PI – REAPI pede proteção de vida para ambientalista

Serra Vermelha

Diante da invasão, na tarde de ontem, dia 20,  por três elementos fortemente armados na residência do ambientalista Francisco Soares, presidente da Fundação Rio Parnaíba-FURPA, e conselheiro do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA, a Rede Ambiental do Piauí-REAPI, vem a público denunciar que o ambientalista, que no momento não se encontrava em casa, foi vítima de uma tentativa de assassinato, devido o comportamento dos indivíduos, que uma vez no interior da residência,  limitaram-se a procurá-lo, como não o encontraram,  saíram em busca de documentos. Quarenta minutos depois, saíram sem nada levaram como fruto de roubo.

Desde 2007 Soares vem promovendo fortes denuncias de crimes ambientais no CONAMA, como  os desmatamentos irregulares, as carvoarias e a grilagem de terras no Sul do Estado, na região da Serra Vermelha. Semana passada, a Ministra do  Meio Ambiente, Izabela Teixeira, determinou o enviou da Polícia Federal e fiscais do Ibama e Instituto Chico Mendes-ICMBio, a região, para apurar os crimes denunciados pelo o Ambientalista. O que pode ter contribuindo  para desagradar os exploradores da região.

Diante da situação, a REAPI, através das entidades que a compõem está solicitando ao Ministério do Meio Ambiente, Polícia Federal e ao Ministério da Justiça, proteção e segurança de vida ao ambientalista.

Saiba mais sobre a atuação da Furpa e de seu Presidente, Francisco Soares:

Fonte: http://www.cidadeverde.com/printpage.php?id=79303

Dalton Macambira reage e reafirma proteção à Serra Vermelha

Secretário de Meio Ambiente classificou como “ardilosa” a moção proposta pela Furpa pedindo proteção à região.

O secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Dalton Macambira, reagiu contra declarações do professor Francisco Soares, da Fundação Rio Parnaíba – Furpa -, sobre os trabalhos para proteção da região da Serra Vermelha, no sul do Piauí. Além de reafirmar o empenho do poder público na região, o gestor denunciou que a entidade tem divulgado inverdades de forma “ardilosa”.

A ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, que preside o Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama -, assinou em maio moção na qual pede que órgãos federais “impeçam a exploração predatória na Região da Serra Vermelha pelas carvoarias e pela grilagem de terras públicas”. O documento de maio deste ano cita a Operação Mercadores, deflagrada pela Polícia Federal contra a grilagem de terras.

No final de março, dias antes da moção ser aprovada, Dalton Macambira enviou ofício para a ministra contestando o pedido apresentado pela Furpa. “Os fatos noticiados durante a referida operação policial, em nenhum momento fazem qualquer menção de casualidade entre a prisão dos envolvidos e alguma prática de crimes em relação às terras da região da Serra Vermelha”, diz o documento.

No documento enviado em repúdio à proposta de moção, o secretário de Meio Ambiente do Piauí ainda considera as informações oferecidas pela Furpa como “descabidas e que vem sendo repetidas ad nauseam” por Soares, que assim como Dalton Macambira também tem assento no Conama.

“Manifestamos o nosso mais veemente repúdio à proposta de moção da Fundação Rio Parnaíba – Furpa, apresentada de forma equivocada, ardilosa e sem qualquer fundamento que justifique a pretensão, no intuito de confundir os conselheiros do Conama”, encerra o ofício, que não conseguiu evitar a aprovação do documento.

Proteção

Dalton Macambira explica que o Piauí vem respeitando a Política Nacional de Meio Ambiente, adotando critérios rigorosos para impedir a instalação de empresas clandestinas e coibir irregularidades. O relatório de vistorias mais recentes em Júlio Borges, Morro Cabeça no Tempo e Curimatá soma mais de R$ 1,2 milhão em multas.

“Concessões de autorizações de supressão vegetal para uso alternativo dos solos e de licenças ambientais para atividade agrícolas e produção de carvão vegetal, concedidas por esta SEMAR, obedecem exclusivamente aos atos normativos e regulamentares previstos em legislação ambiental vigente”, diz o mesmo ofício.

Nos números apresentados pela Semar, 22 das 77 carvoarias do Estado se encontravam até maio com licença vencida ou cancelada. Mesmo assim, a fiscalização tem abrangido todos os estabelecimentos. A operação batizada de “Castelo de Barro” gerou R$ 1,75 milhão em multas e continua a receber denúncias.

 

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