Sete índios e uma índia representantes das diferentes aldeias da etnia Zo’é, chegaram em Brasília, nesta segunda-feira, 14 de fevereiro. O grupo do Pará, que até o momento manteve o isolamento, solicitou à Funai o início de uma relação política com o estado brasileiro. Segundo Elias Bigio, Coordenador-Geral de Índios Isolados e Recém Contatados da Funai, os Zo’é manifestaram interesse em aprender a língua portuguesa e iniciar projetos autossustentáveis, que permitam a aquisição de alguns bens.
A visita tem o apoio do Laboratório de Línguas Indígenas da Universidade de Brasília (Lali/UnB). A professora Ana Suely Arruda, que estuda a língua desse povo do grupo linguístico Tupi há mais de 15 anos, participará de todas as reuniões, fazendo a tradução. Na terça-feira, os Zo’é tem encontro com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o presidente da Funai, Márcio Meira.
Por se tratar de pessoas com pouco contato com a população, foi necessário todo o cuidado para protegê-los, como vacinação em dia e alimentação diferenciada. Os apartamentos onde estão hospedados foram higienizados e a alimentação seguirá o costume do povo, com mel, açaí, mandioca, entre outros produtos da região. Os Zo’é vieram acompanhados pelo Dr. Erik Leonardo Jennings Simões, da Funasa, que atende o grupo na Terra Indígena (TI), e pelo Coordenador da Frente Etnoambiental de Cuminapanema, João Carlos Lobato.
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