Quilombola assassinado no Maranhão

por Luis Antonio Pedrosa

Na noite do sábado, dia 30, foi assassinado FLAVIANO, conhecida liderança do povoado quilombola Charco, em São Vicente de Férrer. Flaviano foi o grande articulador da resistência dos quilombolas contra o fazendeiro e um incansável operador para a agilização dos processos.

Atendi FLAVIANO ano passado, diante de uma situação fundiária quase definida, quando cerca de 120 policiais militares preparavam-se para efetuar o despejo da comunidade. Organizamos juntos o ajuizamento de uma nova ação possessória, fazendo figurar no pólo ativo da ação as legítimas herdeiras dos ex-escravos da localidade. Obtivemos êxito, com a supensão do despejo.

A tramitação lenta do processo de titulação quilombola exigia a presença frequente de FLAVIANO em São Luís. Na semana passada mesmo esteve na FETAEMA, sempre angustiado, buscando agilizar o processo que envolve a sua comunidade. Foi morto, por dois homens, quando se encontrava em um bar, à margem da BR 014. Foi atingido por sete tiros de pistola. Os assassinos fugiram em um carro e uma moto, mas não houve o registro das placas. A comunidade está aterrorizada. (mais…)

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Lançamento da publicação Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil e Suas Ações Afirmativas – Pesquisa 2010

O Instituto Ethos e o Ibope Inteligência têm o prazer de convidar para o lançamento da publicação Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil e Suas Ações Afirmativas – Pesquisa 2010, realizada em parceria com a Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), com patrocínio do Instituto Unibanco e da Philips do Brasil e apoio institucional da Inter-American Foundation (IAF) e da Atletas pela Cidadania.

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O dia em que o preconceito tomou conta do Twitter

@mayarapetruso
A pior de todas, retirada de: http://twitpic.com/32ted4

Cynara Peixoto

Ontem, dia do resultado das eleições presidenciais, que deveria ser um dia de festa da democracia, ficou marcado como um dia em que o preconceito e o ódio tomou conta do Twitter, tão popular que é no Brasil. Um dia em que os Nordestinos foram tratados de forma altamente discriminatória. Um dia para não ser esquecido.

No Brasil, é muito comum se escandalizar com preconceito contra negros e gays. Casos assim ocupam páginas de jornais, provocam discussão e tem o tratamento que merecem ter. Mas, infelizmente, ainda existe o preconceito com relação à região de procedência, que é algo ainda pouco levado a sério e divulgado pela imprensa. E é algo que me assusta pela proporção com que tem crescido.

Eu sou Nordestina, de Fortaleza, Ceará. Nascida e criada aqui, com todos os sotaques e trejeitos característicos da região. Falo “oxente” e “vixe”, porque cresci com estas palavras fazendo parte do meu vocabulário. E tenho um baita orgulho de ser cearense. Por nada sairia daqui, porque aqui é o lugar que eu amo e onde me sinto feliz, com seus defeitos e virtudes. Por isso, me senti muito ofendida e triste com as mensagens que vi ontem no Twitter. (mais…)

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“Os direitos humanos são resultado das relações de poder”

Para Cecília MacDowell, desrespeitam-se a autonomia e a soberania de um país e todos os princípios de direito internacional em nome dos direitos humanos. Estes são inseparáveis da questão do poder. “É uma arma, ao mesmo tempo, para o bem e para o mal. Por isso que não se pode confiar plenamente nesse discurso dos direitos humanos. Não é a salvação”, afirma.


“As violações de direitos humanos acontecem não só se estamos relacionando direitos humanos com biopoder, que são relações perpetradas pelo Estado, ou pelas instituições internacionais, mas também no dia-a-dia, por meio do desrespeito e do racismo, por exemplo. Essas são violações de direitos humanos que vamos ver em toda a parte”. A declaração é da professora Cecília MacDowell, da Universidade de São Francisco, Califórnia, EUA. Na entrevista que concedeu por telefone para a IHU On-Line ela afirma que, “se entendermos os direitos humanos como discurso e não apenas como norma, eles podem ser usados como instrumento tanto para defesa de direitos, de respeito à dignidade humana, à diferença, ao princípio de igualdade, como também podem ser utilizados com o mesmo discurso – o que é paradoxal – contra as pessoas, os indivíduos e contra esses mesmos valores, como foi o caso da invasão do Iraque”.

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Cerca de 50 famílias ocuparam hoje um prédio no Santo Cristo

Cerca de 50 famílias ocuparam hoje (01 de novembro 2010) um prédio na rua Sara número 85 no bairro do Santo Cristo. O prédio era do INSS e estava abandonado a cerca de 15 anos, descumprindo a constituição que diz que todo prédio tem que cumprir uma função social. A ocupação, que é chamada pelos moradores de OCUPAÇÃO GUERREIRO URBANO, foi organizada de forma autônoma pelos moradores que decidem os rumos do processo através de assembléias. Moradores e apoios de outras ocupações e simpáticos ao movimento estão na porta do prédio em solidariedade a ocupação. Segundo o manifesto dos moradores “O déficit habitacional do município é maior do que 150.000 (estimativa oficialmente subestimada), sendo que em cada 10 pessoas que necessitam de moradia, 9 ganham entre 0 a 3 salários mínimos. Mesmo com tanta gente precisando de moradia, existem mais de 220 mil domicílios vagos no município do Rio de Janeiro.” por isso a luta dessas e de tantas outras famílias por um espaço que elas possam contruir as suas moradias. Segue abaixo o manifesto da Ocupação.

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O Brasil de Dilma: mãos à obra

O Brasil vive sob o descompasso existente entre os avanços econômicos e culturais alcançados nos últimos oito anos e um sistema político arcaico, perpetuador de privilégios. Governos comandados por presidentes populares sempre foram fustigados por essas estruturas arcaicas. Lula não foi exceção e só sobreviveu graças a sua incontestável habilidade política. Daí o seu empenho em, além de eleger a sucessora, dar a ela a possibilidade de governar com um Congresso menos hostil. O Brasil precisa de uma Reforma Política para a nossa democracia avançar. Mas ela não terá efeitos práticos se os meios de comunicação seguirem tendo o absurdo papel político-eleitoral de hoje. O artigo é de Laurindo Leal Filho.

Laurindo Leal Filho

A vitória de Dilma Roussef é um recado da sociedade às forças conservadoras que tentaram, por vários meios, impedir que isso acontecesse. Entre eles destaque-se os meios de comunicação, transformados em partido político, sem base social mas ainda com grande poder persuasivo. (mais…)

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I Fórum Internacional de Educação, Diversidade e Identidades

CEAO (Centro de Estudos Afro-Orientais) – Até o dia 18 de novembro, estarão abertas inscrições gratuitas para o I Fórum Internacional de Educação, Diversidade e Identidades – Gênero, Raça e Educação nos Países da Diáspora depois de Durban, através do site www.fiedi.com.br. O evento, dirigido a professores da rede pública municipal e pessoas ligadas a entidades que atuam nas áreas relacionadas ao tema, acontecerá nos dias 25, 26 e 27 de novembro, no Hotel Pestana (Rio Vermelho), em Salvador, Bahia.

Os organizadores pretendem reunir cerca de 500 pessoas do Brasil, da Nigéria e dos Estados Unidos em torno de mini-cursos, workshops, mesas de discussões, exposição, lançamento de livros e show de encerramento, onde o tema central será a intersecção de gênero-raça e educação. Promovido pela Secretaria Municipal de Educação (Secult), através do Fundo Municipal para o Desenvolvimento Humano e Inclusão Educacional de Mulheres Afrodescentes (Fiema) e Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico (CENAP), o evento foi idealizado pela Tsedakah – Tecnologia e Humanidades. (mais…)

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Força Nacional ocupa área de conflito em Pau Brasil

Barreiras na altura de duas fazendas foram retiradas pela Força Nacional. Foto: Luiz Tito/AG. A TARDE.

Ana Cristina Oliveira – Sucursal Itabuna

Trinta policiais da Força Nacional retiraram neste domingo, 31, duas barreiras, na altura das fazendas Boa Vista e Santa Maria, que estariam impedindo a passagem de empregados que iriam votar no centro de Pau Brasil, a 551 km de Salvador. Conforme acusação dos fazendeiros, as barreiras teriam sido feitas pelos índios Pataxó hã-hã-hãe.

A chegada de policiais fortemente armados que devem permanecer no local ao longo da semana gerou tensão na região. Eles fizeram vistoria na estrada que liga Pau Brasil e Itaju do Colônia para reconhecimento da área onde ficam as seis fazendas retomadas pelos pataxós.

Neste domingo, havia a expectativa de ocorrer a prisão de sete lideranças da aldeia Caramuru-Paraguaçu, por determinação da Justiça Federal. O líder pataxó Agnaldo Santos, um dos que estariam com prisão decretada, disse que a comunidade ficou assustada. (mais…)

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