Em 19 de Novembro de 2009, véspera do feriado da Consciência Negra, movimentos negros ocuparam a Secretaria de Justiça do Estado de SP para protestar contra a violência policial. Neste dia, foi protocolada a exigência de realização de Audiência Pública sobre o Genocídio da Juventude Negra e a Violência do Estado, com a presença do então Governador de SP, José Serra, além de seu Secretário de Segurança Pública, do Comandante-Geral da PM, da Delegada de Crimes Raciais e de representantes de organizações sociais. Jamais houve uma resposta.
A carta ao governador foi assinada pelas seguintes organizações: UNEafro-Brasil, Movimento Negro Unificado – MNU, Círculo Palmarino, Tribunal Popular, Núcleo de Consciência Negra na USP, Mães de Maio, Sujeito Coletivo USP, MTST, Fórum Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente de São Paulo.
ATO POLÍTICO CULTURAL
Para debater o assunto com a população, um conjunto amplo e representativo de organizações do movimento negro e de Direitos Humanos realizam nesta quinta-feira, 13 de Maio, uma aula pública na Praça do Patriarca, no centro de São Paulo. Com o tema: “Mais um Maio sem Abolição, Crimes de Maio sem apuração”, a intenção é sensibilizar a sociedade para lutar contra o racismo. Entre outros ativistas e defensores dos direitos humanos, estão confirmadas as presenças dos familiares de Eduardo Luís Pinheiro dos Santos e Alexandre Santos, motoboys negros assassinados por policiais militares em São Paulo.
A aula terá início às 14 horas e será ministrada por palestrantes de diversos segmentos. Entre eles, Marcus Orione, juíz federal e professor da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, Profª Regina Lucia, do MNU, Profº Bas’ilele Malomalo, da Cladin-Unesp e o rapper Edy Rock, do grupo Racionais.
Contato:
Douglas Belchior – UNEafro Brasil (11) 7550-2800
Joselício Junior – Círculo Palmarino (11) 9840-7244
Milton Barbosa – Movimento Negro Unificado (11) 7395-9650