Gay é espancado e enterrado vivo no Pará

Aguirre Talento

Um homossexual foi espancado e enterrado vivo à beira de uma estrada nas proximidades de Altamira, no oeste do Pará (a 900 km de Belém), mas conseguiu sobreviver. Ele está hospitalizado. Para a Polícia Civil, trata-se de um caso de roubo com tentativa de homicídio. O movimento gay da região diz que o crime tem relação com homofobia – um dos agressores mantinha um relacionamento com a vítima.

Anízio Uchôa, 50, professor de uma escola municipal, foi amordaçado em sua casa e teve bens roubados. Em seguida, foi levado a uma estrada vicinal, onde foi espancado e enterrado em uma vala. O caso ocorreu na madrugada de sexta-feira (10). De acordo com a polícia, o crime foi cometido por Jefferson Mello, 21, que mantinha um relacionamento com o professor, e por Thaisson de Souza, 23. Eles foram detidos no mesmo dia.

A assessoria de comunicação da Polícia Civil informou que ambos confessaram o crime. Em depoimento, porém, negaram a autoria intelectual do crime – cada um dos suspeitos atribuiu a responsabilidade ao outro. Nenhum dos dois constituiu advogado até a conclusão desta reportagem. De acordo com a investigação, os suspeitos cobriram a vala onde jogaram o corpo de Uchôa com terra e folhas. Como a vala não era funda, Uchôa conseguiu escapar. Ele foi hospitalizado com ferimentos na cabeça e fraturas nos braços.

A Associação da Parada do Orgulho LGBT da Transamazônica e Xingu fará uma manifestação na próxima quinta-feira, em Altamira, em protesto contra o crime. “O rosto dele está irreconhecível por causa das pauladas”, disse Humberto Lexter, presidente da entidade. Ele afirma que o crime foi motivado por homofobia. Segundo Roryhone Sousa, assessor jurídico da entidade, Mello não queria que ninguém soubesse do relacionamento com Uchôa. “Eles praticaram o crime movidos por um preconceito de que, por ser homossexual, ele [Uchôa] era mais frágil. Não foi apenas um roubo, mas sim um crime que teve origem no fato de a vítima ser homossexual”, afirmou Sousa.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1048241-gay-e-espancado-e-enterrado-vivo-no-para.shtml

Enviada por José Carlos.

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Noam Chomsky: Depois das não-pessoas, os não-eventos

Aniversário dos “Sem-história”

6 de Fevereiro de 2012

Por Noam Chomsky, no Truthout

Tradução: Heloisa Villela

George Orwell cunhou o termo “não-pessoa”, muito útil para as criaturas que têm suas existências negadas porque não toleram a doutrina do estado. Podemos somar o termo “sem-história” para nos referir às não-pessoas expurgadas da história em bases semelhantes.

A falta de história das não-pessoas ganha destaque nos aniversários de morte. Os importantes são, normalmente, comemorados com solenidade quando é apropriado: Pearl Harbor, por exemplo. Alguns não são, e podemos aprender muito sobre nós mesmo retirando-os da lista dos sem-história.

Neste momento, não estamos marcando um evento de grande significado humano: o aniversário de 50 anos da decisão do Presidente Kennedy de deflagrar uma invasão direta no Vietnã do Sul, que logo se tornaria o caso de crime de agressão mais extremo desde a Segunda Guerra Mundial. (mais…)

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Ano letivo da Universidade Aberta do Brasil começa em Moçambique

Começou neste fim de semana o ano letivo da Universidade Aberta do Brasil (UAB) na África. São 630 alunos matriculados em Moçambique, nas cidades de Maputo (capital do país), Lichinga e Beira. O objetivo principal da universidade é dar diploma de curso superior aos professores do ensino público moçambicano.

A UAB, projeto que chegou à África no ano passado, funciona com metodologia desenvolvida por quatro universidades brasileiras: as federais de Juiz de Fora (UFJF), Goiás (UFG), do Rio de Janeiro (UFRJ) e Fluminense (UFF). Quem se forma recebe dois diplomas, o brasileiro e o moçambicano. “Isso vai facilitar a aspiração de muitos deles que é, depois, fazer uma pós-graduação no Brasil”, disse Oreste Preti, coordenador do projeto. (mais…)

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Jornalista é morto a tiros em Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul

A Polícia Civil de Ponta Porã instaurou inquérito para investigar a morte do jornalista Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, de 51 anos. Paulo Rocaro, como o jornalista era conhecido, morreu na madrugada desta segunda-feira (13), após ser baleado em plena região central de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, cidade de 61 mil habitantes a 326 quilômetros da capital, Campo Grande, e separada por apenas uma rua do município paraguaio de Pedro Juan Caballero.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado na 1ª Delegacia Policial de Ponta Porã, Rocaro dirigia seu carro quando, por volta das 23h30 de anteontem (12), foi atacado por dois motociclistas que dispararam 12 tiros e fugiram. Atingido por ao menos cinco tiros, o jornalista foi socorrido por homens do Corpo de Bombeiros e levado para o hospital mais próximo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 5h30 da madrugada de ontem. No local do crime, a polícia encontrou várias cápsulas de projéteis de arma de fogo calibre 9 milímetros.

Para o delegado Clemir Vieira Júnior, a morte do jornalista tem claros sinais de ser um crime encomendado. “Não descartamos nenhuma hipótese, mas as características são de crime de pistolagem. Os motociclistas chegaram atirando e fugiram sem levar nada”, disse o delegado à Agência Brasil. (mais…)

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Indígenas fazem funcionários de Secretária reféns no centro de Curitiba

Funcionários da Secretária Nacional da Saúde Indígena estão na tarde desta segunda-feira (13) sendo feito como reféns por um grupo de mais de 50 indígenas, em Curitiba. Os índios estavam desde a manhã no prédio, localizado no centro. As primeiras informações dizem que seriam cerca de dez reféns.

No ano passado, uma ONG, a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), firmou um convênio para prestar assistência básica de saúde a dois Distritos Sanitários Indígenas que abrangem o interior de São Paulo e os três Estados do Sul.  Mas a ONG não estaria dando conta da demanda de cerca de 40 mil indígenas. Nesta segunda-feira, durante reunião na secretaria para discutir vários temas, o clima pesou e os indígenas acabaram fazendo cerca de 10 reféns.

Um grupo de outros 20 índios, acompanhados por um funcionário do Ministério da Saúde e um representante da ONG, foram até a sede do Ministério Público Federal, também no Centro de Curitiba.

Os indígenas pedem que o contrato seja rompido e que o Ministério da Saúde assuma o serviço de saúde.

http://bandab.pron.com.br/jornalismo/indigenas-fazem-funcionarios-de-secretaria-refens-no-centro-de-curitiba-34149/

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Sesai confirma 89 mortes de crianças Xavante do Mato Grosso em 2011

CIMI – Os números são da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Ministério da Saúde: em 2011, 89 crianças do povo Xavante, de até quatro anos, morreram em decorrência de condições sanitárias precárias e falta de assistência na área da saúde. As aldeias ficam em Campinápolis, região de Barra dos Garças, Mato Grosso. Dois fatos se desprendem dessas mortes: em 2010, conforme o Relatório de Violência Contra os Povos Indígenas do Cimi, 60 crianças morreram pelos mesmos motivos – portanto, um aumento de 48% dos óbitos; a Controladoria Geral da União anunciou que apurou em Mato Grosso o desvio de R$ 14 milhões dos recursos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e do Fundo Nacional de Saúde, durante 2007 e 2010. A reportagem denunciando esse verdadeiro genocídio é feita por Rosane Brandão do jornal Folha do Estadual (MT), logo após mais de 20 crianças de povos diversos do Médio Purus, Acre, terem morrido com os sintomas de diarreia e vomito. A Sesai confirma 13 óbitos no Acre.

Rosane Brandão

Grupo diz que vítimas tinham até cinco anos e sofriam de desnutrição por falta de atendimento.

Condições sanitárias precárias e falta de assistência na área de saúde continuam matando crianças indígenas em Mato Grosso. Nos últimos anos foi observado um crescimento considerável de mortes envolvendo crianças do povo Xavante, em Campinápolis, região de Barra do Garças, todas elas vítimas de desnutrição, doenças respiratórias e doenças infecciosas. (mais…)

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Denúncia: “Racismo, Preconceito e Alienação na BARRED’s”


Arthur Venuto Lopes Viana*

Síndrome – do grego Syndromé (reunião) – termo utilizado para designar um conjunto de sinais e sintomas que caracterizam determinada condição médica.

No último domingo – 12/02/2012 – em um passeio pelo shopping de minha cidade (Sete Lagoas), eu e minha irmã nos deparamos com a vitrine de uma conhecida loja de roupas femininas (BARREd’s) que tinha, em meio a vários outros manequins de pé, um manequim sentado em uma cadeira de rodas.

Nossa reação inicial foi de grata surpresa, afinal, ver um manequim sentado em uma cadeira de rodas, na vitrine de uma das lojas de roupas femininas mais conhecidas do país – e não apenas na vitrine de uma loja de produtos hospitalares – poderia indicar uma mudança atitudinal extremamente necessária em relação às pessoas com deficiência. Uma mudança simples e até pequena diante daquela que realmente necessita ser feita, mas que, no entanto, poderia sugerir – ao menos – que a loja estava adaptada e acessível à cadeirantes e/ou que aquele grupo empresarial, imbuído de visão estratégica e mercadológica, observou aquele setor populacional como público alvo de um nicho de mercado pouco explorado e com possibilidades de crescimento. Atitude regida pela lógica de mercado pura e simples, compreensível diante da irracionalidade que rege o sistema capitalista, porém, duvidosa diante do olhar que recai sobre os seres humanos.

Sendo assim, a presença de um manequim numa cadeira de rodas na vitrine da Barred’s já era, naquele momento, encarada por nós sob uma dupla perspectiva que designava tanto a consideração de um nicho mercadológico que deveria ser explorado pelo grupo, quanto pelo valor de sua simples presença na vitrine de uma grande loja em um Shopping Center – que atrai olhares da pequena burguesia ávida por consumir produtos “politicamente corretos”, ato este que – na lógica capitalista – poderia provocar alguma mudança atitudinal em relação às pessoas com deficiência. (mais…)

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