Agricultores brasileiros no Paraguai estão ameaçados de perder suas lavouras depois de assegurar ao Paraguai o posto de 4º exportador mundial de soja. As ameaças não vêm só dos sem-terra mas agora também de “esquemas” de golpistas que entram na Justiça paraguaia com escrituras forjadas que inventam propriedade de terras de brasileiros, que foram legitimamente compradas do Governo Paraguaio há 30 ou 40 anos e que são confirmadas como dos proprietarios brasileiros pelo Instituto de Terras do Paraguai. Mesmo assim, juizes estão dando ganho de causa aos estelionatários e, neste fim de semana, 30 fazendas de brasileiros foram arrestadas e lacradas pela polícia paraguaia por causa dessa disputa com falsos donos de escrituras fajutas.
No Paraguai, esse tipo de golpe só existe com cobertura política e na Justiça. Os agricultores brasileiros já não podem nem entrar nas suas lavouras, bloqueadas pela polícia paraguaia, executando mandados de arresto das terras, com safra em ponto de colheita.
Todas essas ameaças têm ligações com o governo Lugo e, portanto, nem serão tocadas pelo Itamaraty, que nunca teve como uma de suas preocupações defender brasileiros no exterior que estejam sob ameaças ou enfrentando problemas. Nunca se coçaram mas, a partir de 2003, se a questão for com governos companheiros, aí é que não se tocam mesmo.
Em 2009, um playboyzinho americano ficou bêbado em uma casa noturna de Florianópolis, promoveu arruaças, entrou numa briga e foi parar em uma delegacia, detido. De São Paulo, saiu no primeiro voo um Cônsul do Consulado Geral dos EUA em SP para dar assistência ao pilantra, que ninguém sabia quem era, mas é obrigação dos diplomatas americanos dar imediata e total assistência aos seus nacionais no exterior que forem presos ou ameaçados.
A questão paraguaia é mais vergonhosa ainda porque o Brasil deu ao Paraguai um presente fantástico: triplicou o preço da energia comprada pelo Brasil ao Paraguai, que tinha uma fórmula de cálculo de preço no Tratado de Itapipu que refletia os preços de mercado. O Brasil, em 2009, concordou rapidamente em pagar o TRIPLO do valor da energia ao Paraguai e NÃO EXIGIU NADA EM TROCA, nem proteção para os agricultores brasileiros. O Governo Lugo obviamente tem o maior desprezo e descaso pelos interesses do Brasil, esse grande João Bobo da América do Sul, que dá dinheiro para todos os vagabundos do continente, sem pedir nada em troca e ainda se diz “”Lider da América do Sul”, um líder que não tem capacidade e nem coragem de defender seus nacionais. Que vexame.
No UOL
Cônsul do Brasil no Paraguai diz que produtores brasileiros ainda se sentem ameaçados
Sabrina Craide
Da Agência Brasil, em Brasília
A presença dos sem-terra paraguaios, conhecidos como carperos, nas propriedades de agricultores brasileiros no país vizinho pode colocar em risco o calendário agrícola da região do Alto Paraná. Segundo o cônsul-geral do Brasil em Ciudad del Este, embaixador Flavio Roberto Bonzanini, os brasiguaios, como são conhecidos os produtores brasileiros que vivem no Paraguai, estão com medo de colocar as máquinas para funcionar.
“Nas próximas semanas tem a colheita da soja, depois o plantio do milho. Eles se sentem temerosos até mesmo de mover a maquinária nas propriedades por medo de atentados contra equipamentos, que são valiosos, e eles próprios se sentem acuados”, disse Bonzanini, em entrevista à Agência Brasil.
Ele conta que a reintegração de posse, determinada pela Justiça do Paraguai, não está sendo cumprida na região, que fica na fronteira com o Brasil. “A promessa [das autoridades paraguaias] é que seria cumprida em breve a ordem de reintegração de posse. Mas temos observado uma defasagem muito grande entre a promessa e o efetivo cumprimento dessa ordem judicial”, relata.
A alternativa, segundo ele, seria processar as autoridades do país vizinho, que teriam a obrigação de fazer cumprir a ordem judicial. “Mas aí já é uma questão política”, observa.
Segundo o embaixador, o clima na região é considerado “explosivo”. “A questão não é apenas cumprir a ordem de reintegração de posse, mas é que a multidão continua fazendo pressão e ameaçando brasileiros e descendentes, que são proprietários das terras há décadas”. Ele diz que os brasileiros garantem que vão resistir e que não irão entregar suas terras “de mão beijada”.
O consulado brasileiro em Ciudad del Este está acompanhando de perto a situação dos brasiguaios. Na semana passada, houve uma reunião que resultou em um memorando relatando o panorama da região, entregue à Embaixada do Brasil em Assunção, capital paraguaia, e ao Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.
A estimativa é que cerca de 350 mil brasileiros, a maioria agricultores, vivam em território paraguaio. Recentemente, o governo paraguaio mudou as regras sobre a faixa de fronteira, o que aumentou a pressão dos sem-terra paraguaios para que os brasileiros abandonem suas terras, alegando que elas foram ocupadas irregularmente.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-itamaraty-e-os-agricultores-brasileiros-no-paraguai
Enviada por José Carlos.