“Infância roubada” (Tsotsi): um filme negro da África do Sul, de 2005

Sinopse: Uma noite, após sair ganhador de uma sangrenta briga de bar, Tsotsi rouba um carro. Enquanto acelera pela noite, ouve um barulho no banco de trás e acaba sofrendo um acidente. Na traseira do carro, descobre um bebê. Sem saber o que fazer, leva-o para o gueto de Johanesburgo em que vive. Lá, convencerá a jovem mãe Miriam a cuidar de “seu filho”, numa relação que logo provocará mais confrontos. Baseado no romance de mesmo nome, único trabalho em literatura do famoso dramaturgo sul-africano Athol Fugard. O filme ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro de 2005. A direção é de Gavin Hood, e a ficha técnica completa está baixo. Compartilhado pelo Espaço Cultural Almirante João Cândido.

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Comissão de Direitos Humanos da OAB que atuou no Pinheirinho é extinta pelo presidente da entidade

A Comissão de Direitos Humanos da OAB de São José dos Campos foi extinta pelo presidente da entidade, Júlio Rocha. Segundo o advogado Aristeu César Pinto Neto, que presidia essa comissão, não houve justificativa para extingui-la. Ele considera o ato um atentado contra a democracia. Entrevista à jornalista Marilu Cabañas.

http://www.redebrasilatual.com.br/radio/programas/jornal-brasil-atual/comissao-de-direitos-humanos-da-oab-que-atuou-no-pinheirinho-e-extinta-pelo-presidente-da-entidade

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Colombia: Indígenas del Cauca denuncian nuevas amenazas a líderes locales

Servindi, 21 de febrero, 2012.- La Asociación de Autoridades Tradicionales Zona Occidente (Atizo) y la Consejería Mayor del Consejo Regional Indígena del Cauca (CRIC) denunciaron que un grupo de líderes indígenas, concejales y religiosos recibieron amenazas de muerte por medio de mensajes de texto acusados de pertenecer a la guerrilla.

El mensaje enviado a Rolando Tálaga, gobernador del resguardo indígena de Honduras, municipios de Morales, en el valle del Cauca, contiene una lista de líderes locales conminándolos a abandonar el territorio.

También menciona a otras dos personas asesinadas anteriormente, entre ellas, el comunero Libardo Rodallegas quien fue muerto a tiros el año pasado en la vereda de San Isidro, durante la contienda electoral.

“Se van o se mueren como Julio, Libardo, otros águilas negras, Valle Cauca”, advierte el mensaje. (mais…)

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Brasil: Quilombo Rio dos Macacos em Vias de Expulsão

Irmãs que nasceram e cresceram na Comunidade, com 110 e 84 anos. Foto de Racismo Ambiental (CC BY-NC 2.5 BR).

Por Sara Moreira

Uma das comunidades mais antigas de descendentes de escravos no Brasil, o Quilombo Rio dos Macacos, onde moram e vivem cerca de 50 famílias, tem data marcada para a sua expulsão: 4 de março de 2012. A reivindicação das terras é feita pela Marinha do Brasil, que pretende expandir um condomínio para os seus oficiais naquele território da região limítrofe entre Salvador e Simões Filho, no estado da Bahia.

Vários movimentos sociais têm-se manifestado contra os “flagrantes desrespeitos aos direitos humanos fundamentais” motivados pelo que alguns descrevem como “racismo institucional“. A comunidade conta com “pessoas com mais de 100 anos que nasceram no mesmo local onde vivem até hoje”, e que “dizem que não se deixarão expulsar”.

Num filme publicado pelo coletivo Bahia na Rede, membros da comunidade denunciam “que estão presos na área controlada pelos militares, tem dificuldades de sair e entrar e estão sofrendo ameaças cotidianas de despejo e de agressões em uma área reconhecida e titulada pela Fundação Palmares [instituição pública vinculada ao Ministério da Cultura que tem a finalidade de promover e preservar a cultura afro-brasileira] como território quilombola”:

“sob regime de tensão e violência, aterrorizados: [os quilombolas] garantem que passam a noite acordados com medo de morrer (soldados passeiam à noite toda pelas suas roças) e têm medo de sair pois quando voltar poderão encontrar a casa derrubada. O acesso à comunidade é controlado pelo portão de entrada da Vila Militar, um condomínio de residências de sub-oficiais da Marinha; e os conflitos vêm, sobretudo, com a construção desta Vila, a partir de 1971. As famílias da área foram removidas e desalojadas. Hoje estão proibidas de plantar e sendo expulsas da área”. (mais…)

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“As ONGs não nascem para substituir movimentos sociais; nascem para fortalecê-los.” Entrevista especial com Raimundo Augusto de Oliveira

É equivocado dizer que ONG substitui movimento, “pois a própria ONG é movimento, a não ser que o chamado movimento tradicional tenha se acomodado nas suas bandeiras e outras forças políticas a tenham assumido ou levantado”, frisa o membro executivo da Abong. Confira a entrevista.

Ao explicar os objetivos principais das Organizações Não Governamentais (ONGs), Raimundo Augusto de Oliveira afirma, em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line, que elas, na sua maioria, “nascem numa perspectiva da solidariedade internacional, às lutas dos direitos humanos no Brasil e pela redemocratização e combate à fome e à miséria”. Segundo ele, essa prática solidária tem diminuído nos últimos anos, devido ao lugar que o Brasil tem ocupado no cenário mundial. “A captação de recursos da iniciativa privada ainda é muito incipiente, pois vivemos em um país em que o modelo de economia e de desenvolvimento é muito pedrador e, em essência, defendemos um modelo de desenvolvimento com respeito ao meio ambiente e aos direitos humanos, concepção esta que colide com os interesses do capital”.

Um dos problemas vividos pelas ONGs, de acordo com Raimundo de Oliveira, ainda é o pouco reconhecimento da sociedade brasileira do seu trabalho. “Isso provoca uma crise de legitimação do trabalho. No nosso caso, ao falar de ONGs, estamos falando das organizações que têm uma identidade com a Associação Brasileira de ONGs – ABONGs. Essas organizações nós a identificamos com identidade política, com um leque de ação e abrangência tão diverso como a própria sociedade brasileira e deste universo nós sabemos falar, defender e representar”, enfatiza. (mais…)

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Alimentos orgânicos nas garras do capital

Por André Guerra

Cada vez mais a população está consciente da incompatibilidade do desejo por qualidade de vida e o atual cotidiano das grandes cidades. Um dos pontos mais sérios acerca desta questão é o fato de uma pesquisa recente ter revelado que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Além disso, a campanha “Agrotóxico Mata”, encabeçada por movimentos sociais e estudiosos da área, estimou que cada brasileiro consome em torno de 5,2 litros de veneno por ano. O furor que a campanha está causando faz com que uma quantidade cada vez maior de pessoas tomem partido da necessidade de novos hábitos e padrões de alimentação.

No entanto, o oportunismo de grandes transnacionais traz o risco de não haver uma “transformação”, mas sim, mais uma readequação ao já arcaico modelo. Sobre isso, a Caros Amigos conversou com Sebastião Pinheiro, especialista no tema. Engenheiro Agrônomo e Florestal, atualmente Pinheiro atua no Núcleo de Economia Alternativa (NEA), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Entre outros livros, ele escreveu “Ladrões de Natureza” e “A Agricultura Ecológica e a Máfia dos Agrotóxicos no Brasil”. Neste ano, ele lançou a “Cartilha da Saúde do Solo”, que aborda temas como a importância do pequeno agricultor apoderar-se das técnicas tradicionais e eficazes que compõem, segundo Pinheiro, a “verdadeira biotecnologia”. Os textos também trazem dados de como as grandes transnacionais estão inviabilizando a prática da agricultura dos pequenos produtores, criando um novo mercado baseado na biotecnologia industrial, pretensamente “orgânica”. (mais…)

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UNESCO: “El plurilingüismo es nuestro aliado para velar por una educación de calidad para todos”

irinabokova

Mensaje de  Irina Bokova, Directora General de la UNESCO, con motivo del Día Internacional de la Lengua Materna
21 de febrero de 2012

Nelson Mandela decía que «hablarle a alguien en un idioma que entiende permite llegar a su cerebro, pero hablarle en su lengua materna significa llegar a su corazón». La lengua de nuestro pensamiento y de nuestras emociones es nuestro bien más preciado. El plurilingüismo es nuestro aliado para velar por una educación de calidad para todos, fomentar la inclusión y luchar contra las discriminaciones. La construcción de un diálogo auténtico supone el respeto de los idiomas.

Toda representación de una vida mejor, toda aspiración al desarrollo se expresa en una lengua, con palabras precisas para darle vida y comunicarla. Las lenguas son lo que somos; protegerlas significa protegernos a nosotros mismos. (mais…)

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Seu Crispim: o depoimento do “Encantador de Almas” e a escravidão do capital

Como prometido no post anterior- Os Vissungos de Seu Crispim do Ausente -, aí vai o depoimento completo de Seu Crispim ao Museu da Pessoa. Nele, a África está presente passada por sua mãe, que tinha um nome inesquecível: Prazer dos Reis. Com ela e seus familiares do Baú, ele aprendeu não só o “dialeto”, como os Vissungos e outras tradições. A “cultura”, que ele queria repassar e preservar.

Há, entretanto, um outro enfoque para a questão. Logo depois da publicação do depoimento, Lilian Oliveira, que anunciou a morte de Seu Crispim na matéria anterior, enviou um comentário sobre a entrevista que levou um dos fundadores do Museu da Pessoa, Mauro Malin, a decidir ouvi-la. Diretora do Museu do Diamante, de volta a Minas depois de se formar em História pela USP, Lilian, que foi comadre de Seu Crispim,  vê no depoimento, ao mesmo tempo, a beleza e as mazelas que ele sem querer revela.

Como escreveu Mauro Malin, “A historiadora Lilian Oliveira tinha uma preocupação sobre a história do Seu Crispim, a de que sua condição como guardião da memória de um povo e de uma época não fosse por demais romanceada a ponto de encobrir a condição social em que ele vivia e a lógica da exclusão social da qual sua história era, também, uma conseqüência, como ela revelou nesta entrevista”. Malin se refere (e vale ouvir a análise contida nos dois áudios) ao direito às denúncias que Lilian faz sobre a falta de alternativas: “tanto preconceito protegido pela ausência de políticas públicas reais (….); o direito de viver em família e não ver seu filho ser escravo em carvoeiro e mineradoras”…

Abaixo, a entrevista de Seu Crispim. Sugiro que, após lê-la, os dois pequenos depoimentos de Lilian Oliveira, contidos na matéria “Preservação bela e amarga“, sejam devidamente ouvidos. TP. (mais…)

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