“São Paulo para os paulistas” – um exemplo de racismo nauseante

O manifesto na internet contava, às 5:16h de sexta-feira, com 764 assinaturas, algumas seguidas de comentários ainda piores. Divulgar seu endereço seria colaborar ainda mais para a divulgação de um racismo fascista e xenófobo. Mais que isso: repugnante. É necessário, entretanto, socializar o que está acontecendo. Postar ou não postar, era a questão. Optei, então, por divulgar a entrevista publicada em Terra Magazine, na qual a fala é dada ao porta-voz “mais moderado e menos conservador” do grupo. Um porta-voz, diga-se de passagem, sempre preocupado em se escudar das perguntas mais enfáticas atribuindo todas as posições “radicais” (leia-se, na verdade, sectárias e – repito – racistas) à moça que encabeça as assinaturas na petição. Não diria que vale ler a entrevista (embora o trabalho da repórter seja sério), mas que é necessário fazê-lo. Infelizmente. TP.

Por Ana Cláudia Barros

Eles têm entre 18 e 25 anos, são universitários e se uniram a partir de um manifesto virtual, batizado de “São Paulo para os paulistas”. A iniciativa, que começou com a voz solitária de uma jovem indignada diante da proposta de inserção da cultura nordestina na grade curricular de escolas da capital do Estado, foi ganhando adeptos e, em poucos meses, já contava com mais de 600 adesões, demonstrações de apoio expressas em assinaturas numa petição online. (mais…)

Ler Mais

Corte de Valdivia aplica Convenio 169 y Declaración ONU en nueva sentencia a favor de comunidades mapuche

La Corte de Apelaciones de Valdivia, sur de Chile, dictó sentencia acogiendo recurso de protección a favor de comunidades mapuche de Lanco,  afectados por la ilegal Resolución Exenta Nº 041, de 5 de abril de 2010 de CONAMA que calificó favorablemente la Declaración de Impacto Ambiental del proyecto “Estación de Transferencia de Residuos Sólidos Lanco-Panguipulli” cuyo titular es la Municipalidad de Lanco.

Con esta nueva sentencia, ya suman tres las Cortes de Apelaciones del sur de Chile, territorio mapuche, – Temuco, Valdivia, Puerto Montt – que han acogido recursos contra resoluciones administrativas que incumplen con el deber de consultar a los pueblos indígenas, tal como lo establece el Convenio 169 de la OIT.
(mais…)

Ler Mais

Presidente da CNBB reivindica terra para atingidos por barragens

O presidente da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e Arcebispo da Arquidiocese de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, enviou carta ao INCRA MG cobrando vistoria de terra para assentamento de famílias atingidas por barragens  em Minas Gerais.

O bispo afirma que “o Governo Federal reconheceu a dívida do Estado Brasileiro com as famílias atingidas por barragens e determinou ao INCRA o cadastramento dessas famílias para posterior assentamento. Reconhecemos o esforço desse Órgão, já tendo cadastrado famílias na Zona da Mata e no Leste Mineiro. Solicitamos, no entanto, um esforço a mais para que essa questão tenha uma solução definitiva, garantindo às famílias o acesso à terra”. Dom Geraldo ainda pede “especial atenção para atendimento do pleito das 56 famílias que estão desde o dia 14 de março de 2010, no Acampamento Dom Luciano. Elas reivindicam, em caráter de urgência, vistoria de terras indicadas por elas e mesmo de outras que sejam de conhecimento do INCRA nas vizinhanças do local do Acampamento”. O bispo justifica essa prioridade por causa do “grande número de crianças [em torno de 40] presentes no Acampamento, e pela situação de extrema precariedade em que as famílias se encontram”.

Uma Comissão formada por representantes da igreja e do MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens entregou a carta ontem, 05/08, à Superintendente do INCRA, Luci Rodrigues Espeschit. Luci afirmou que conhece a trajetória do MAB e marcou uma reunião com o Movimento para o dia 27/08, às 15horas, para tratar o caso.

Ler Mais

Povo Awá-Guajá: Acampamento “Nós existimos”

Diego Janatã

Na região conhecida como Alto Turiaçu, no Noroeste Maranhense, mais uma parte da Amazônia brasileira é destruída.  Diariamente, caminhões saem lotados da mata, roubando e assassinando os povos indígenas que sofrem com o drama da derrubada de madeira em seus territórios.

Na contramão dessas tragédias anunciadas, grupos de guerreiros deixam suas casas no seio da floresta para se encontrarem com os seus parentes.  Em busca de aliados, o povo Awá Guajá sai da mata e com a cantoria dos karawaras, viajam para o céu e descobrem do alto um novo horizonte de destruição e aterrissam de volta com o grito: “Nós existimos”.
(mais…)

Ler Mais

Perú: 28 campesinos fueron torturados por orden de minera Río Blanco en el 2005

Servindi – Trabajadores de la empresa minera Río Blanco confirmaron que las veintiocho personas, entre campesinos y periodistas, que participaron en la protesta del año 2005 fueron víctimas de secuestro y torturas por orden emanadas de la propia empresa.

La información fue proporcionada por la Jueza Gloster de la Alta Corte Británica quién recibió los testimonios de trabajadores de la empresa en octubre de 2009, cuando terminaba de redactar el proyecto de sentencia.

Los ingenieros José Saavedra y Darwin Palacios, así como los trabajadores Eugenio Castro y Román Tirado Villar, confirmaron que la empresa coordinó la operación de represalia contra los manifestantes. (mais…)

Ler Mais

Perú: El desafío de los derechos indígenas

Alberto Chirif, Rodolfo Stavenhagen, Bartolomé Clavero y Jorge Agurto. Foto: Miguel Ibañe
Por  Alberto Chirif
Funcionarios de algunos países, del Perú entre otros, afirman que las declaraciones de Naciones Unidas no son más que la expresión de buena voluntad de ciertos principios sobre temas determinados, pero que no son de cumplimiento obligatorio o vinculante. En el caso de la Declaración de los Derechos de los Pueblos Indígenas, una apreciación en este sentido implica también el desconocimiento de la labor de representantes de Estados y movimientos indígenas de todo el mundo que no obstante haber trabajado el texto durante alrededor de 25 años, algunos burócratas consideran que no es más que un escrito retórico.

(mais…)

Ler Mais

Consolidação da vitória dos quilombolas de Mangueiras, frente à ameaça ao seu território

A Secretaria Municipal de Governo da Prefeitura de Belo Horizonte divulgou o DECRETO Nº 14.055 DE 05 DE AGOSTO DE 2010, que “Estabelece restrições de parcelamento, uso e ocupação do solo na área em processo de reconhecimento e demarcação do Quilombo de Mangueiras, na região Norte do Município de Belo Horizonte”.

O decreto, que entrou em vigor ontem mesmo, suspende “qualquer processo de parcelamento do solo e de edificações, bem como a instituição de Reserva Particular Ecológica, no âmbito da Operação Urbana do Isidoro, na área em processo de reconhecimento e demarcação, conforme Relatório Antropológico de Caracterização Histórica, Econômica e Sócio-Cultural do Quilombo de Mangueiras, de agosto de 2008, constante do respectivo Relatório Técnico de Identificação e Delimitação – RTDI, elaborado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, até que seja publicada Portaria do referido órgão, em conformidade com o art. 17 da Instrução Normativa INCRA/Nº 57, de 20 de outubro de 2009, estabelecendo os limites do território do Quilombo de Mangueiras”.

Fonte: http://portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?method=DetalheArtigo&pk=1039851

Ler Mais

Exploração imobiliária em Parajurú, Ceará, é notícia na tevê da Áustria

por René Schärer

A TV  Nacional da Áustria levou ao ar grave denúncia envolvendo Parajurú, a empresária austríaca Gisi Wisniewski e seu primo Peter Hochegger, que investiu 1,6 milhões de euros no empreendimento Paraíso do Sol e em terrenos em Parajurú. Peter Hochegger é o pivô do  escândalo BUWAG, que envolve a privatização de uma empresa de habitação do Estado. Segundo as notícias, o empresário não pagou os impostos relativos aos ganhos com o empreendimento e foi condenado a devolver o dinheiro.  Para pagar a divida, estaria agora tentando vender seus investimentos em Parajuru, Ceará.

De acordo com a reportagem da TV austríaca, o dinheiro viajou da Áustria via Chipre, até chegar à conta de Gisi Wisniewski no Brasil. A empresária admitiu ter comprado a maioria das terras por 0,50 centavos de euro, e que elas valem no mínimo 15 euros por m2. A reportagem mostra ainda como ela montou um programa de responsabilidade social no empreendimento de Parajurú para camuflar a especulação. E levanta muitas perguntas sobre como se deu a compra do terreno (legal ou terra grilada?) e sobre como o dinheiro entrou no Brasil, levantando inclusive a hipótese de “lavagem de dinheiro”.

O Ministério Publico Federal já pediu a demolição de uma barraca de praia da Escola de Kite Surf que faz parte do investimento, denunciado pelos pescadores de Parajurú.

O link para o programa da TV austríaca é http://tvthek.orf.at/programs/1310-Report/episodes/1539423-Report/1541873-Hanna-Schygulla-und-die-BUWOG-Millionen.

Ler Mais

Carta aberta da ABPN à Sociedade Brasileira

“A Assembléia do VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores (as) Negros(as), no dia 29 de julho de 2010, na cidade do Rio de Janeiro, vem a público apresentar o seu posicionamento em relação às ações sociais e institucionais para o fortalecimento dos direitos da população negra, a saber:

1 – Investir e construir politicamente 2011 – Ano Internacional das/os Afro descendentes, instituídos pela Assembléia Geral das Nações Unidas, nos marcos dos 10 anos da Conferencia de Durban, para consolidar o intercâmbio e laços entre afrodescendentes da diáspora e africanas/os, na continuidade da luta pela construção de sociedades sem racimo, sexismo e dominação de classe. (mais…)

Ler Mais

A impotência ambientalista mora na Amazônia

“É um fato consumado”, admitiu André Villas-Boas, coordenador do independente Instituto Socioambiental, resignado pelo fato de as medidas judiciais e os protestos não impedirem a construção da hidrelétrica de Belo Monte, na Amazônia brasileira. As batalhas perdidas contra milionários projetos prejudiciais ao meio ambiente, às comunidades indígenas e a outras populações locais não desmobilizam os ativistas. Mas os levam a questionar os mecanismos de decisão, especialmente na área energética.

(mais…)

Ler Mais