RJ – Moção de Repúdio à punição de residente no Hospital Universitário Pedro Ernesto

Nós, residentes de diversas categorias participantes do Coletivo Rio do Fórum Nacional de Residentes em Saúde viemos, através da presente carta, demonstrar nosso apoio e solidariedade ao residente Tiago Cabral e repudiamos a atitude ocorrida no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) – UERJ após o episódio de incêndio ocorrido no dia 04 de julho de 2012. O referido nutricionista residente foi punido com suspensão após fornecer à imprensa, na ocasião, informações que denunciavam as péssimas condições de trabalho que afligem os profissionais do HUPE há anos. Tais informações desagradaram claramente instâncias superiores por expor a triste e absurda realidade de usuários e profissionais.

No que se refere aos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos brasileiros, a Constituição Federal (1988) afirma que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato” (art. 5º, inciso IV) e que “é livre a expressão da atividade (…) de comunicação, independentemente de censura ou licença” (art. 5º, inciso IX). Isso assegura ao residente e a qualquer trabalhador sua liberdade de expressão e o direito de denunciar as
condições precárias em que se encontram ele e todos os funcionários do HUPE que, assim como muitos dos profissionais do SUS, diariamente lutam por melhores condições de trabalho.

Historicamente, aqueles que lutam por seus direitos e não se omitem frente às injustiças são os mais combatidos e oprimidos por seus superiores como forma exemplar aos demais colegas, para que não se atrevam a tomar as mesmas atitudes. Não é a primeira vez que um profissional de saúde, residente, servidor ou contratado, sofre algum tipo de coação por seus superiores. Repudiamos tal ação, pois o processo de suspensão ocorreu de forma arbitrária e sem qualquer transparência, e a classificamos como abuso de poder. (mais…)

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MS – Revoltados, índios vaiam e jogam ovo em Puccinelli durante carreata em Miranda

O governador André Puccinelli (PMDB) foi recebido, na tarde de sexta-feira (10), com vaias e com ovo em carreata na aldeia Moreira em Miranda, a 203 quilômetros de Campo Grande. Ele foi ao município, acompanhado do deputado estadual Antônio Carlos Arroyo (PR), reforçar a campanha à prefeitura de Marlene Bossay (PMDB).

Segundo o ex-vice cacique da aldeia, Édnio Faria, os índios, insatisfeitos com o tratamento do governo, organizaram uma manifestação para reivindicar mais atenção do Executivo estadual, o que teria irritado o governador. “Um grupo de mulheres pendurou vários sacos vazios em uma árvore, em protesto ao corte do bolsa alimentação”, relatou.

Em resposta, Puccinelli teria desferido duros ataques ao grupo de senhoras e ameaçado cortar de vez os benefícios à aldeia. “Ele falou vários palavrões”, contou Faria. Diante das palavras de baixo calão, os índios teriam se revoltado ainda mais e intensificado as vaias. “E no decorrer da carreata, passaram a tacar ovo no governador”, acrescentou. (mais…)

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