O manifesto na internet contava, às 5:16h de sexta-feira, com 764 assinaturas, algumas seguidas de comentários ainda piores. Divulgar seu endereço seria colaborar ainda mais para a divulgação de um racismo fascista e xenófobo. Mais que isso: repugnante. É necessário, entretanto, socializar o que está acontecendo. Postar ou não postar, era a questão. Optei, então, por divulgar a entrevista publicada em Terra Magazine, na qual a fala é dada ao porta-voz “mais moderado e menos conservador” do grupo. Um porta-voz, diga-se de passagem, sempre preocupado em se escudar das perguntas mais enfáticas atribuindo todas as posições “radicais” (leia-se, na verdade, sectárias e – repito – racistas) à moça que encabeça as assinaturas na petição. Não diria que vale ler a entrevista (embora o trabalho da repórter seja sério), mas que é necessário fazê-lo. Infelizmente. TP.
Por Ana Cláudia Barros
Eles têm entre 18 e 25 anos, são universitários e se uniram a partir de um manifesto virtual, batizado de “São Paulo para os paulistas”. A iniciativa, que começou com a voz solitária de uma jovem indignada diante da proposta de inserção da cultura nordestina na grade curricular de escolas da capital do Estado, foi ganhando adeptos e, em poucos meses, já contava com mais de 600 adesões, demonstrações de apoio expressas em assinaturas numa petição online. (mais…)
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