Você escolhe, mas sabe o que faz o vereador de sua cidade?

Thaís Mota – Do Portal HD

No dia 7 de outubro, os eleitores vão às urnas não só para eleger o prefeito de sua cidade, mas também os vereadores. Muitos nem se lembram em quem votaram nas últimas eleições. Já outros, sabem o nome do parlamentar escolhido, mas desconhecem sua função na administração pública de sua cidade.

Com mandato de quatro anos e reeleição ilimitada, os vereadores são a ponte entre os cidadãos e o prefeito da cidade. Segundo o cientista político e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Paulo Roberto Figueira Leal, os vereadores possuem duas atribuições fundamentais, que em muitas situações acabam sendo esvaziadas pela cultura política brasileira.

A primeira delas é a função de legislar, ou seja, elaborar leis que melhorem o dia a dia dos cidadãos do município para o qual é eleito. Mas Paulo Roberto Figueira destaca que esta competência acaba sendo mais da União e do Estado. “Grande parte dos projetos de lei municipais é para mudança de nomes de rua, criação de honrarias e não para uma produção legislativa de verdade”. (mais…)

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MG – Morre a cantora Helena Penna

Cartaz do show de solidariedade, realizado por de artistas mineiros em benefício de Helena Penna

Depois de longa enfermidade decorrente do diabetes e de três AVCs, a cantora Helena Penna morreu na noite de sexta-feira, no Hospital da Unimed, onde estava internada havia várias semanas. Em meados da década de 1980, Helena integrou o Grupo Tecla – Teatro Clube da Amizade, sob a direção do teatrólogo Wenceslau Coimbra Filho. Atuou em espetáculos premiados como Morte e vida Severina, Chico Viola e Chico Rei, participou de filmes e comerciais de TV. Em 1995, gravou o disco Marias, com o qual conquistou o Prêmio Sharp de cantora revelação da MPB. Em 1997, lançou o CD Belôriceia, em homenagem ao centenário de Belo Horizonte
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http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/nacional/2012/09/16/interna_nacional,50924/giro-pelo-brasil.shtml. Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

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Tributação embutida no consumo pesa mais no bolso dos contribuintes de menor renda

Com as netas Isabela (C), Sabrina (D) e Karen (E), a avó Maria Guia de Oliveira, com renda de um salário mínimo, lamenta não receber do Estado o material escolar para as estudantes

Paula Takahashi, Sílvio Ribas (Estado de Minas) e Bárbara Nascimento

A elevada carga de impostos não representa só um dos mais graves e antigos entraves ao desenvolvimento sustentável do Brasil – problema reconhecido até mesmo pelo governo em suas recentes medidas pontuais para desonerar o setor produtivo. O complexo sistema tributário também é injusto ao pesar proporcionalmente mais no bolso dos contribuintes de menor renda, que destinam ao fisco mais da metade do que ganham, em cobranças embutidas no consumo. Essa realidade ganha contornos dramáticos ao perceber que esse mesmo público é também o mais dependente da assistência estatal, cuja qualidade está muito aquém do desejável.

Com 62 anos e renda de um salário mínimo, a aposentada Maria Guia de Oliveira lamenta que o governo fique com quase 54% dos seus ganhos, dinheiro que não vê aplicado na escola dos sete netos de que cuida. “Nenhum deles come a merenda da escola, que dizem que é horrível e parece mais sobra de comida”, conta a Vó, como é conhecida na vizinhança da Vila Santana do Cafezal, no Aglomerado da Serra, Região Centro-Sul da capital. (mais…)

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Os zapatistas – hombres de maiz

Por Elaine Tavares

Essa lenda contou o velho Antônio ao sub Marcos. Que quando os deuses decidiram criar as gentes fizeram um primeiro experimento. E fizeram homens e mulheres de ouro. Eles brilhavam muito, eram bonitos, mas não se moviam, não trabalhavam, porque eram muito pesados.

Então os deuses decidiram fazer os seres de madeira. Esses, homens e mulheres, se moviam, trabalhavam muito. Os deuses pensaram que tudo estava bem, mas, logo perceberam que os homens de ouro haviam se apropriado dos homens de madeira, fazendo com que trabalhassem para eles. Eram seus empregados.

Os deuses não gostaram disso e fizeram outros homens e mulheres, dessa vez de milho. E que esses eram bonitos, falavam a língua verdadeira, se moviam, trabalhavam e subiram as montanhas para fazer o caminho verdadeiro.

Então, disse o velho Antônio que os homens de ouro, brancos, são os ricos, os de madeira, morenos, são os pobres e os de milho são aqueles que os de ouro temem e os de madeira esperam. Então alguém perguntou ao velho de que cor eram os homens de milho. (mais…)

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“Escravidão” é o tema da revista pré-Univesp, número 24

O número 23 da revista Pré-Univesp escolheu como tema a escravidão, prática presente na história da humanidade desde o mundo antigo e que continua existindo, invisível aos olhos da sociedade, no mundo contemporâneo. No Brasil, o trabalho escravo institucionalizado se prolongou por mais de trezentos anos, nos quais desembarcaram em terras brasileiras quase cinco milhões de africanos, provocando mudanças profundas na sociedade brasileira. Veja nesta edição reportagens, artigos, entrevista e infográficos sobre o tema, e não deixe de conferir a seleção de vídeos e textos literários que preparamos.

Editorial: Ações afirmativas e políticas de afirmação do negro no Brasil, Por Carlos Vogt

Entrevista: Eduardo França Paiva – Mitos e equívocos sobre escravidão no Brasil, Por Cristiane Kämpf

Reportagens
História cativa, Por Carolina Toneloto
Ex-escravos em tempos de República, Por Enio Rodrigo
Desigualdade como legado da escravidão no Brasil, Por Maria Teresa Manfredo
Escravos contemporâneos, Por Enio Rodrigo

Artigos
Quilombos e quilombolas: uma história de resistência, Por Waldomiro Lourenço da Silva Júnior
O banzo: mal do tráfico transatlântico de escravos, Por Ana Maria Galdini Raimundo Oda
Heranças das línguas africanas, Por Margarida Petter

Clique nos links a seguir para ver os infográficosvídeos e textos literários dessa edição.

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Bembé do Mercado é o mais novo Patrimônio Imaterial da Bahia

Uma das mais importantes festas religiosas do calendário baiano e que se repete desde 1889 em Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo, para comemorar a abolição da escravatura, o ‘Bembé do Mercado’ está agora inscrito no Livro do Registro Especial dos Eventos e Celebrações como Patrimônio Imaterial da Bahia.

Nesta sexta-feira (14) o governador Jaques Wagner assinou o decreto, que será publicado na edição destes sábado e domingo (15 e 16) do Diário Oficial do Estado, acatando a proposta aprovada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), autarquia da Secretaria de Cultura (Secult), e o Conselho Estadual de Cultura.

Considerado o único candomblé de rua do mundo, o ‘Bembé de Mercado’ representa o momento em que os africanos, crioulos escravizados e libertos se organizaram para celebrar suas lutas pela liberdade. Mais que uma festa, constitui-se hoje um movimento de afirmação.

Segundo a tradição oral, a festa começou quando João de Obá – negro escravo de origem Malê e pai de santo – reuniu os filhos e filhas de santos e armou um barracão de pindoba, enfeitando-o com bandeirolas para agradecer aos santos e comemorar o aniversário da abolição. Assim, os adeptos dos terreiros de candomblés continuaram realizando os festejos do Bembé.

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No Pará, índios Munduruku clamam pela defesa de seus direitos ao território e à saúde

Para ver o álbum de fotos do MPF/PA da assembleia Mundukuru, clique AQUI.


Comunidades convidaram MPF/PA a ouvir preocupações das famílias das Terras Indígenas Sai Cinza e Praia do Índio, no sudoeste do Estado. No meio, Felício Pontes Júnior, uma das pessoas que nos leva a acreditar na possibilidade de democratização do sistema de Justiça deste País.

Os 1,5 mil indígenas Munduruku das Terras Indígenas (TIs) Sai Cinza e Praia do Índio, no sudoeste do Pará, estão indignados com a violação de seus direitos representada por medidas dos poderes Executivo e Legislativo federais que alteram a forma de demarcação e uso de seus territórios. Eles também protestam contra a invasão de suas áreas por supostos técnicos a serviço do planejamento de hidrelétricas na região, contra o fato de não terem sido consultados sobre a instalação dessas hidrelétricas e contra a precariedade no atendimento à saúde nas TIs. (mais…)

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CSA com o pé na lama

Siderúrgica CSA, no Rio: escolhas erradas e a crise econômica nos países ricos minaram o projeto alemão

A construção da siderúrgica CSA, no Rio de Janeiro, começou a dar errado já na escolha do terreno, um manguezal na zona oeste da cidade. Hoje, a empresa está à venda

Alexandre Rodrigues, de EXAME

São Paulo – Uma área de manguezal tem diversas finalidades econômicas. A pesca do caranguejo, crustáceo típico desse ecossistema, é a mais famosa delas. O cultivo de plantas ornamentais, a criação de abelhas ou o turismo são outras formas aconselháveis de desfrutar as características únicas de um mangue (tudo de forma sustentável, claro).

Há sete anos, o conglomerado alemão ThyssenKrupp e a mineradora brasileira Vale decidiram que era hora de tratar esse ecossistema de maneira um pouco mais inovadora: escolheram um terreno pantanoso, ao lado de um manguezal, na zona oeste do Rio de Janeiro, para construir a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA).

Se viver é perigoso, inovar é arriscado. E, no caso da CSA, logo se viu que a ideia de levantar uma usina com centenas de milhares de toneladas sobre aquele lamaçal todo não era nada boa. Fazer as fundações foi tão tortuoso que, em determinado momento, um quarto dos bate-estacas disponíveis no país estava sendo usado para estabilizar o solo do mangue carioca. Eis o resumo da história da CSA — a siderúrgica nasceu na lama; em seguida, veio o caos. (mais…)

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Quilombo Sapatu apresenta dança tradicional de Eldorado

O grupo cultural tem oficialmente 18 anos de existência, mas a comunidade data do século 19 – Por: Divulgação/Juliana Ferreira

Os homens sapateiam com tamancos de madeira, acompanhados pelo som da viola, enquanto as mulheres conduzem a dança. Assim é uma apresentação de “Nhá Maruca”, dança tradicional da comunidade de Sapatu, localizada na cidade de Eldorado (SP).  (mais…)

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Política pública não auxilia quilombo a lutar contra racismo, aponta estudo do IP

A titulação que constitucionalmente atribui a remanescentes de quilombos a propriedade e uso de suas terras representa, para moradores da comunidade quilombola Maria Rosa (Iporanga / Vale do Ribeira), uma importante conquista, tendo lhes possibilitado permanecer nas terras que suas famílias tradicionalmente habitam há 300 anos. Apesar disso, essa política pública não é acompanhada de instrumentos que auxiliem os maria rosenses a construir um discurso coletivo potente contra a ideologia racista presente na sociedade brasileira.

A psicóloga Eliane Silvia Costa observou esses dados ao longo de quatro anos de visitas e entrevistas com habitantes do quilombo, as quais foram base para a tese Racismo, política pública e modos de subjetivação em um quilombo do Vale do Ribeira. O trabalho, defendido no Instituto de Psicologia (IP) da USP sob orientação da professora Ianni Regia Scarcelli, teve por objetivo identificar possíveis relações entre a identidade racial dos quilombolas e a política de titulação de terras. (mais…)

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