Rio+20: Descascando as histórias que as empresas contam

Leonardo Sakamoto

Às portas da Rio+20, as empresas também esquentam seus motores deixando suas assessorias de comunicação malucas. É hora de mostrar que também estão juntas para garantir um mundo mais sustentável. Daí a dificuldade revelada por alguns colegas do jornalismo corporativo de fazerem um camelo passar pelo buraco da agulha.

Sou um dos raros seres humanos que lêem com cuidado todo e qualquer release que me enviem sobre novas políticas de sustentabilidade das empresas, sem contar os relatórios que tratam do seu comportamento socioeconômico e ambiental encomendados por elas mesmas. Não porque seja fã dessa literatura, mas faz parte do ofício.

Particularmente, preferia ler o Chico Bento. Que, além de tudo, posicionou-se contra o novo Código Florestal. Coisa que muita empresa grande do agronegócio – que conta com relatórios lindíssimos, salpicados com uma profusão de imagens de onças com próteses dentárias e papagaios-do-piercing-roxo – não fez porque torcia pela flexibilização das leis ambientais.

Para produzir o modelo de relatório mais difundido hoje (Global Reporting Initiative), são envolvidos atores interessados nos impactos da empresa para discutir o comportamento das companhias. A ideia é boa mas, no final, ou questões colocadas não entram exatamente como deveriam ou, pior, a empresa diz uma coisa no relatório e age de forma diferente no mundo real. (mais…)

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Bolivia: Sanjinés: Ser indio no depende de la piel sino de cómo ve la vida

Ser indio no depende tanto del color de la epidermis, depende de la mirada sobre el mundo y sobre la vida, sostuvo el reconocido cineasta boliviano Jorge Sanjinés Aramayo, durante la proyección de su última entrega “Insurgentes” en la 42ª Asamblea General de la OEA.

El realizador recordó que Bolivia tiene una población mayoritariamente originaria, “son indios y somos indios los bolivianos de piel más clara que asumimos la cultura andina como propia, porque ser indio, nos parece, no depende tanto del color de la epidermis, depende de la mirada sobre el mundo y de la vida”.

Sobre su obra indicó que “se origina en otro gran olvido, el olvido que hace la propia sociedad boliviana de circunstancias y personajes históricos sin cuya memoria, en nuestro entender, no podríamos saber a cabalidad quiénes somos los bolivianos”.

La película recrea una serie de episodios históricos de lucha en su país, pasando por el cerco de Túpac Katari a la ciudad de La Paz en 1781, las guerras de la Independencia y sus impulsores.

A decir de Sanjinés, estos como muchos de los constructores de la historia nacional fueron olvidados y no se los recuerda en su verdadera dimensión. (mais…)

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A radiodifusão e o exercício da democracia

Jairo Ponte*

A Constituição Federal estabelece que a radiodifusão funcione como um serviço de interesse público, indicando como diretrizes a preferência das finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; a promoção da cultura nacional e regional; a regionalização da programação; e o respeito a valores éticos e sociais. Por outro lado, a lógica de mercado que conduz os canais comerciais faz com que eles se comportem como negócios privados em busca de lucro, desprezando sua função pública.

Diante disso, é fundamental que haja regulação jurídica e controle social sobre o funcionamento dos veículos de radiodifusão. Uma forma de controle já em vigor é o mecanismo da outorga de concessões públicas como requisito para poder usar sinal de rádio ou televisão. Pelo termo de concessão, o concessionário se compromete a algumas coisas, dentre elas, a de não “alugar” espaços em sua programação a não ser para publicidade até o limite de 25%. Isso favorece que os canais se preocupem em produzir programações interessantes que atraiam o público em vez de serem apenas balcões de aluguel de espaço de mídia.

Como as palavras que estão na lei nem sempre têm essa mesma clareza, desvios acontecem. Admitir o aluguel de espaços em rádios e TVs é favorecer que a definição dos conteúdos não se guie pelo interesse da audiência ou pelo interesse público, mas pelo interesse de algum grupo ideológico imposto através do abuso poder econômico. (mais…)

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Yo Soy 132: ¿Más allá de las elecciones?

Foto: Ricardo Trabulsi

Las definiciones y el plan de acción del movimiento juvenil han nacido en medio de una diversidad de posturas en pleno ambiente electoral. Para los jóvenes es grande el reto de trascender los comicios

Marcela Salas Cassani

México, DF. Aunque durante la primera reunión nacional interuniversitaria de representantes y voceros integrantes de “Yo soy 132” acordaron constituirse como un movimiento autónomo, independiente de cualquier partido político y antineoliberal, la inclinación política de los estudiantes y ciudadanos que participan es diversa y permea las movilizaciones y sus objetivos.

La postura de la corriente dominante parece señalar que “Yo soy 132” es un movimiento cuyo fin principal está encaminado a “evitar la imposición de Enrique Peña Nieto mediante la manipulación mediática y un posible fraude electoral”. Así lo confirman los resolutivos del encuentro efectuado el pasado martes en el Aula Enrique Yáñez de la Facultad de Arquitectura de la Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), donde los jóvenes acordaron tanto la postura política como el carácter organizativo que habrá de seguir el movimiento. (mais…)

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Dilma diz que queda no desmatamento é resultado da “forte ação do governo” na fiscalização

Paula Laboissière, Repórter da Agência Brasil

Brasília – Ao comentar os dados divulgados na semana passada sobre preservação ambiental, a presidenta Dilma Rousseff disse hoje (11) que se orgulha da redução de 77% no desmatamento ilegal no país. “O Brasil, que já tem o privilégio de abrigar a maior área de florestas tropicais do mundo, pode se orgulhar também de conseguir protegê-las cada vez mais”, reforçou.

No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma avaliou que a queda do índice é resultado “da forte ação do governo” na fiscalização e do trabalho conjunto de órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Federal e as Forças Armadas.

“Também é importante dizer que temos oferecido alternativas de produção e renda para a população que vive em nossas florestas, para que esses trabalhadores possam produzir e garantir o seu sustento sem desmatar ou destruir o meio ambiente”, disse, ao destacar estratégias como o Bolsa Verde – benefício de R$ 300 pago a cada três meses para as famílias extremamente pobres que trabalham na coleta de frutos, na extração de látex ou na pesca artesanal, na Amazônia. (mais…)

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Invisibilidade social é desafio para erradicar extrema pobreza, diz pesquisador

Gilberto Costa, Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo federal marcou para o dia 18 de junho a data de ascensão de 2 milhões de famílias brasileiras para cima da linha de pobreza. Nessa data, as famílias consideradas miseráveis (identificadas no Cadastro Único), com crianças até seis anos, começarão a receber o chamado Benefício de Superação da Extrema Pobreza para completar a renda domiciliar de R$ 70 per capita.

Restam, no entanto, mais 2 milhões de famílias, segundo projeção inicial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feita à época da definição das metas do Programa Brasil sem Miséria. Alcançar essas pessoas é desafio para os três níveis de governo, que deveriam reverter a invisibilidade social que contribui para afastar setores da população brasileira das políticas públicas (como o Programa Bolsa Família), diz o psicólogo Fernando Braga da Costa, autor do livro Homens Invisíveis: Relatos de uma Humilhação Social.

“A invisibilidade está presente de tal forma que se tornou algo normal. O fato de ser normal não quer dizer mais nada além do fato de que estamos habituados”, acrescenta. Para Costa, o Estado no Brasil está localizado de forma tão longínqua dos cidadãos que parece muito mais um jogo de esconde-esconde. “O Estado não cuida dessas pessoas porque não há interesse humano nisso” e “acaba prevalecendo o interesse de uma classe hegemônica dominante”. (mais…)

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Cúpula dos Povos abre inscrições para trabalhadores voluntários

Vladimir Platonow, Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Os organizadores da Cúpula dos Povos – evento da sociedade civil paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) – estão recrutando pessoas que desejem participar como voluntários no encontro.

Para isso, é preciso ser maior de 18 anos e ter disponibilidade de seis horas diárias para trabalhar entre os dias 15 e 23 de junho. Os voluntários da Cúpula dos Povos receberão treinamento, vale-alimentação diário no valor de R$ 24 e um certificado de participação ao final das atividades.

Os interessados podem obter informações pelo telefone (21) 2507-2194 ou pelo e-mail [email protected]. A página da Cúpula na internet é www.cupuladospovos.org.br.

Editor: José Romildo

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-06-10/cupula-dos-povos-abre-inscricoes-para-trabalhadores-voluntarios

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Discurso e prática

Heitor Scalambrini Costa*

O Brasil vai sediar de 20 a 22 de junho a Conferencia das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, com a presença de chefes de Estado e representantes de mais de 100 países. Paralelamente dos dias 15 a 23 ocorrerá a Cúpula dos Povos, reunindo a sociedade civil organizada mundial.

Esperava-se que pelo fato de ser o anfitrião deste evento, chamado de Rio+20, que acontece depois de 20 anos da reunião do Rio de Janeiro conhecida como Rio 92, que o governo brasileiro articulasse e conduzisse esta reunião com a autoridade moral para defender que o mundo revesse os padrões insustentáveis de produção e consumo, em particular dos países ricos, responsáveis maiores da atual crise ambiental.

Todavia o que se constatou no último ano foi um retrocesso na agenda sócio ambiental do país, com a aprovação do código florestal (mesmo com vetos), a redução de áreas de unidades de conservação na Amazônia para atender a construção de grandes hidrelétricas, a intervenção no Ibama reduzindo seu poder de fiscalização ao sancionar a Lei Complementar 140, os atropelos das regras de licenciamento ambiental, a subserviência inaceitável do Ministério do Meio Ambiente frente aos ataques a sua competência constitucional. Também o país não está nem cumprindo o “compromisso voluntário” de baixar as emissões de gases de efeito estufa em 39%. Até aqui não cumpriu nenhum plano de redução das emissões nos 11 setores industriais previstos. O próprio Fundo Nacional sobre Mudanças Climáticas só recebeu R$ 5,1 milhões dos R$ 238 milhões que lhe seriam destinados. (mais…)

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Raquel Rolnik, relatora da ONU para Moradia Adequada, visitará comunidades de Fortaleza dias 15 e16 de junho

Nos dias 15 e 16 de junho, o Ceará terá a oportunidade de mostrar à relatoria da ONU a situação das comunidades ameaçadas de remoção pelos megaeventos em Fortaleza, denunciar as violações de direitos, cobrar respostas do Poder Público Estadual e Municipal, bem como visibilizar as resistências existentes, de diversos moradores/as, movimentos, articulações, entidades.

A programação está sendo fechada, mas contará com visitas a comunidades como Comuna, Montese, Trilha do Senhor, Aldacir Barbosa, Poço da Draga; Audiência Pública na Câmara de Vereadores (sexta à tarde); Seminário 20 anos do NAJUC  (sexta à noite); Coletiva à Imprensa; e Assembléia (na Trilha do Senhor, sábado a tarde).

Compartilhado por Valéria Pinheiro.

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Grupo de Trabalho Araguaia retoma atividades nesta segunda

Brasília – Integrantes do Grupo de Trabalho Araguaia (GTA) viajaram ontem (10) para Xambioá (Tocantins), a fim de retomar os trabalhos de busca por desaparecidos da Guerrilha do Araguaia. As escavações no cemitério de Xambioá, paralisadas por causas das chuvas em outubro do ano passado, serão retomadas hoje (11), com término previsto para o dia 20 deste mês.

O GTA, que teve suas atividades prorrogadas por dois anos pela Portaria Interministerial 1.102, de 5 de junho último, foi criado por determinação da 1ª Vara Federal de Brasília. Na sentença, a Justiça estabelece que todos os esforços devem ser feitos pelo Poder Público com o objetivo localizar, recolher e identificar os corpos de guerrilheiros e militares mortos no episódio conhecido como Guerrilha do Araguaia, movimento que atuou entre as décadas de 1960 e 1970 no norte de Goiás (área hoje pertencente ao Tocantins), do Pará e Maranhão.

O grupo é composto por membros dos ministérios da Defesa e da Justiça, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Advocacia Geral da União, Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, do Departamento de Polícia Federal, da Polícia Técnico-Científica dos estados de Goiás e do Distrito Federal e de universidades federais e estaduais. (mais…)

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