Rio dos Macacos: AATR e comunidade cobram respeito a acordos

Atualização de Luciana Lima, da Agência Brasil, publicada pela Rede Brasil Atual:

Segundo a advogada Joice Bonfim, da Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais da Bahia (AATR), a comunidade [quilombola de Rio dos Macacos] espera uma reavaliação do juiz [que deu prazo de 15 dias para a saída dos moradores] antes da decisão final. “O juiz deve levar em consideração, antes de qualquer coisa, a petição da AGU que solicita um novo prazo de suspensão do processo para que sejam finalizados os acordos feitos entre o governo e a comunidade”, disse.

Para a quilombola Rosemeire dos Santos Silva, isso mostra o conflito existente atualmente entre os setores do governo. “De um lado está a Marinha brigando pela área e de outro estamos nós, reconhecidos pelo próprio Incra. Essa situação precisa ser resolvida”, disse.

“O que dificulta a nossa defesa no momento é a publicação do relatório do Incra, que temos cobrado arduamente. O governo precisa agir em relação a isso, nós não podemos ficar sempre nessa situação de insegurança”, disse Rosemeire.

“Se o pedido de reintegração for oficializado vamos recorrer a todas as instâncias possíveis e o governo vai ter que responder a esta situação porque será uma decisão passada por cima dos acordos feitos com diversos representantes de diferentes ministérios e da própria Secretaria Geral da Presidência”, afirmou Rosemeire.

Comments (1)

  1. os juizes teem a função social, não podem despejar sem que seja cumprido acordo relativo a novas terras e habitação, porque o que querem estes povos despejados, não é dinheiro não, são terras e indenização justa por tudo quanto já fizeram nas terras, do contrário estamos diante de um CONFISCO.

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