Dois padres da CPT (Comissão Pastoral da Terra) no Maranhão e 17 quilombolas entraram em greve de fome ontem. O protesto é uma forma de pressionar pela presença da ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) para tratar sobre a questão da violência contra líderes quilombolas no Estado. Desde a sexta-feira passada cerca de 40 comunidades de remanescente de quilombo do Maranhão ocupam a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em São Luís.
“Estamos há dois dias tentando falar com a ministra dos Direitos Humanos e não conseguimos. Perdemos a paciência”, disse o padre Inaldo Serejo, coordenador da CPT no Estado e quem lidera o movimento. O outro padre que aderiu ao protesto é Clemir Batista da Silva.
Segundo a CPT, a lista de quilombolas ameaçados de morte no Maranhão aumentou de 52 para 59 nesta semana. A entidade diz que “nos últimos dias pelo menos duas lideranças quilombolas no estado sofreram tentativas de assassinato”.
O padre Serejo ressalta ainda que as últimas reuniões realizadas com representantes do Incra não avançaram. “Estamos reunidos há dois dias e nada é resolvido. A presidente Dilma deveria dar ordem à ministra para vir discutir a questão da segurança aqui, que piora a cada dia”, disse.
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