Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia promove debate sobre índios na cidade

Encontro que acontece na Saraiva pretende discutir sobre a realidade da presença dos grupos indígenas na cidade de Manaus

“Índios na cidade – territorialização, identidade e estigmatização” é debate que o projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA), do Centro de Estudos do Trópico Úmido da Universidade do Estado do Amazonas (Cestu/UEA) realiza nesta terça-feira (19), no Centro Cultural Thiago de Melo, na Saraiva Megastore, no Manauara Shopping.

O encontro será mediado pelo antropólogo Alfredo Wagner Berno de Almeida, coordenador do PNCSA.  O evento pretende reunir indígenas, agentes públicos, pesquisadores e interessados na questão.

A proposta do evento é discutir e conhecer melhor sobre a realidade destas populações indígenas na zona urbana de Manaus, a maioria delas vivendo em bairros da periferia, em lugares onde não há saneamento básico, postos de saúde, escolas, segurança e outros serviços básicos.

Para sobreviver, muitas famílias produzem e comercializam artesanato, os homens fazem pequenos trabalhos e as mulheres são empregadas domésticas.

Em situações extremas, promovem ocupações de terras para chamar a atenção do poder público, mas confrontam ainda mais preconceito e violência.

O pesquisador Glademir Sales dos Santos, mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), acredita que a discussão do tema é necessária, uma vez que o crescimento na quantidade de pessoas assumindo sua identidade indígena nas cidades tem sido apresentado como um problema pelos governos.

Pesquisador sobre as populações indígenas na cidade, o mestre em Sociedade e Cultura pela Ufam, Glademir Sales dos Santos, destaca que há uma considerável população indígena na cidade e, segundo, que a Constituição Federal lhes garante um tratamento diferenciado que não está sendo praticado pelos governos, sobretudo municipal e estadual, como explica Glademir.

No debate, Glademir pretende apresentar um mapa atualizado das comunidades indígenas instaladas em Manaus e demonstrar como estes grupos se inserem em processos de territorialização na capital e ressignificam sua identidade étnica.

Também participam do debate, a pesquisadora Altaci Rubim, do Programa de Formação Indígena (Proind) e a jornalista Elaíze Farias, editora de Amazônia do portal acritica.com.

http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=389752

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