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IEB lança a série de publicações “Organização Social” no próximo dia 20 de agosto, no Museu Amazônico, em Manaus.
A organização social das comunidades tradicionais e indígenas da Amazônia é um passo fundamental para se alcançar a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável da região. Experiências bem-sucedidas nesse sentido foram registradas e sistematizadas, e deram origem à série de publicações “Organização Social”, que será lançada na próxima segunda-feira, dia 20 de agosto, no Museu Amazônico, da Universidade Federal do Amazonas, na cidade de Manaus.
A série é composta por cinco publicações que contam histórias vividas no sul do estado do Amazonas, como a luta das organizações comunitárias para a criação das Reservas Extrativistas do Ituxi e do Médio Purus, em Lábrea, a experiência do associativismo na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Madeira, e a criação de uma cooperativa que trabalha com a produção e comercialização da castanha em Manicoré – a COVEMA (Cooperativa Verde de Manicoré). Uma das publicações traz o registro do trabalho dos índios Suruí no reflorestamento da Terra Indígena Sete de Setembro, no município de Cacoal, em Rondônia.
No evento estarão presentes os representantes das associações parceiras do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) neste trabalho: Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí (Gamebey), Associação dos Produtores Agroextrativistas da Assembleia de Deus do Rio Ituxi (Apadrit), Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas do Médio Purus (Atamp), Associação dos Produtores Agroextrativistas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Madeira (Apramad) e Cooperativa Verde de Manicoré (Covema) – além do Grupo de Jovens Tucumaenses, que apresentarão um breve esquete em torno de outras publicações do IEB.
“Hoje, em nível estadual, a cooperativa é tida como um espelho. Temos tentado manter esse padrão de equilíbrio e fazer com que seja uma empresa respeitada por todos. Esse é o nosso objetivo maior e esperamos que por meio dessa sistematização que o IEB está fazendo nossa história seja divulgada”, conta Adaldino Pitica, da Cooperativa Verde de Manicoré.
As publicações são frutos de trabalhos coletivos e participativos e uma contribuição para todos aqueles que trabalham e se interessam pelos processos de organização social na Amazônia. Nelas, as lideranças das associações relatam suas caminhadas e refletem sobre as experiências vividas, os aprendizados e as lições mais importantes.
“Não se trata de uma leitura externa da realidade local, mas de uma reflexão sobre um processo vivo e pulsante no qual as pessoas se engajam de maneira apaixonada e com dignidade. Esse povos esperam que o poder público lhes ofereça políticas públicas que funcionem e sejam compatíveis com a vida na floresta”, explica Maria José Gontijo, fundadora e diretora executiva do IEB.
O objetivo é que essas publicações cheguem até as universidades, instituições de ensino e pesquisa, organizações não governamentais e organizações de base de toda a Amazônia. Em pouco mais de dez anos, o IEB já publicou mais de 45 obras, que podem ser acessadas na loja virtual no site da instituição.
No evento, também será lançada a publicação Rio Purus: águas, território e sociedade na Amazônia Sul Ocidental. Editado por cinco pesquisadores de diferentes instituições de pesquisas do país, entre os quais a professora Andrea Waichman da UFAM, o livro apresenta resultados de estudos sobre a bacia do rio Purus, bem como elementos para reflexão sobre mecanismos de gestão ambiental sob diferentes visões de pesquisa. Ao apoiar a publicação desse livro, o IEB busca colaborar com a ampliação do conhecimento sobre as regiões nas quais tem atuado.
SOBRE CADA PUBLICAÇÃO:
“Pamine, o renascer da Floresta – Reflorestamento da Terra Indígena Paiterey Karah (TI Sete de Setembro) pelo povo Paiter Suruí”
O livro conta em 65 páginas o sonho do povo indígena Paiter Suruí em devolver à floresta o que dela foi tirado. Elaborado pela assessora do IEB Andréia Bavaresco, em parceria com a Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí (Gamebey), descreve passo a passo o processo desenvolvido pelos Paiter para realizar o reflorestamento de suas terras. A obra mostra ainda o árduo trabalho que envolveu toda a comunidade, o plano estratégico de 50 anos para conservação, proteção e sustentabilidade da TI Sete de Setembro, e ainda o projeto Carbono-Suruí.
“Memorial da Luta pela Reserva Extrativista do Ituxi em Lábrea/AM – Registro da mobilização social, organização comunitária e conquista da cidadania na Amazônia”
Organizada pelo consultor do IEB Josinaldo Aleixo, em parceria com Associação dos Produtores Agroextrativistas da Assembleia de Deus do Rio Ituxi (Apadrit), a obra representa um esforço de reflexão e registro histórico de uma experiência social vivida intensamente no interior da Amazônia brasileira: a mobilização de comunidades ribeirinhas em favor da criação da Reserva Extrativista do Rio Ituxi.
“Memorial da Luta pela Reserva Extrativista do Médio Purus em Lábrea/AM – Registro da mobilização social, organização comunitária e conquista da cidadania na Amazônia”
Organizada pelo consultor do IEB Josinaldo Aleixo, em parceria com a Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas do Médio Purus (Atamp), a publicação conta a história de um grupo de ribeirinhos, moradores das margens do rio Purus, localizado entre a cidade de Lábrea e Pauini, que saiu do seu isolamento em busca de seus direitos como cidadãos em meio aos inúmeros conflitos na região. O resultado dessa luta foi criação da Reserva Extrativista do Médio Purus em 2008.
“Organização Social na Amazônia – Uma experiência de associativismo na RDS do Rio Madeira (Novo Aripuanã e Manicoré/AM)”
Organizado pela coordenadora do IEB Roberta Amaral, em parceria com a Associação dos Produtores Agroextrativistas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Madeira (Apramad), a publicação é um registro de como um processo de organização social de base comunitária na Amazônia pode ocorrer na prática e nas condições reais das comunidades da floresta. A obra é uma reflexão crítica e conta a experiência vivida pelas lideranças locais.
“Organização da Produção na Amazônia: a experiência de comercialização coletiva da castanha em Manicoré”
Organizado pela equipe do IEB (Josinaldo Aleixo, Marcelo Franco e Roberta Amaral) em parceria com a Cooperativa Verde de Manicoré (Covema), a publicação conta a história de luta e resistência de quase dez anos que deu origem à cooperativa, uma das experiências mais interessantes de empoderamento econômico dos povos e comunidades tradicionais da Amazônia. O livro traz o relato dos protagonistas desta história nos caminhos percorridos por seus fundadores.
Confirmar presença até 19 de agosto pelo e-mail: [email protected]
http://nosuldoamazonas.blogspot.com.br/2012/08/serie-de-publicacoes-traz-caminhos-para.html