porque es el mismo OMG encontrado en nuestros platos a través de la carne, los huevos o la leche. (mais…)

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Bolivia, declaración política de la cumbre andina sobre la reforma agraria y soberanía alimentaria

Con la presencia de más de 200 delegados de Colombia, Ecuador, Venezuela, Perú y Bolivia, se llevó acabo durante 3 días, del 11 al 13 de Septiembre del 2012, en la ciudad de La Paz, Republica Plurinacional de Bolivia, La cumbre Andina sobre reforma agraria y soberanía alimentaria, convocada por la coordinadora Latinoamericana de organizaciones del campo CLOC – Vía Campesina de la región Andina. La cual conto con la participación del señor vicepresidente de Bolivia – Álvaro García Linares, de los señores embajadores de Ecuador y Nicaragua, entre otras personalidades. De la misma manera se contó con la presencia de la comisión continental de la campaña global por la reforma agraria.

La realización y desarrollo de la cumbre andina sobre reforma agraria y soberanía alimentaria, posibilito un profundo análisis colectivo sobre los avances y retrocesos en las políticas agrarias en cada uno de las naciones andinas, constatando que en países como Bolivia, Venezuela y Ecuador, con el acenso de gobiernos de carácter democrático, popular y revolucionarios, se están efectuado cambios dirigidos a reversar las políticas neoliberales que se promulgaron a partir de los años 80 y 90, siguiendo los postulados del fondo monetario internacional, el banco mundial y el banco interamericano de desarrollo – BID, la cual conllevo a una profunda crisis social y política, que se manifestó en el aumento acelerado de la pobreza, miseria, migración, privatizaciones, concentración sobre la propiedad de la tierra, especulación financiera, desempleo, corrupción y militarización de la sociedad. Estos cambios que han partido de movilizaciones y luchas sociales, se ven materializados en la creación de nuevos marcos constitucionales, que garantizan a la mayoría de la población sus derechos fundamentales como también los de la madre tierra, que a su vez se están materializando en nuevas formas de participación y decisión social sobre su futuro. (mais…)

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O país se despede do filósofo Carlos Nelson Coutinho

Carlos Nelson impactou o conjunto da esquerda em seu célebre artigo publicado em 1979 na Revista Civilização Brasileira

Morreu nesta quinta-feira o filósofo marxista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Carlos Nelson Coutinho. Uma das principais referências em Gramsci no Brasil, Carlos Nelson impactou o conjunto da esquerda em seu célebre artigo publicado em 1979 na Revista Civilização Brasileira: A democracia como valor universal. O escritor era filiado ao PSOL desde sua fundação. Segundo comunicado da direção da Escola de Serviço Social da UFRJ, o velório foi realizado no Atrium do Fórum de Ciência e Cultura.

Entre as muitas mensagens de despedida do pensador marxista, a Editora Boitempo fez publicar, em sua página, a mensagem: “Morreu o grande intelectual marxista Carlos Nelson Coutinho, depois de meses combatendo um câncer dos mais violentos. Carlito, como era chamado pelos amigos, descobriu a doença em fevereiro deste ano, quando nos comentou por e-mail: “Ainda estou perplexo, mas disposto a brigar. Também sobre isso, tenho tentado me valer do mote de Gramsci: pessimismo da inteligência, otimismo da vontade. Torçam por mim”. Foi o que fizemos esses meses todos.

No próximo sábado, 22 de setembro de 2012, a Boitempo prestará uma homenagem a ele no encerramento do III Curso Livre Marx-Engels, após a aula proferida por Michael Löwy (entrada liberada para quem não acompanhou o Curso até agora,  a aula e a homenagem serão transmitidas ao vivo pelo Ustream). Até um mês atrás, Carlito, com a coragem dos grandes, ainda cogitava estar presente para receber a homenagem. Fará uma falta enorme. Presente! (mais…)

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Confronto na Favela do Moinho deixa pelo menos uma pessoa baleada

Moradores do Moinho relataram que guardas-civis, que estão na comunidade para impedir a reconstrução de barracos na área atingida pelo fogo, começaram a agredir mulheres e crianças

Denize Guedes e William Castanho

SÃO PAULO – Moradores da Favela do Moinho, na região central de São Paulo, e guardas-civis metropolitanos voltaram a entrar em confronto, na noite desta quinta-feira, 20. Um homem foi baleado na confusão e socorrido na Santa Casa de Misericórdia, também na região central. Na segunda-feira, um incêndio destruiu 80 barracos da comunidade.

De acordo com relatos de moradores do Moinho, a confusão começou por volta das 19 horas, quando as mães voltavam à favela com seus filhos após uma jornada de aula. Eles relatam que guardas-civis, que estão na comunidade para impedir a reconstrução de barracos na área atingida pelo fogo, começaram a trocar hostilidades e a agredir mulheres e crianças.

A Polícia Militar recebeu o chamado para dar apoio na Favela do Moinho por volta das 20h. Segundo o registro, “indivíduos estavam jogando bombas na GCM e havia muitos gritos no local”. Viaturas seguiram para a região e o Helicóptero Águia também foi acionado. (mais…)

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