Em Santa Margarida do Sul, cerca de 150 assentados bloquearam o trânsito na BR-290. Movimentação igual ocorreu na BR-158, em Júlio de Castilhos, com cerca de 80 pessoas, entre assentados e acampados. Em Palmeira das Missões, no norte do Estado, os sem-terra pararam o tráfego da BR-569. Em função dos bloqueios, houve congestionamento.
– Já se passou um ano desde que o nosso companheiro foi assassinado covardemente e nada foi feito – desabafou o sem-terra Gilmar Soares, que mora no acampamento Herança de Adão Pretto, em Júlio de Castilhos.
O processo que trata da morte de Silva ainda tramita na Justiça. Na quarta-feira, a Justiça de São Gabriel mandou que o réu, o soldado da Brigada Militar (BM) Alexandre Curto dos Santos, seja citado. Conforme a acusação, Santos teria atirado pelas costas em Silva, durante operação de reintegração de posse da Fazenda Southall, em São Gabriel. O sem-terra chegou a ser socorrido, mas não resistiu. À época, Santos afirmou desconhecer que sua arma estava com munição letal.
Entenda o caso
2009
– 28 de setembro – A Polícia Civil de São Gabriel indicia o policial por homicídio qualificado.
– 5 de outubro – A promotora Ivana Battaglin, de São Gabriel, oferece denúncia por homicídio qualificado contra o PM.
– 28 de outubro – O juiz da Vara Criminal de São Gabriel, José Pedro de Oliveira Eckert, aceita parte da denúncia. O magistrado não acha que o PM dificultou a defesa.
– 30 de outubro – O MP recorre.
2010
– 12 de maio – A 1ª Câmara Criminal do TJ decide que a denúncia do MP deve ser recebida de forma integral.
– 21 de junho – O processo volta para São Gabriel.
– 18 de agosto – A juíza Juliana Neves Capiotti cita o réu. A citação é a primeira chance do PM de se manifestar no processo.
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=35553