MG – NOTA DE REPÚDIO À REPRESSÃO POLICIAL NO AGLOMERADO DA SERRA

O Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania / IHG vem a público manifestar o mais veemente repúdio à repressão policial que se abate sobre o Aglomerado da Serra. Manifestamos também nossa total solidariedade a todos os moradores desta comunidade, em especial aos familiares, amigos e companheiros de Renilson Veriano da Silva e Jefferson Coelho da Silva, vítimas de execução sumária perpetrada pela Polícia Militar de Minas Gerais.

A ocupação do Aglomerado da Serra pela PMMG e o assassinato de Renilson e Jefferson constituem a mais brutal e inaceitável violação dos direitos humanos. Esta revela racismo estrutural, em pleno vigor nas esferas militar, policial, judiciária e carcerária, exatamente aquelas que compõem a mal chamada Segurança Pública. Não existe Segurança Pública no Brasil: ela é, exclusivamente, da propriedade e do Estado – dos ricos e dos governantes.

Fica patente que este terror de Estado se exerce de forma aguda sobre os pobres e os negros. A manifestação mais evidente desta situação é constituída pelo extermínio da população jovem e negra, pela política de encarceramento em massa e pela criminalização das lutas e movimentos populares. Trata-se de genocídio aberto – vamos chamar as coisas pelo próprio nome. (mais…)

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Índios Waimiri-Atroari desaparecidos na Ditadura

“É justo e necessário o país se mobilizar pelos desaparecidos políticos da Ditadura Militar no Brasil (1964-1984). Entretanto, por que não há o mesmo interesse na busca dos índios desaparecidos durante a Ditadura Militar por se oporem à política do governo sobre seus territórios?”. A denúncia e a pergunta são do indigenista Egydio Schwade, em artigo publicado no sítio Casa da Cultura do Urubuí,19-02-2011. Eis o artigo.

É justo e necessário o país se mobilizar pelos desaparecidos políticos da Ditadura Militar no Brasil (1964-1984). Entretanto, por que não há o mesmo interesse na busca dos índios desaparecidos durante a Ditadura Militar por se oporem à política do governo sobre seus territórios?

Em 1968, o Governo Militar invadiu com a rodovia BR-174, Manaus–Boa-Vista, o território Kiña (Waimiri-Atroari). Em 1975, pelo menos 2000 pessoas já haviam desaparecido, todas pertencentes ao povo Kiña. Isso porque se opunham ao processo de invasão de seu território imposto pelos Militares.

O massacre ocorreu em etapas. Na primeira delas, quem esteve à frente da construção da rodovia foi o Departamento de Estradas e Rodagem/Amazonas (DER/AM). Os relatórios mensais dos trabalhos sempre se faziam acompanhar com pedidos de armas e munição como este:
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Uma curta declaração de princípios

Uma foto não é apenas uma foto. Uma escultura não é apenas uma escultura. De repente, a foto da escultura, tirada tão longe daqui, expressa muito mais do que todas as palavras, escritas ou faladas, o sentimento de indignação, de revolta e, até, de angústia perante o que nos cerca.

No grito mudo da figura negra sem braços e sem corpo para lutar estão presentes todas as vozes silenciadas, todos os corpos invisibilizados, todas as mortes anunciadas. É para ajudar a combater tudo isso que este Blog existe. TP.

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No Brasil, preconceito sutil é mais forte e perpetua racismo

O preconceito sutil se utiliza de brincadeiras, piadas, e apelidos que parecem “inocentes”. Diferente do preconceito flagrante, a discriminação com brincadeiras e apelidos é difícil de ser denunciada

As manifestações sutis de discriminação racial estão cada vez mais presentes no dia-a-dia da sociedade brasileira. Segundo a psicóloga Sylvia Nunes, que pesquisou sobre o preconceito sutil no Instituto de Psicologia da USP, as pessoas ainda precisam pensar e discutir o tema de forma mais eficaz, a fim de reconhecer o racismo. Como aponta o estudo, a discriminação, da maneira como vem sendo perpetuada, está cada vez mais “escondida”, porém, ainda existente e resistente, tornando a luta contra o preconceito racial mais difícil.

De acordo com o trabalho de Sylvia, já houve épocas em que a forma mais comum de racismo era a explícita, chamada pela autora de “preconceito flagrante”, uma maneira de discriminação que geralmente envolve violência, xingamentos, agressão física e verbal, e é de “fácil percepção” e até de “denúncia”. Enquanto isso, como aponta a psicóloga, o preconceito sutil é corriqueiro, e se utiliza, por exemplo, de brincadeiras, piadas, omissões, ausências e apelidos que parecem “inocentes”. (mais…)

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Operação encontra trabalhadores indígenas em situação degradante em Miranda (MS)

Ação conjunta do Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego e Polícia Federal flagrou 16 indígenas da Aldeia Lalima trabalhando na limpeza do pasto da fazenda de gado, sem registro em carteira e alojados em condições degradantes.

Trabalhadores indígenas da Aldeia Lalima foram flagrados em condições degradantes na Fazenda Vargem Grande, em Miranda, durante operação conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Polícia Federal, realizada entre os dias 24 e 27 de janeiro. Na propriedade, localizada a 10 quilômetros da aldeia, 16 índios que faziam o roçado do pasto foram encontrados sem registro em carteira e instalados em alojamentos precários.

Segundo o procurador do Trabalho Rafael Salgado, os alojamentos eram de lona cobertos com folha de bacuri. Não havia água potável, local para alimentação e nem banheiros. Para banho, os indígenas utilizavam uma tábua sobre o corixo. Os trabalhadores também não possuíam equipamentos de proteção individual para o trabalho. (mais…)

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Relatório sobre conservação de biomas brasileiros será divulgado pela primeira vez em março

Relatório sobre conservação de biomas brasileiros será divulgado pela primeira vez em março

Informações vão colaborar para o combate ao desmatamento e prisão de contraventores ambientais

O Cerrado é o bioma brasileiro mais devastado e o Pantanal é o mais preservado. A constatação foi feita após análise do monitoramento dos biomas brasileiros por meio de imagens de satélites, realizado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) entre 2008 e 2009. A informação é um adiantamento do relatório que será divulgado pela primeira vez em março e trará detalhes sobre a progressão do desmate em todas as regiões do País. Os dados sobre a Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Pampa e Mata Atlântica devem fornecer subsídios aos órgãos fiscalizadores e à Polícia Federal na repressão a criminosos ambientais. (mais…)

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PM despeja famílias de acampamento em Ponto Novo

A Polícia Militar despejou nesta tarde de terça-feira, 22 de fevereiro, cerca de 20 famílias do acampamento Terra Nossa, que há a mais de dois anos ocupavam a área do perímetro irrigado do município baiano de Ponto Novo, às margens da BR 407, sentido Capim Grosso/Senhor do Bonfim/Juazeiro. A ação aconteceu de forma pacífica.

O despejo é mais um capítulo de uma história de resistência e luta de agricultores e camponeses que teve início com a construção da barragem no rio Itapicuru e posterior implantação de um projeto de irrigação. As terras que antes pertenciam aos agricultores foram loteadas para empresários que ali implantaram projetos de irrigação com a finalidade de produzirem para o mercado, sem se preocuparem com o alimento básico das famílias. Sem a concretização das promessas de assentamento os camponeses articulados com outros camponeses da região e com os movimentos sociais (MPA, CPT, CETA) retomaram suas terras.

http://www.cptba.org.br/

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Denunciam desaparición de activista ambiental colombiana

Organizaciones de la sociedad civil en Colombia han denunciado la desaparición de la ambientalista Sandra Viviana Cuellar Gallego en Cali, desde el 17 de febrero. Amigos de la Tierra Internacional y Censat Agua Viva – Amigos de la Tierra Colombia necesitan tu ayuda para presionar a las autoridades colombianas, para que aceleren la búsqueda de Sandra Viviana.

Sandra es una ingeniera ambiental de 26 años. Trabaja en la protección de cuencas y humedales, así como en la defensa de la participación equitativa de las comunidades locales en las decisiones ambientales que las afectan. Trabajó con Censat Agua Viva – Amigos de la Tierra Colombia en los temas forestales.

Sus documentos de identidad fueron hallados el sábado 19 de febrero, junto a su teléfono móvil, en una zona cercana al lugar donde debió tomar el transporte público hacia Palmira, para dirigirse a la Universidad Nacional de Colombia. (mais…)

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Agronegócio em Grajaú (MA): Expansão, Exploração e Destruição

Nos últimos anos o agronegócio tem avançado de forma violenta no Sul do Maranhão, e esse avanço tem sido comemorado e até usado como instrumento de campanha política nas disputas pelo governo do Estado. Isso porque esse avanço dos grandes projetos tem feito crescer de forma considerável o PIB(Produto Interno Bruto) do Maranhão. Porém,o que não é debatido são as desastrosas conseqüências que esse perverso modelo de desenvolvimento adotado pelos governos maranhenses trazem para o meio ambiente e os povos do campo.

No entanto, diante do atual panorama é necessário que a sociedade civil organizada promova o debate de temas de tamanha relevância social como esse, pois se não acordarmos agora do sono profundo da passividade, se não trazermos a luz aquilo que esta escondido na escuridão dos desejos do capital, o amanhã poderá ser tarde demais para o futuro das famílias camponesas do Maranhão.

A expansão do agronegócio no município de Grajaú tem provocado sérios problemas ambientais e sociais que vão desde a extinção de espécies vegetais e animais, a poluição e diminuição do volume das águas dos rios Grajaú e Santana, como também exploração da mão-de-obra feminina, concentração de terras e a expulsão das famílias camponesas para as periferias da cidade. (mais…)

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A História e o assassinato de Flaviano Pinto Neto

Nesta terça-feira (22/02/11), logo cedo, militantes de diferentes organizações sociais do Maranhão, trocavam e-mails e telefonemas anunciando a prisão do grileiro/fazendeiro Manoel Gentil Gomes, acusado de mandar matar o quilombola e líder de trabalhadores rurais Flaviano Pinto Neto, assassinado com sete tiros na cabeça, em 30 de outubro de 2010, no município de São Vicente Férrer (MA).

Em mais de três meses, o assassinato de Flaviano e todo o seu contexto foram praticamente ignorados pela grande imprensa maranhense, especialmente pelo Sistema Mirante/Globo. Por outro lado, houve uma imensa pressão feita por diferentes organizações sociais que levaram o assunto para muito além das fronteiras do Maranhão.  Algumas entidades atuaram na linha de frente e outras deram apoio. Lembramos aqui da CPT, FETAEMA, MST, CONLUTAS, Comitê Padre Josimo, Comissão de Direitos Humanos da OAB, ANEL, Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e Cáritas.

A sede da associação que Flaviano Pinto Neto presidia foi queimada um ano antes de sua morte. Apesar deste atentando político, o governo de Roseana Sarney Murad (PMDB) nada fez, criando as condições para que, um ano depois, o conflito acabasse em tragédia. Esta é, apenas, uma das razões do silêncio da grande mídia “chapa branca”. (mais…)

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