Racistas ucranianos rejeitam cantora de ascendência africana

Não é a primeira vez que acontece. Agora, é na Ucrânia que se levantam vozes de carácter racista, pelo fato de a representante do País no festival eurovisão da canção, não ser quimicamente pura.

Gaitante, a cantora em causa, é filha de um congolês e de uma ucraniana. Esta mistura nota-se na cor da pele e o partido nacionalista Svoboda preferia alguém mais eslavo, mais louro e de olho azul. Gaitante diz que não é ela a única atingida: “Isto não é apenas comigo, é com todas as pessoas do mundo que querem ser livres. É realmente uma vergonha que o Svoboda faça do racismo a sua ideologia. Eles têm má reputação na Ucrânia, na Europa e no resto do mundo”.

Uma das figuras maios populares da Ucrânia o antigo boxer Vitaly Klynchko já falou do assunto: “Isto começou por ser uma especulação, a nível nacional, com questões de linguagem. Eles não têm nenhuma perspectiva. Talvez queiram tirar dividendos políticos, mas não têm nenhuma perspectiva”.

Um porta-voz do Svoboda disse, entre outras coisas, que milhões de espectadores vão ver o espectáculo e reparar que a Ucrânia não é representada por “alguém da nossa raça” – a expressão é dele.

As organização anti-racistas já responderam. Na Ucrânia falta legislação que sancione dislates destes:

“Comparando com os outros países europeus, nós deviamos ter legislação que interditasse o uso do racismo e da xenofobia e que condenasse aqueles que querem desenvolver sentimentos dessa natureza na cultura e no povo. Deviam ser reponsabilizados pelas suas atitudes e palavras”.

http://pt.euronews.net/2012/02/23/racistas-ucranianos-rejeitam-cantora-de-ascendencia-africana/

 

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