O Congresso Nacional tem a oportunidade de promover a Segunda Abolição da Escravidão noBrasil. Para isso, é necessário confiscar a terra dos que utilizam trabalho escravo. A expropriação das terras onde for flagrada mão-de-obra escrava é medida justa e necessária e um dos principais meios para eliminar a impunidade.
A Constituição do Brasil afirma que toda propriedade rural deve cumprir função social. Portanto, não pode ser utilizada como instrumento de opressão ou submissão de qualquer pessoa. Porém, o que se vê pelo país, principalmente nas regiões de fronteira agrícola, são casos de fazendeiros que, em suas terras, reduzem trabalhadores à condição de escravos – crime previsto no artigo 149 do Código Penal. Desde 1995, mais de 36 mil pessoas foram libertadas dessas condições pelo governo federal.
Privação de liberdade e usurpação da dignidade caracterizam a escravidão contemporânea. O escravagista é aquele que rouba a dignidade e a liberdade de pessoas. Escravidão é violação dos direitos humanos e deve ser tratada como tal. Se um proprietário de terra a utiliza como instrumento de opressão, deve perdê-la, sem direito a indenização.
Por isso, nós, abaixo-assinados, exigimos a aprovação imediata da Proposta de Emenda Constitucional 438/2001, que prevê o confisco de terras onde trabalho escravo foi encontrado e as destina à reforma agrária. A proposta passou pelo Senado Federal, em 2003, e foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados em 2004. Desde então, está parada, aguardando votação.
É hora de abolir de vez essa vergonha. Neste ano em que a Lei Áurea faz 122 anos, os senhores congressistas podem tornar-se parte da história, garantindo dignidade ao trabalhador brasileiro.
Pela aprovação imediata da PEC 438/2001! Assine aqui!
COMUNICADO À IMPRENSA
Ref. Matéria: MST Informa, nº 185 de 25/06/2010
Prezado jornalista:
Em relação à matéria publicada no Boletim MST Informa – Ano VIII – no 185 de 25/6/2010 – A Ofensiva do Agronegócio contra o povo brasileiro, a Stora Enso emitiu a seguinte carta:
A Secretaria do MST
Vimos pela presente solicitar a retificação da informação publicada no MST Informa – Ano VIII – no 185 de 25/6/2010 – no texto A Ofensiva do Agronegócio contra o povo brasileiro – onde este informativo diz que um diretor de nossa empresa “admite que houve a criação de empresa para burlar a lei brasileira para a compra de terras em zona de fronteira no sul do país”, informação esta que está errada.
Não houve qualquer admissão nesse sentido, pois a criação da empresa Azenglever (empresa brasileira de capital brasileiro) foi feita de forma legal e transparente. A criação da empresa foi informada aos órgãos da administração pública envolvidos e, posteriormente, teve confirmada sua legalidade pelo arquivamento, por ordem da Justiça Federal, de inquérito policial a respeito.
Atenciosamente,
Paulo S. Pires
Gerente
CL-A Comunicações
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