Mídia comercial só mostra a violência das favelas e ignora as reivindicações dos pobres, reclamam comunidades

Isabela Vieira, Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A mídia comercial não deve restringir a cobertura do cotidiano das favelas às páginas policiais ou aos programas populares de rádio e TV. O apelo foi feito hoje (18) durante a abertura do 1º Encontro Nacional de Correspondentes Comunitários do Viva Favela, que se estenderá até a próxima sexta-feira (22), no Memorial Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. Segundo os participantes do evento, a chamada grande imprensa vem reforçando, aos longos de décadas, preconceitos e esteriótipos em relação às comunidades pobres.

Além de debater a forma como a mídia comercial cobre os temas que envolvem as populações mais carentes, o evento tem outros dois objetivos: avaliar os dez anos do site criado pela organização não governamental Viva Rio e incentivar o jornalismo comunitário a produzir reportagens para as redes sociais.

De acordo com jornalistas que trabalham em veículos comunitários, há uma grande resistência da mídia comercial (jornais, site, rádios e TVs) em mostrar conteúdos positivos sobre a vida em suas comunidades ou reivindicações que pressionem governos por serviços públicos. (mais…)

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Domilto Karajá denuncia Governo e Belo Monte na ONU, em Genebra

Domilto Inaruri Karajá

Domilto Inaruri Karajá, de São Felix do Araguaia, MT, representou os Povos Indígenas do Brasil na 4ª sessão de Mecanismo de Especialista em Direitos dos Povos Indígenas da ONU, em Genebra, encerrada sexta-feira, dia 15. Abaixo, seu discurso:

“Nosotros los pueblos indígenas de Brasil, que somos 230 pueblos indígenas y 180 lenguas distintas, y tambien los pueblos indígenas aislados  y un  total de 650 000 habitantes indígenas en Brasil vemos como  última esperanza de hacer efectivos nuestros derechos reconocidos nacionalmente en la Constitución de Brasil e internacionalmente en la Declaración de las Naciones Unidas sobre los Derechos de los pueblos indígenas y la Convención 169 de la OIT la intervención de la plataforma que este mecanismo representa.

La Constitución de 1988 contiene 18 artículos que garantizan los derechos de los pueblos indígenas y reconoce las tierras tradicionales. El Estado brasileño ha adoptado el derecho internacional pero no aplica los derechos de los pueblos  indígenas, como los artículos 18, 19, y 32 de la Declaración de las Naciones Unidas sobre los Derechos de los pueblos indigenas, negando asi el derecho de consulta a los pueblos. (mais…)

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Mentiras sobre a Raposa Serra do Sol – Nota de Repúdio

Decorridos dois anos do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal – STF, que reconheceu a legalidade da homologação da terra indígena Raposa Serra do Sol, os povos indígenas que ali vivem continuam sob intensa perseguição por parte da classe política e dos rizicultores. Na segunda semana de julho de 2011 os ataques aos povos indígenas ficaram mais evidentes com a divulgação de uma série de reportagens pela TV Band.

As reportagens são mentirosas em todos os aspectos que tratam da questão indígena e, mais precisamente, quando aludem aos povos da terra Raposa Serra do Sol. A referida terra indígena é território tradicional dos povos Makuxi, Wapixana, Ingaricó, Taurepang, Patamona e Sapará, que trabalham e produzem para seu sustento e cada vez mais buscam elevar sua qualidade de vida. Lamentavelmente, o poder público – tradicional aliado dos grupos anti-indígenas, tem se mostrado negligente para atender aos pleitos desses povos.

As imagens, por exemplo, que mostram indígenas recolhendo lixo não refletem a realidade. Essa situação existe há muito tempo em Roraima como conseqüência da exclusão social. Do lixão de Boa Vista sobrevivem pessoas de vários segmentos excluídos, entre os quais um pequeno grupo de indígenas – que, morando na capital, não tem acesso a educação, saúde, emprego, moradia e outros mínimos benefícios porque o Estado de Roraima tem se mostrado incompetente para formular políticas contra a exclusão social. (mais…)

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CE – Liminar proíbe empresa do Grupo Ypióca de atuar em lagoa

Justiça Federal determinou, por liminar, a suspensão das atividades da Pecém Agroindustrial na Lagoa Encantada, em Aquiraz. Empresa alega não ter comprovação de área indígena na lagoa

A empresa Pecém Agroindustrial, do Grupo Ypióca, está obrigada a parar as atividades que realiza na Lagoa Encantada, em Aquiraz. É o que determina liminar expedida pelo desembargador Francisco de Barros e Silva, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, no último 7 de julho.

Conforme a decisão, foram detectadas irregularidade no uso de recursos hídricos, além de alta mortalidade de peixes. A companhia terá de cessar também com as escavações que realiza no ecossistema.

As atividades estão suspensas até que a questão seja submetida à manifestação do Congresso Nacional. A comunidade indígena Jenipapo-Canindé, com posse das terras onde está localizada a Lagoa Encantada, também será ouvida. (mais…)

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