Hoje, dia 08 de Agosto temos, todos e todas que lutamos contra o capitalismo, um compromisso marcado com a denúncia das atrocidades sofridas pelos militantes Brasil afora. Nosso compromisso é também de proteger e se solidarizar com tantos “Josés e Marias” que, ainda vivem sob a ameaça constante de ver suas vidas ceifadas em nome das causas que defendem.
Nas últimas semanas os assassinatos dos companheiros José Cláudio Ribeiro da Silva, Maria do Espírito Santo, ativistas do Assentamento Praia Alta Piranheira, no sudeste do Pará, de Adelino Ramos, o Dinho, líder do movimento camponês de Corumbiara, e outros que continuam acontecendo, escancararam aquilo que ocorre de maneira cotidiana: a perseguição, humilhação, ameaça e repressão aos ativistas sociais em todo o país.
No campo, trabalhadores sem terras, assalariados rural e camponeses que vivem da extração dos recursos da floresta (como o casal de castanheiros assassinados) sofrem o peso de defender nosso patrimônio natural, nossos recursos, nossa Amazônia, rapinadas pela sangria desatada do capitalismo.
Mais que isso, indígenas e quilombolas enfrentam toda sorte de perigos levando no peito a batalha histórica pelo mínimo reconhecimento de sua cultura materializados na demarcação de suas terras, no reconhecimento de seus direitos e de sua forma de organização comunitária. Nas cidades, o monstro da especulação imobiliária empunha seu braço armado contra a população pobre e os militantes que se mobilizam na luta por moradia, justiça e melhorias comunitárias. As maiores vítimas nas cidades são os trabalhadores, em especial os jovens negros, assassinados cotidianamente pelas mão dos Estado.
No país da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, o que tem sido servido à mesa é o sangue de lutadores e lutadoras, porque nesse nosso estado democrático de direito, não temos direito de lutar por nossos direitos, de nos organizarmos contra a injustiça que assola os trabalhadores e trabalhadoras que sorvem seu suor para manter este país.
O Estado omisso, coadjuvante ou protagonista, e os grandes grupos capitalistas (mineradoras, construtoras, incorporadoras, expoentes do agronegócio, entre outros) que exterminam aqueles que ainda sonham com um Brasil melhor devem ser expostos, denunciados, constrangidos e condenados pela maior violação de todas: aquela que atenta contra a vida com o fim de garantir o lucro.
No dia 08 de agosto, no TUCA, ergueremos nossas vozes em denúncia e solidariedade, em repúdio aos poderosos e em unidade com os trabalhadores.
Nossa maior riqueza são nossos companheiros e companheiras que se doam todos os dias na construção de um amanhã diferente e esta riqueza não deixaremos que a mão de ferro do capital destrua.
Todos e Todas à Luta!
Todos e Todas ao TUCA!
Todos e Todas – os que lutam – Somos ameaçados!
Organizadores:
APROPUC-SP – Luta Popular – MST – Tribunal Popular – Construção Coletiva – Movimento Indígena Revolucionário – Coletivo 28 de Junho
Enviada por israel raimundo IBERÊ-UANÁ SASSÁ TUPINAMBÁ para superiorindigena.