Quinze lideranças de índios da etnia Kayapó saíram do município de Novo Progresso, oeste do Pará, e seguiram até o município de Itaituba para protestar contra o abandono das aldeias pela Secretaria de Assistência à Saúde do Índio (Sesai) e pela própria Funai (Fundação Nacional do Índio).
Durante mais de três dias, o grupo permaneceu ocupando a sede do Distrito Sanitário Indígena (DSEI) do Tapajós e tiveram sua manifestação reforçada por um grupo de lideranças da etnia Mundurukú, da região de Jacareacanga. Os índios dizem que estão sem assistência nas aldeias e isso estaria provocando a morte de crianças e idosos, acometidos de doenças que poderiam ser combatidas facilmente, como a malária e verminoses.
O cacique Okryt Kuantoro, líder de uma das aldeias Kayapó, em Novo Progresso, afirma que depois que o atendimento de saúde foi assumido pela Funasa, o serviço piorou e, agora, com a criação da Sesai, a situação ficou ainda mais crítica.
As lideranças querem uma audiência com alguma autoridade ligada à Presidência da República e que sejam revistas algumas decisões recentes tomadas pela Funai, como a retirada do avião que dava assistência às aldeias e a redução na quota de combustível.
A assessora especial da Sesai, Bianca Coelho, esteve em Itaituba há cerca de dez dias, isso motivou a manifestação dos índios. A assessora garantiu que a situação não era tão crítica, mas que o governo estaria preocupado em dar atendimento mais eficiente nas aldeias. Mas, a explicação não satisfez as lideranças.
Os indígenas permaneceram em Itaituba, mesmo depois de encerrado o protesto e ameaçam invadir a Sesai e expulsar os funcionários caso nenhuma providência seja tomada.
eu acho tudo isso uma poca vergonha na cara porq temos que proteger todos os indios desses malucos eu vou fazer oque eu puder para ajudar