Os movimentos sociais do campo em defesa da Reforma Agrária do estado de Alagoas vem a público lamentar e repudiar a ação violenta do Estado brasileiro através da ação do Batalhão de Operações Especiais – Bope, que atirou contra os trabalhadores e trabalhadoras na manhã do dia 17 de agosto, no trevo de acesso ao pólo industrial de Marechal Deodoro. A ida dos trabalhadores tinha como objetivo, denunciar a paralisação da Reforma Agrária, o baixo orçamento investido nas políticas agrárias e o sucateamento dos órgãos responsáveis por sua realização, que prejudicam 10 mil famílias acampadas e as 15 mil assentadas no estado.
O combinado com assessores da presidência era que os manifestantes ficariam a 300m de distância da presidenta e de seus convidados; chegando ao trevo que dá acesso ao pólo, cerca de 10 km de distância do local do evento, os trabalhadores foram abordados pela Polícia Militar de Alagoas, que impediu o acesso ao local definido pela assessoria da Presidência; o governo do estado diz que a ordem de não permitir o acesso veio da Presidência da República, a Presidência, por sua vez, acusa que a ordem partiu do governo do estado de Alagoas.
NOTA DE REPÚDIO
Os movimentos sociais do campo em defesa da Reforma Agrária do estado de Alagoas vem a público lamentar e repudiar a ação violenta do Estado brasileiro através da ação do Batalhão de Operações Especiais – Bope, que atirou contra os trabalhadores e trabalhadoras na manhã de hoje, 17 de agosto, no trevo de acesso ao pólo industrial de Marechal Deodoro.
A ida dos trabalhadores tinha como objetivo denunciar a paralisação da Reforma Agrária, o baixo orçamento investido nas políticas agrárias e o sucateamento dos órgãos responsáveis por sua realização, que prejudicam 10 mil famílias acampadas e as 15 mil assentadas no estado.
Dos esclarecimentos:
• No dia 16 de agosto, atendendo solicitação da presidenta da CUT Amélia Fernandes, as coordenações dos movimentos do campo, reuniram-se com os assessores da presidência da república, entre eles José Claudenor Vermohlen (Zeca), para discutir à respeito da participação durante a visita da presidenta Dilma para a inauguração da fábrica da Brasken, em Marechal Deodoro;
• Fomos informados que os manifestantes ficariam à 300m de distância da presidenta e de seus convidados;
• Chegando ao trevo que dá acesso ao pólo, cerca de 10 km de distância do local do evento, fomos abordados pela Polícia Militar de Alagoas, que impediu o acesso ao local definido pela assessoria da presidência;
• Entrando em contato com o assessor da presidência, José Claudenor Vermohlen, informamos que fomos impedidos de chegar ao local pelo aparato policial, e o mesmo nos informou que a ordem do bloqueio partiu do Governo do Estado de Alagoas. Em contato telefônico com secretário do gabinete civil, Álvaro Machado, alegou-se que a ordem de não permitir o acesso veio da Presidência da República;
• A interdição da rodovia, era simplesmente para garantir o acesso ao local e a entrega da pauta de reivindicação dos movimentos do campo;
• Ainda em processo de negociação, chega o Bope disparando balas de borrachas e bombas de efeito moral, numa verdadeira ação de guerra contra cerca de 250 trabalhadores, incluindo crianças, idosos e uma gestante.
Não havendo respostas para a paralisação da Reforma Agrária, o governo Dilma continua dando sequência a sua política de negligência e descaso com as reivindicações dos movimentos sociais, abrindo mão do diálogo e adotando práticas e medidas violentas para com os trabalhadores e trabalhadoras do campo.
CPT, MLST, MST, MTL
17 de agosto de 2012
http://www.cptne2.org.br/index.php/publicacoes/noticias/noticias/53-al/3482-nota-de-rep%C3%BAdio-dos-trabalhadores-do-campo-de-alagoas.html