“Rio tem política de saúde genocida”, diz presidente do Sindicato dos Médicos

O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (SinMed RJ), Dr. Jorge Darze, afirma que a constatação da presença de bactérias e coliformes fecais nas águas dos chuveiros utilizados por banhistas na orla, e a falta de ambulâncias nos grandes blocos de Carnaval denunciada pela equipe de reportagem do Jornal do Brasil são reflexos do que qualifica como “a política de saúde genocida adotada pelo poder público no Rio”. Ele diz ainda que a entidade pretende acionar o Ministério Público para que as irregularidade possam ser apuradas o mais rápido possível.

“Esta será uma entre as mais de 400 denúncias que já enviamos aos órgãos responsáveis. O papel do Estado no que diz respeito a assegurar o direito à saúde no Rio tem sido relegado a segundo plano. É uma política genocida, que atinge principalmente a população pobre. E isso pode ser constatado não só nas praias, mas também no abandono das unidades hospitalares. Estes problemas são todos esperados quando analisamos as variáveis envolvidas. Para nós, médicos, é até incoerente imaginar um sistema de monitoramento ambiental eficaz com a precariedade com a qual convivemos na nossa rede de saúde”, critica.

Médicos ouvidos pela reportagem alertam que o consumo de água sem nenhum tipo de tratamento pode provocar diarreias, irritações nos olhos e na pele, além de patologias mais graves como infecções urinárias e intestinais, pneumonia, hepatite e leptospirose. Segundo os especialistas, a fiscalização torna-se ainda mais importante na medida em que é difícil relacionar a ingestão de líquidos impróprios às enfermidades já que, na maior parte das doenças listadas, os primeiros sintomas levam algum tempo para aparecer.

Nesta sexta-feira o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que fará uma nova análise nas águas dos chuveiros das praias para, depois do resultado, tomar as medidas cabíveis. O laudo ficará pronto na próxima semana.

No Cordão do Bola Preta, maior bloco do Rio, sobrou folia e faltou atendimento para quem passou mal

Ambulâncias

O presidente do SinMed-RJ avaliou ainda que as 80 ambulâncias que, de acordo com o Caderno de Encargos da Prefeitura para o Carnaval 2012, deveriam ser disponibilizadas para acolher os foliões que curtiam os blocos da cidade não seria suficiente para atender sequer à demanda do Cordão do Bola Preta, que reuniu mais de 2 milhões no dia 28. Ainda assim, o Jornal do Brasil constatou que não havia nenhuma ambulância nos eventos.

“A falta de estrutura pode deixar pessoas em risco de morte. Em casos mais complexos, como traumas na região da cabeça, é essencial que o resgate e os procedimento de socorro sejam feitos o quanto antes. Cada minuto que passa torna maior a chance de o acidentado morrer ou desenvolver alguma sequela”, explica. “Já passou da hora de se conscientizar que o status de maior Carnaval do Brasil, como vem sendo alardeado, não se conquista apenas com base no número de pessoas que participam”, desabafa.

O vereador Paulo Pinheiro (PSOL) enviou, na quinta-feira (23), requerimento às secretarias municipais de Turismo e Saúde para saber como se deu a contratação das ambulâncias para o Carnaval. Segundo ele, o documento deve ser respondido em até 30 dias.

Enviada por José Carlos.

http://www.jb.com.br/rio/noticias/2012/02/25/rio-tem-politica-de-saude-genocida-diz-presidente-do-sindicato-dos-medicos/#.T0kvu3n1lTs.gmail

Comments (1)

  1. Lista com nomes dos maiores GENOCIDAS do estado da Bahia.
    Jaques Wagner (Governador do estado da Bahia, Natural do Rio De Janeiro), Jorge Solla (Secretário de saude do estado da Bahia), João Henrique de Barradas Carneiro (Prefeito de Salvador), Tatiana Paraiso (Secretária Municipal de saude de Salvador, médica cardiologista e atual esposa do prefeito João Henrique)
    Esses são atualmente os maiores GENOCIDAS do estado da Bahia, Responsáveis pela morte de dezenas de pessoas que procuram atendimento médico nos hospitais e postos de saúde de Salvador (GENOCIDAS responsáveis, Prefeito João Henrique e secretária de saúde de Salvador Tatiana Paraiso) e de Todo o estado da Bahia (GENOCIDAS responsáveis, Governador Jaques Wagner e secretario estadual de saúde Jorge Solla) e não são atendidos e por falta de atendimento médico MORREM nas filas de espera. Isso vem ocorrendo todos os dias, em todas as unidades hospitalares do estado da Bahia e em todos os posto de saúde do interior e da capital Salvador- Bahia-Brazil

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