Dia 7 de novembro: Somos tod@s Quilombolas!

Tania Pacheco

 

Mais de 3000 quilombolas de todos os estados do País são esperados hoje em Brasília, para a realização da Marcha Nacional da Campanha em Defesa dos Direitos do Povo Quilombola, aprovada no IV Encontro da CONAQ, realizado no Rio de Janeiro, na UERJ.

Ao final da Marcha, a CONAQ entregará ao Governo Federal um documento de monitoramento das políticas e do orçamento de titulação de terras quilombolas elaborado pelo Projeto Ijé Ófè. Clique no título para lê-lo: Contribuição do FAOR para a Política de Titulação de Quilombos na Amazônia Oriental.

A partir das 8 horas, a concentração (em frente à Catedral do DF), a Marcha e as demais atividades programadas pela Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas poderão ser acompanhadas no endereço http://www.ustream.tv/channel/marcha-nacional-na-campanha-em-defesa-dos-direitos-quilombolas.

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Pra fechar o domingo ou abrir a semana pensando em tod@s que o defendem, mais uma do Velho Chico

Por dj pena silk – “Os jardineiros sabem disso. Amam as flores e por isso cuidam de cada detalhe, porque sabem que não há amor fora da experiência do cuidado. Parabéns Inácio Loyla e DJ Peninha por mostrarem tão belamente e com tanto cuidado o amor pela nossa gente e pelo nosso Velho Chico”.

“Velho Chico São”. Disco Caminhos do Coração, de Inácio Loyola e Marcelo Nunes. Enviada por José Carlos.

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Em carta, MST manifesta solidariedade ao camarada deputado Marcelo Freixo

Da Página do MST

A atuação do Marcelo Freixo é histórica junto aos movimentos sociais como o MST. Antes de ocupar a cadeira do parlamento se colocava em atuação em diversas lutas principalmente na garantia dos direitos humanos, já sendo nesta época alvo de ameaças, o que se agravou nos últimos anos principalmente na luta contra as milícias e as formas de opressão as comunidades de favela.

O mandato do Marcelo Freixo se fez presente em diversas lutas populares durante os seus cinco anos de mandato, como na luta por garantia dos direitos humanos, contra o caveirão, contra o trabalho escravo no campo, CPI das milícias, TK-CSA, pela Reforma Agrária, luta por moradia na cidade, pela regularização do Funk como cultura, CPI das armas, porto do Açú entre muitas outras.

Marcelo Freixo simboliza a representação de uma proposta popular construída coletivamente e em movimento, com contribuições dos mobilizados na luta e na resistência contra os impactos do modelo de desenvolvimento perverso pautado pelo lucro, pela opressão, violência e degradação ambiental, realizado por empresas, muitas destas transnacionais e com apoio do estado. Por isso qualquer agressão e ameaça ao modo de fazer politica do Deputado Marcelo Freixo, representa uma agressão e ameaça a todos nós. (mais…)

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Sindicato dos Jornalistas do Rio responsabiliza TV Bandeirantes pela morte de cinegrafista

Cristiane Ribeiro, Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro responsabilizou a TV Bandeirantes pela morte do repórter cinematográfico Gelson Domingos, de 46 anos, ocorrida hoje (06). Ele foi atingido no peito por um tiro de fuzil durante a cobertura de uma operação da Polícia Militar contra o tráfico de drogas na Favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste da cidade.

Gelson Domingos usava um colete à prova de balas, mas o projétil ultrapassou a proteção. Para a presidenta do sindicato, Suzana Blass, a morte do cinegrafista foi uma tragédia anunciada, porque os coletes fornecidos pelas empresas de comunicação não resistem a tiros de fuzil. Ela disse que o sindicato pode recorrer à Justiça para obrigar a Bandeirantes a amparar a família de Domingos.

“Isso [o colete] é uma maquiagem. Os coletes não oferecem segurança para o profissional porque não protegem contra os tiros de fuzil, a arma mais usada pelos bandidos e também pela polícia no Rio. E as emissoras só dão o colete porque a convenção coletiva de trabalho estabeleceu que o equipamento é obrigatório em coberturas de risco.” (mais…)

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Casos de grilagem de terras no Pará já foram identificados, mas processos demoram a tramitar na Justiça

Débora Zampier, Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os casos de grilagem que existem atualmente no Pará resultam de fraudes antigas e raramente há casos novos, especialmente devido à ajuda da tecnologia, como informa o procurador do Ministério Público Federal (MPF) no estado, Felício Pontes Junior. Ele atuou no processo que levou à anulação do registro de uma fazenda do mesmo tamanho que a Holanda e a Bélgica juntas, a Fazenda Curuá.

“Hoje o que temos é do passado, principalmente da década 1960 e 1970. Não tenho visto nenhuma fraude nova. Tem GPS, fotos de satélite e outras tecnologias que dificultaram muito o trabalho dos grileiros”, explicou o procurador em entrevista à Agência Brasil. Ele diz que hoje há centenas de ações contra a grilagem correndo na Justiça local e que o entrave para o desfecho dos casos é a demora da tramitação dos processos na Justiça.

Como exemplo, citou o caso da Fazenda Curuá, que tramitava na Justiça Estadual desde a década de 1990. O processo chegou à Justiça Federal apenas em 2003, e, desde então, houve uma série de entraves processuais, como a mudança de varas competentes para analisar o caso. Apesar da decisão recente que cancelou o registro, a possibilidade de recursos deve adiar a palavra final sobre o assunto. Ainda assim, Pontes Junior comemora. “Esse caso é o mais emblemático de todos porque era o maior exemplo de grilagem do país, e essa decisão deve servir de base para outros casos semelhantes.” (mais…)

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Fome é “gravíssima” violação de direitos humanos, diz ministra Maria do Rosário

Daniella Jinkings, Repórter da Agência Brasil

Brasília – Um relatório sobre segurança alimentar e nutricional aprovado pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) será apresentando amanhã (7) durante a  4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, em Salvador. De acordo com a ministra Maria do Rosário, o documento trata a alimentação como um direito humano fundamental.

“A fome é considerada uma gravíssima violação de direitos humanos. Após vários anos de trabalho, o Conselho apresentou esse relatório importantíssimo, com base na situação das comunidades indígenas e daquelas comunidades que têm dificuldade de acesso à alimentação”, disse a ministra à Agência Brasil.

Durante a conferência, também serão apresentados os principais eixos do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Segundo Maria do Rosário, o plano, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), deve entrar em vigor em 2012. “O conceito geral é que nenhum brasileiro ou brasileira deve sentir fome e ter dificuldade de acesso aos alimentos. O plano é bastante amplo e o Consea [Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional] atua de maneira destacada, pois tem feito um importante debate com a sociedade.” (mais…)

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Mal posso esperar para ver o exemplo do Brasil na Rio+20

Leonardo Sakamoto

Durante o encontro do G20, em uma reunião sobre meio ambiente nesta sexta, Dilma Rousseff afirmou que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (a Rio+20, que será realizada na capital carioca em junho de 2012) será um bom momento para a “discussão do modelo de desenvolvimento que as nações querem para o futuro“.

Disso não tenho dúvida! Para tanto, sugiro – desde já – alguns pontos de discussão que mostram toda a liderança do Brasil nesse tema. Sigam-me os bons:

Mudança no Código Florestal: exemplo de como um país, que conta com uma boa legislação ambiental, pode melhorá-la ainda mais através de um Congresso Nacional compromissado com a qualidade de vida das futuras gerações;

Construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte: exemplo de como ouvir as comunidades impactadas por um empreendimento de geração de energia elétrica, pois o progresso de muitos não pode se sobrepor sobre a dignidade de alguns;

Reforma de Estádios para a Copa (como em Recife e no Rio de Janeiro): modelo de justa remuneração, de respeito à força de trabalho e de tratamento amigável da polícia frente ao pleito de operários; (mais…)

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MG – PMs suspeitos de executar moradora de rua são presos

assassinato na Senhora do Carmo
Crime ocorreu num posto abandonado na Av. Nossa Senhora do Carmo, 1.690

Reconhecidos por uma mulher que também foi baleada, mas sobreviveu, eles podem ser demitidos

Daniela Garcia

Policiais militares suspeitos de atirar contra duas moradoras de rua e de matar uma delas estão presos provisoriamente. A informação é da Corregedoria da PM de Minas Gerais. Segundo o coronel Heberth Fernandes, os dois cabos lotados na 125ª Companhia do 22º Batalhão foram encaminhados para uma unidade prisional da corporação na sexta-feira (4). A identidade deles não foi revelada.

Na noite da última quarta-feira (2), Lucinéia Lopes da Silva, de 40 anos, foi morta com um tiro no olho e a outra moradora de rua, E.M.R., 19 anos, foi baleada na mão e continua no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII com escolta policial.

Segundo o boletim de ocorrência, um dos suspeitos desceu de uma viatura e atirou contra as mulheres em um posto de combustível desativado na Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Bairro São Pedro, Região Centro-Sul da Capital. (mais…)

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Ação de grileiros eleva tensão em Minas

cerca
Cerca derrubada em Manga, supostamente a mando de empresária
Dados da Pastoral da Terra mostram que o número de conflitos praticamente dobrou nos últimos dois anos
Amália Goulart

“Sofremos ameaça. Estamos aqui sem assistência nenhuma, com medo. Somos humildes e analfabetos. Só queremos resolver tudo na Justiça. Não queremos violência. Por favor, nos ajude”. O apelo, feito por telefone ao Hoje em Dia , é de J.B.A., um pequeno produtor rural do Norte de Minas que pediu anonimato e diz ter tido suas terras tomadas por grileiros da região.

O drama de J.B.A. não é um caso isolado. Levantamento da Comissão Pastoral da Terra armazenado no banco de dados da Secretaria Nacional de Direitos Humanos mostra que o número de conflitos por terra em Minas praticamente dobrou nos dois últimos anos. Em 2009, foram 16 ocorrências no Estado, envolvendo 874 famílias. No ano passado, o número de ocorrências subiu para 31, englobando 2.457 famílias.

A intensificação dos conflitos no campo se reforça agora com a operação “Grilo”, desencadeada por promotores e policiais federais. No Norte de Minas e vales do Jequitinhonha e Mucuri estão sendo identificados diversos casos de grilagem de terras. (mais…)

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Índios cruzam fronteira para ganhar bolsa-família

Índios paraguaios, colombianos e peruanos burlam a legislação e conseguem se nacionalizar brasileiros para receber benefícios do governo, como Bolsa-Família e auxílio-maternidade

Daniel Camargos

Benjamin Constant, Tabatinga (AM) e São Miguel do Iguaçu (PR) – Índios paraguaios, colombianos e peruanos não preenchem um requisito básico para receber o principal programa social do governo, o Bolsa-Família: ser brasileiro. Mas diante da frágil estrutura da Fundação Nacional do Índio (Funai), burlam a legislação e se nacionalizam rapidamente, ficando aptos a ganhar o benefício mensal. O Estado de Minas percorreu aldeias nas fronteiras das regiões Sul e Norte do Brasil e detalha como funciona a fraude. A nacionalização – que além do recebimento do Bolsa-Família visa também à aposentadoria especial para trabalhador rural e o auxílio-maternidade – é possível graças ao Registro Administrativo de Nascimento Indígena (Rani), uma certidão de nascimento especial para os índios. No documento reconhecido por um funcionário da Funai e assinado por duas testemunhas – quase sempre indígenas da aldeia em que o estrangeiro chega –, fica registrado que o migrante nasceu em território brasileiro.

Com o Rani em mãos o índio estrangeiro vai ao cartório de registro civil e consegue a certidão de nascimento tradicional. A partir daí todos os documentos se tornam possíveis, pois o Rani atesta que ele nasceu no Brasil. Foi o caminho percorrido pelo casal paraguaio Eugênio Ocampo e Silvina Benitez . Com seis filhos, eles recebem mensalmente R$ 230 do Bolsa-Família. Desde que saíram do Paraguai, vivem em uma casa simples na aldeia Ocoy, na Reserva Indígena Avá-Guarani, em São Miguel do Iguaçu, no Paraná, na fronteira com o Paraguai. Ambos falam muito pouco o português, se comunicam no idioma guarani e usam um pouco o “portunhol”. (mais…)

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