MANIFESTO: Assinatura da Concessão de Belo Monte é mais uma ofensiva macabra para sentenciar a morte do rio Xingu

Os funcionários do Planalto ainda não terão limpado os restos da festança que comemorará o retorno do Presidente da República ao seu Palácio nesta quarta, dia 25, e o governo federal assinará a sentença de morte do Xingu e a expulsão de milhares de cidadãos de suas casas, o pouco que ribeirinhos e pequenos agricultores das barrancas do rio podem chamar de seu.

Num ato de escandalosa afronta a convenções internacionais de direitos humanos, à legislação brasileira e à Constituição do país, o governo firmará, nesta quinta, 26, o Decreto de Outorga e o Contrato de Concessão da UHE Belo Monte com o Consórcio N/Morte Energia no Palácio do Planalto.

A assinatura ocorrerá antes do Ibama ter concedido a Licença de Instalação à obra, que, por lei, deve anteceder mesmo o processo de licitação (artigo 4 da resolução 006 do CONAMA), e enquanto ainda tramitam na Justiça 15 Ações Civis Públicas contra a Licença Prévia, contra o leilão e por violação de Direitos Humanos e Constitucionais das populações ameaçadas. (mais…)

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Presidente Lula se reúne com povos indígenas no Mato Grosso do Sul

Adital – No palanque oficial e nas cerimônias de inauguração de estrada e da Universidade  Federal da Grande Dourados – UFGD, Lula silenciou sobre a questão indígena. Apenas uma referência passageira a novos paradigmas, onde falou de um novo paradigma indígena. Porém não o único compromisso reservado foi o encontro com os povos indígenas, que na imprensa local foi assim definido “Lula e índios discutem demarcação a portas fechadas”. (Campo Grande News). Na matéria explicita que “A região Sul do Estado, principalmente a Grande Dourados, enfrenta uma guerra  judicial por conta das demarcações de terras”.

Foi exatamente sobre a questão da demarcação ou melhor não demarcação das terras, que girou a maior parte do tempo do encontro de Lula com 25 lideranças políticas e religiosas do povo Kaiowá Guarani e Terena.  Após o Nhaderu Kaiowá Guarani Getulio colocar o cocar na cabeça do presidente, este ouviu atentamente o clamor de urgência da demarcação das terras indígenas no estado.  Foram apenas 20 minutos de conversa na qual os indígenas expuseram rapidamente o grave momento por que passam as comunidades, privadas de suas terras e envoltas a uma situação de violência insuportável e sem precedentes. Diante do clamor ouviram do presidente da república sua palavra de sensibilidade pela realidade exposta e seu compromisso de se encontrar com o presidente da FUNAI ainda hoje para solicitar o acompanhamento da polícia federal aos Grupos de Trabalho de identificação das terras Kaiowá Guarani e Terena. Em sua ânsia de minorar a desgastante situação de denúncias contra os direitos humanos e étnicos dos Guarani, reafirmou sua vontade de comprar terras para os acampados desse povo. Solução essa que já foi rejeitada pelas comunidades, pois não vem ao encontro de seus direitos a seus tekohá, terras tradicionais. (mais…)

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MJ suspende portarias de terras Guarani no norte de Santa Catarina

Ministério da Justiça suspendeu as Portarias Declaratórias das Terras Indígenas Mbya Guarani Morro Alto, Pirai, Tarumã e Pindoty, nos municípios de São Francisco do Sul e Araquari, no norte de Santa Catarina.

Um grupo de cerca de 300 donos de terras, entre eles empresas do porte da têxtil Karsten, Weg e da Fundição Tupy, entraram com ações judiciais contra a demarcação. Eles são representados pela “Associação de Proprietários Interessados em Imóveis nas Áreas de Reservas Indígenas no Norte de SC (Apis)”.

O Juiz da 1ª Vara Federal de Joinville deferiu a Ação Ordinária nº2009.72.01.005799-5 que suspende as portarias assinadas pelo Ministro da Justiça Tarso Genro em Agosto de 2009, e o atual Ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, aceitou a Ação e suspendeu as portarias. (mais…)

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Santarém, Pará – Quilombolas de Arapemã sofrem ameaças de morte

Mais uma vez fazendeiros ameaçam quilombolas da comunidade de Arapemã por conta da publicação das portarias do INCRA nº 467  e 468, que dá reconhecimento e delimitação das comunidades remanescentes de quilombos Saracura e Arapemã, ambas localizadas no Município de Santarém (PA).

De acordo com as portarias, Saracura e Arapemã ficam com 2.889 e 3.828 hectares, respectivamente. Isso provocou nos fazendeiros e demais sujeitos contrários a regularização dos territórios quilombolas do município de Santarém extrema indignação, prova disso são as constantes ameaças que vem sendo feitas no quilombo de Arapemã.

Segundo Lailson Vasconcelos, uma das lideranças comunitárias do quilombo, ele, na presença de um servidor do INCRA durante uma visita técnica no quilombo, ouviu do senhor “Michel”, fazendeiro, que ele (Michel) “até poderia sair da comunidade quilombola (referindo-se ao processo de desintrusão que ocorrerá dos não quilombolas) mas que junto ele levaria três consigo”. (mais…)

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Plebiscito pelo Limite da Propriedade da Terra – 1 a 7/09/2010 – Participe!

A sociedade brasileira terá a chance se manifestar sobre o  latifúndio no Brasil durante o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade Terra, que ocorrerá entre os dias 01 e 07 de setembro. A população brasileira também é convidada a participar de um abaixo-assinado que já está sendo circulando em todo país e que continuará após o Plebiscito. O objetivo desta coleta de assinaturas é entrar com um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) no Congresso Nacional para seja inserido um novo inciso no artigo 186 da Constituição Federal que se refere ao cumprimento da função social da propriedade rural. Além das 54 entidades que compõem o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, também promovem o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra, a Assembléia Popular (AP) e o Grito dos Excluídos. O ato ainda conta com o apoio oficial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).

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A soberania do Estado

Uma das referências que caracteriza as favelas, em parte ou em sua totalidade, é o grau de soberania por parte do Estado que se mostra inferior à média do conjunto da cidade. Ela se tornou cada vez mais escassa e em paralelo deu-se a ascensão de grupos criminosos armados – sejam eles ligados ao narcotráfico ou às milícias. Nesse contexto, as situações de violência tornaram-se recorrentes, tanto pelos conflitos entre facções rivais quanto pelo confronto com a polícia.  Nas favelas cariocas as lutas pela moradia digna, pelos serviços públicos de qualidade e pela própria existência na cidade passaram a se confundir cada vez mais com a defesa do direito à vida.

Essa questão foi agravada pela definição, por parte das forças de segurança, de uma estratégia marcada pelo enfrentamento bélico contra os grupos criminosos. Os fuzis passaram a fazer parte no cenário carioca, assim como o carro blindado, conhecido como “caveirão”, e os inúmeros autos de resistência.
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Perú: Informe de UNICEF señala situación crítica de la niñez y adolescencia indígena

Servindi – El Informe “Estado de la Niñez Indígena en el Perú” revela la desatención que el Estado peruano brinda a los niños y niñas indígenas peruanos.

El informe fue presentado por el Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia (UNICEF), en él se da cuenta de la situación de pobreza, acceso a la salud y educación y el derecho a la identidad de los niños y niñas indígenas de las diferentes regiones del país.
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COIAB envia carta de protesto ao New York Times

“Prezados senhores,

O jornalista Alexei Barrionuevo, em sua matéria sobre a hidrelétrica de Belo Monte no Brasil (15 de agosto de 2010) cometeu equívocos sobre a resistência indígena a este mega-projeto desastroso. Nós representamos um grande número de etnias indígenas da Bacia do Xingu, cuja sobrevivência e cujos direitos serão gravemente impactados pela usina de Belo Monte, violando a Constituição brasileira e vários acordos e convenções internacionais.

Diferente do que afirmou o senhor Barrionuevo, no encontro indígena que ocorreu na última semana em Altamira, Pará (no qual o jornalista não esteve presente), foi tomada uma decisão unânime e inequívoca por lideranças locais dos povos Juruna e Arara ameaçados por Belo Monte, e outras 31 etnias indígenas de toda a Amazônia, de continuar na luta contra a construção da usina. A resistência das populações indígenas  contra grandes projetos hidrelétricos começou há 30 anos sob liderança do cacique Raoni Metuktire, do povo Kayapó, que afirmou no encontro de Altamira que continuará combatendo Belo Monte. De fato, o evento da última semana reafirmou e fortaleceu a aliança entre indígenas, ribeirinhos e pequenos agricultores na luta contra Belo Monte.

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TV Câmara faz pré-estreia do documentário “Sidney Possuelo – Uma Vida Amazônica”

A TV Câmara realiza hoje a pré-estreia do documentário “Sidney Possuelo – Uma Vida Amazônica”. Dirigido pelo jornalista Roberto Stefanelli, o documentário mostra a vida do sertanista que durante 50 anos viveu na selva, trabalhando em defesa dos povos indígenas. A pré-estreia do documentário será realizada nesta quarta-feira no auditório da TV Câmara, no prédio principal da Câmara dos Deputados. Vai ser às 17h e a exibição é aberta ao público. Na TV Câmara, o documentário estreia neste sábado, dia 28, às 21h.

http://www.camara.gov.br/internet/tvcamara/?lnk=TV-CAMARA-FAZ-PRE-ESTREIA-DO-DOCUMENTARIO-SIDNEY-POSSUELO-UMA-VIDA-AMAZONICA&selecao=MAT&materia=110104&programa=2&velocidade=100K

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