Dia 25: Globalização e desterritorialização: os (des)caminhos do desenvolvimento

Na próxima sexta-feira, dia 25, a Fase e o Cineclube SocioAmbiental Campos (NESA/UFF) estarão realizando uma sessão especial da Mostra globale Rio 2011, com o nome “Globalização e desterritorialização: os (des)caminhos do desenvolvimento”. Serão apresentados três filmes, a partir das 16 horas: Teclópolis (de Javier Mirad e Cancan Club. Argentina, 2009, 12min), Não Vale (Silvestro Montanaro. Brasil, 2010, 75min) e Tudo Mentira (Jaco Galdino. Brasil, 2007, 10min). Suas sinopses são as seguintes:

Teclópolis  – Era uma vez… revistas se agitam ao vento, uma câmera Super 8 rasteja sobre uma mesa enquanto um cobertor velho vem e vai. De repente, um rato. Então, uma civilização correndo em direção a seu destino inevitável. Poluição por plásticos atingiu tal ponto que até mesmo as praias mais remotas não estão seguras.

Não Vale – Acompanhando o percursso do trem, o Filme segue caminho até Açailândia, cidade de contradições, onde a riqueza e miséria convivem numa paisagem artificial de pastos e monocultura de eucalipto. A pesquisa aprofunda o impacto ambiental das empresas siderúrgicas e da Vale do Rio Doce com suas carvoarias

Tudo Mentira – É Tudo Mentira mostra os danos sócioambientais causados pela carcinicultura (criação de camarão em cativeiro), a luta e organização da sociedade civil para impedir, em Caravelas, a implementação da maior fazenda de camarão do Brasil e a criação da reserva extrativista de Cassurubá/BA.

Sobre a globale Rio 2011:

Cada vez mais, energia, água, minério, produtos agrícolas e espaço territorial são mercadorias que definem a atuação dos países no comércio internacional e seu espaço na geopolítica mundial. O avanço da fronteira de exploração de tais recursos produz uma série de alterações nas formas de ocupação e uso do espaço que resulta na desestabilização de formas de produção relativamente autônomas,  responsáveis pela conservação da biodiversidade e dos recursos ambientais . Em cada país tem sido múltiplas as respostas: populações indígenas, comunidades quilombolas, pequenos produtores rurais, pescadores e extrativistas reafirmam e recriam suas identidades, resignificando seus territórios e colocando em debate o modelo de produção e consumo.

Através da exibição dos documentários Teclópolis, Não Vale e É tudo mentira  essa sessão pretende discutir os impasses do modelo de desenvolvimento brasileiro e apontar as rotas de fuga que comunidades tradicionais tem traçado para resistir aos impactos que tendem a afeta-los de forma mais intensa.

Quando:
Dia 25/11 as 16hs
Onde: FASE
Rua das Palmeiras, 90
Botafogo

Dado o numero limitado de vagas, pede-se confirmar participação: [email protected].

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Festival globale Rio 2011

Globale é um festival que propõe, através da exibição de filmes de ficção e documentário, construir momentos de debate com um público amplo sobre temas relacionados aos processos de globalização. É um festival sem fins lucrativos, não competitivo e que, portanto, não entrega prêmios nem cobra taxas de inscrição. globale nasceu em Berlim (Alemanha), em 2003, e segue sendo realizado até hoje com o propósito, inclusive, de que as sedes do festival sigam multiplicando-se, de forma a criar uma rede.

Atualmente, o globale acontece em três cidades alemãs, em Montevidéu (Uruguai), desde 2009, e também em Varsóvia (Polônia) desde 2010. O Rio de Janeiro terá sua primeira edição em novembro de 2011.

Os comitês organizadores em cada cidade-sede são compostos por um grupo heterogêneo de pessoas que colaboram de forma solidária na organização do festival. O grupo tem uma gestão horizontal e o compromisso de tomar suas decisões por consenso.

Para visualizar a Programação, clique AQUI. Contamos com a sua presença!

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