Mariza Pontes, Mídia Mix
A Polícia Federal e integrantes da Funai fizeram uma reunião agora a pouco na sede da Funai em Ponta Porã e definiram a volta às duas fazenda ocupadas por 400 índios em Paranhos, no cone-sul do Estado. Uma equipe de três integrantes da Funai e 4 policiais federais estão a caminho das fazendas Eliane e Campina, ocupadas na madrugada da última sexta-feira. Uma equipe da Força Nacional já está na região.
Assim que chegarem ao local da ocupação as equipes vão se reunir com as lideranças indígenas para apurar como foi o ataque de pistoleiros aos índios na sexta-feira, logo após a ocupação, e investigar como se deu o desaparecimento do índio Eduardo Pires.
Eles vão definir junto com a população indígena que ocupa as fazendas como fazer a proteção da área, uma das reivindicações dos indígenas. O clima continua tenso na região da fazenda e Flávio Machado, do Cimi – Conselho Indigenista Missionário -, relata que os índios temem novos ataques por parte dos 10 pistoleiros que continuam na região.
O Ministério Público Federal está acompanhando a ocupação para definir se envia uma equipe de antropólogos a Paranhos. O Ministério assinou um Termo de Ajustamento de Conduta com a Funai em 2007 para a realização de estudos antropológicos exigidos pelo Ministério da Justiça para demarcar novas áreas indígenas no Estado.
Só no cone-sul 50 processos estão no MPF á espera dos Estudos Antropológicos da Funai para definir novas demarcações. Em 2010 o Ministério entrou com nova ação para acelerar esses estudos. Até agora nenhum relatório definindo uma nova área indígena no Estado foi enviado ao MPF.
No caso das Fazendas Eliane e Campina, a área de 7.175 hectares já foi homologada em 2010 pelo governo Federal como pertencente aos índios. De acordo com a Funai só 184 hectares dessa área estaria fora da demarcação.
PF e Funai retornam à fazenda ocupada por índios em Paranhos