Para Cimi, faltam médicos para cuidar de população indígena

A falta de médicos, a ausência de formação específica dos profissionais e a dificuldade de locomoção até as tribos são as razões principais para a grande quantidade de óbitos de índios no País. A questão, colocada por especialistas, foi debatida durante sessão especial sobre Direito Humano à Saúde, realizada pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), em Brasília.

De acordo com o secretário-executivo do Conselho Indigenista Brasileiro (Cimi), Cléber César, as dificuldades no atendimento às populações indígenas estão relacionadas com a existência de poucos profissionais direcionados para a área, falta de formação e as dificuldades de deslocamento de equipes médicas. “A gente vê uma necessidade urgente de que o governo brasileiro promova concurso público para suprir os quadros de pessoal para esse trabalho”, diz César.

O dirigente dá como exemplo o que ocorre no Vale do Javari, no Amazonas, região da segunda maior terra indígena do País, que tem alto índice de doenças como malária e hepatite. “Os povos daquela região vivem uma situação de abandono há muitos anos e, como consequência, tem havido óbitos constantes. A gente pede uma atenção especial e que, se possível, o conselho faça uma missão naquela região.”

O encontro, mediado pelo conselheiro Tarciso Del Maso Jardim, contou com a participação de dirigentes da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e do Conselho Indigenista Brasileiro (Cimi).

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