Por João Monti – FUNPAJ
Desde o crime de homicídio – ocorrido no dia 24 de Junho passado – com suspeita de extermínio e origem na relação de conflito existente entre Empresas Plantadoras de eucalipto e Comunidades Quilombolas no Território de Identidade Extremo Sul da Bahia, diversas entidades e movimentos socioambientalistas da região, entre elas a FUNPAJ – Fundação Padre José Koopmans, UNEGRO – União dos Negros pela Igualdade representação no Extremo Sul da Bahia E CDDH – Centro de Defesa dos Direitos Humanos do Extremo Sul da Bahia, vem denunciando a demora na apuração do crime e acompanhando andamento das investigações.
A Perícia Criminal só ocorreu no último dia 21 de julho, após quase um mês da trágica execução do Quilombola Diogo Flosina Oliveira, 33 anos, artesão e agricultor na Comunidade Volta Miúda, que foi tirado da esposa e 3 filhos menores de 6 anos. Há fortes suspeitas da participação de agentes públicos que agiram disfarçados na comunidade na noite anterior e no dia do brutal crime, ocorrido no interior da casa de Diogo, sem nenhuma possibilidade de defesa pelo quilombola. A ação violenta do destacamento da Polícia Militar – CAEMA é conhecida há muitos anos e vem sendo questionada por quilombolas, agricultores e civis urbanos em toda região. (mais…)