Nota: a página voltou a funcionar no final da tarde, provavelmente em consequência da mobilização e protestos. TP.
Por Lilian Milena, do Brasilianas.org
O Facebook excluiu hoje do seu sistema de redes sociais a página das Mães de Maio, grupo criado em 2006 por parentes de jovens assassinados após ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo. Em maio daquele ano cerca de 490 jovens teriam sido executados pela própria Polícia Militar.
Segundo Danilo Dara, um dos três editores responsáveis pelo perfil no Facebook, ao tentar logar a conta das Mães de Maio pela manhã foram direcionados para uma página com a mensagem de que “uma das prioridades do Facebook é o conforto e a segurança de nossos membros”, junto ao aviso de que a conta estava bloqueada.
O perfil existe há quase oito meses, tem cerca de 6 mil assinantes e 5,13 mil “amigos”. Além disso, está ligada a grupos de discussão que juntos somam mais de 35 mil assinaturas.
Os editores seguiram o passo a passo de como recuperar a página, cumprindo cada pedido do site. Entretanto, até agora, a conta não foi reabilitada. “Quanto mais tempo demorar, mais suspeitamos de que se trata de alguma forma de censura”, argumenta Danilo.
Ele explica que o intuíto da conta no Facebook é fomentar discussões relacionadas aos direitos humanos, principalmente ligados aos abusos vindos de agentes da segurança pública. A ação mais recente do grupo foi uma carta protocolada e enviada à presidente Dilma Rousseff cobrando medidas em relação aos 490 jovens executados pela PM em maio de 2006.
Danilo afirma que não chegaram a publicar ou compartilhar nenhuma imagem de nudez, mesmo àquelas relacionadas a marchas feministas. “Apenas semana passada compartilhamos uma imagem em solidariedade à Marcha pelo Parto Humanizado, mas não me lembro haver alguma cena de nudez”.
Enviada por José Carlos.
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