Porto Sul, Bahia: Contra Fatos & Fotos, não há argumentos

“O Movimento Sul da Bahia Justo e Sustentável, que reúne várias instituições de Ilhéus, da região e do País, vem atuando, desde janeiro de 2008, com o principal objetivo de alertar autoridades e a população sobre as graves consequências com a instalação do Complexo Intermodal Porto Sul que vem mascarar, de utilidade pública, o Terminal de Uso Privativo da BAMIN – TUP.

Nosso propósito é conscientizar a população para que não se iludam com os apelos feitos pelo Governo e pela BAMIN (Bahia Mineração), através de Fatos & Fotos que mostrem as Verdades x Mentiras.

Os principais apelos são:

1) promessa da geração de empregos, já que, o próprio governo, fornece-nos dados na mídia, afirmando que: FATO “o turismo gera, para cada emprego direto, 5 indiretos; enquanto que a indústria gera 1,3 direto, para cada indireto…”

2) oferta de cursos para as comunidades do entorno, o que, certamente, não garante a inserção da população local no novo mercado de trabalho.

Este informativo traz depoimentos de moradores e artigos de especialistas em diversas áreas, que demonstram vários equívocos e absurdos que podem comprometer, seriamente, a sobrevivência de muitas espécies da fauna e flora e, principalmente, a nossa.

Informe-se e tire suas conclusões, afinal esta é uma questão que interessa a todos nós: – tanto às comunidades do sul da Bahia, quanto aos moradores do Planeta, já que este empreendimento vai interferir, diretamente, no ecossistema de um dos poucos remanescentes da Mata Atlântica – “nosso 2o. pulmão”, considerado pelo Ministério do Meio Ambiente como “uma das pérolas” da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, instituída pela UNESCO”.

Se quiser ler mais sobre o Porto Sul e os problemas que ele causaria, acesse: www.acaoilheus.org ou www.portosulnao.com.br.

Abaixo a primeira edição do Jornal Porto Sul:

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O Rio e as favelas: futuro e cidadania após o dilúvio

Mario Sergio Brum*

“O bloco de pedra ameaça triturar o presépio de barracos e biroscas. Se deslizar, estamos conversados. Toda gente lá em cima sabe disso e espera o milagre, ou, se não houver milagre, o aniquilamento instantâneo, enquanto a Geotécnica vai tecendo o aranhol de defesas. Quem vence a partida? A erosão caminha nos pés dos favelados e nas águas. Engenheiros calculam. Fotógrafos esperam a catástrofe. Deus medita qual o melhor desfecho, senão essa eterna expectativa de desfecho.” (Carlos Drummond de Andrade, Favelário Nacional)

O dilúvio que nos atingiu no início de abril nos faz refletir. Terá sido levada pela água ou pela terra toda a iniquidade ou, estranhamente, ela parece se reforçar na cidade que ainda nem terminou de contar seus mortos?

Há mais de 25 anos, ainda relembrando as fortes chuvas, Carlos Drummond de Andrade fez poesia do debate sobre o que fazer com as favelas do Rio de Janeiro: “Urbaniza-se? Remove-se?”, indagava o poeta.

O mesmo debate retorna com força tal que permitiu o revigoramento do tema da remoção, fantasma renascido de períodos sombrios de nossa história. Dessa forma, aqui vai uma simples opinião, em que me afasto tanto das posições extremas que vêem as favelas como um estorvo à cidade quanto daquelas que defendem o direito de se viver sob permanente risco. (mais…)

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“Há uma renovação das forças de esquerda sobre o registro étnico e não de classe”

Uma observação: na entrevista abaixo, publicada por “Desinformemonos”, o sociólogo Chico de Oliveira afirma que a “renovação das forças de esquerda sob o conteúdo étnico” não acontece entre nós porque não temos como “apelar para clave étnica no Brasil porque todo mundo é negro. Então o registro brasileiro é o da classe mesmo”. Embora discorde dessa afirmativa, opto por publicar a entrevista por considerá-la um elemento a mais nas discussões sobre o cenário atual da América Latina e pela própria polêmica contida nessa declaração específica. T.P.

São Paulo, Brasil. Um dos principais intelectuais de tradição marxista do Brasil, hoje, o sociólogo Francisco de Oliveira, mais conhecido como Chico de Oliveira, é um analista político aguçado, que não poupa nenhum setor de seu crivo crítico, nem a esquerda. Afinal, segundo ele, “a tarefa do intelectual é pôr o dedo na ferida”, e foi assim que ele justificou as duras críticas que lançou ao atual governo, ao romper com o Partido dos Trabalhadores (PT), ainda no início do primeiro mandato de Lula, em 2003.

Quais as características que marcam a América Latina neste momento e como diferem da crise do século XX?

Se formos analisar a crise de 30, por exemplo, ela abriu muitas frentes na América Latina. Os países entraram naquele processo de industrialização, que é sempre o caminho no capitalismo. É todo um período em que forças nacionais aproveitam a crise para defender seus interesses e empurrá-los na direção da dominação econômica e política. A América Latina atual passa por um processo que é muito interessante porque houve uma renovação das forças da esquerda, não sobre o registro da classe, mas sobre o registro étnico. Então você tem esse processo da Venezuela, do ponto de vista das classificações mais convencionais Chávez é tipicamente um indígena. A mesma coisa do Evo Morales na Bolívia, que é mais flagrante ainda. Mudou o registro do conflito e aí essas forças sociais, que eram controladas desde cima, elas estão levando a novos processos nesses países. (mais…)

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CPISP lança segunda edição de baralho ensinando a quilombolas como obter a titulação

Foto:Carlos Penteado

“O Caminho da Titulação” – 2ª Edição

A Comissão Pró-Índio de São Paulo lançou a 2ª edição do material didático “O Caminho da Titulação”. Em formato de jogo de baralho foi concebido para ensinar de maneira lúdica os procedimentos para a titulação das terras quilombolas.

O “baralho” pode ser adquirido enviando e-mail para a Comissão Pró-Índio de São Paulo, no endereço [email protected].

http://comissaoproindio.blogspot.com/2010/04/jogo-o-caminho-da-titulacao-2-edicao.html

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Estudo da ECA avalia presença do negro na publicidade

Júlio Bernardes /Agência USP

Estudo da ECA avalia presença do negro na publicidade Pesquisa da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP aponta o crescimento da presença do negro na publicidade nos últimos anos, mas sem que houvesse grandes avanços na direção de uma representação mais positiva.  O estudo do pesquisador  Carlos Augusto de Miranda e Martins mostra que os negros ainda são associados a estereótipos negativos surgidos no século XIX, quando as teses do racismo científico foram introduzidas no Brasil.

Além de identificar a participação dos negros na publicidade, a pesquisa investigou a origem histórica das formas de representação. Foram analisados anúncios publicados na revista “Veja” entre 1985 e 2005. “Houve uma mudança quantitativa e qualitativa no período”, aponta Martins, formado em História. “A presença do negro na publicidade aumentou de 3% em 1985, para 13% em 2005”.

Em termos qualitativos, houve mudanças nas representações mais comuns encontradas nos anúncios. “Perderam força estereótipos como o da mulata, ligado ao Carnaval, e o do negro primitivo, associado a uma visão idealizada da África”, conta o pesquisador. “Outras representações, como a do negro artista, atleta ou carente social, cresceram no período.”

Enquanto aconteceu um aumento de anúncios neutros, houve poucos avanços no que diz respeito a peças publicitárias que valorizem o negro. “Poucas vezes, eles aparecem em posições valorizadas ou de destaque como executivos, donos de negócios, professores ou jornalistas”, aponta Martins. “Ao mesmo tempo são comuns representações do negro como trabalhador braçal, tais como doméstica, operário, carregador, além dos estereótipos já mencionados.” (mais…)

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Uma rede de comunicadores populares em defesa da reforma agrária

Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária

A criação da Rede é uma resposta à campanha de criminalização dos movimentos sociais que lutam pela reforma agrária. Essa ofensiva é liderada pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), reproduzida pela bancada ruralista no Congresso Nacional e pela mídia conservadora, e apoiada pelos setores reacionários instalados no Poder Judiciário. Esse processo culminou, no final de 2009, com a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o MST.

A Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária já foi lançada em São Paulo, no dia 11 de março, na sede do Sindicato dos Jornalistas e está em processo de criação no Rio de Janeiro, Ceará e Bahia. A proposta da Rede é denunciar as barbaridades cometidas pelos latifundiários no campo, pressionar o governo federal para atualizar os índices de produtividade rural, divulgar o protagonismo da agricultura familiar e exigir que o Estado brasileiro pague a dívida social secular com os trabalhadores e trabalhadoras rurais.

Contamos com sua presença. Ajude você também a escrever a história de um Brasil para todos! Visite nosso blog (www.reformaagraria.blog.br) e faça parte desta luta.

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CAMPANHA OPARÁ – POVOS INDÍGENAS EM DEFESA DO RIO SÃO FRANCISCO

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O Rio São Francisco é a fonte de vida mais importante do semi-árido do Nordeste brasileiro, hospedando nas suas margens povos indígenas, comunidades quilombolas e pescadores tradicionais que dependem dele para viver. As 7 barragens e hidrelétricas construídas ao longo do rio, junto com os grandes empreendimentos de agronegócio, já diminuíram 70% da vegetação e dos peixes nativos e destruíram o ciclo da vazante que regulava as atividades produtivas das populações.

O projeto de transposição do curso do rio, capitaneado pelo governo brasileiro, ameaça a vida do rio e dos povos tradicionais que desde sempre o respeitam e defendem. As águas transpostas serão privatizadas e destinadas ao agronegócio e a indústrias pesadas para beneficiar latifundiários e empresas multinacionais. Apenas 4% das águas serão destinadas à população do semi-árido.

Nós, 33 povos indígenas do Nordeste impactados com o projeto de transposição das águas do Rio Opará (Rio-Mar), conhecido como rio São Francisco, queremos ver respeitados nossos direitos e garantir a plenitude de nossos territórios e de nosso Rio, Pai e Mãe da Nação Indígena. Não desistimos de lutar por sua revitalização e contra a transposição.

Contamos com seu apoio. Assine nossa petição para o Supremo Tribunal Federal ou envie a carta por fax e correio, para que seja respeitado o direito de sermos consultados. Para saber mais leia o relatório “Povos Indígenas do Nordeste impactados com a transposição do Rio São Francisco“.

http://www.apoinme.org.br/

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Carta do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais

Somos 65 homens e mulheres de 11 estados brasileiros, pertencemos ao Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais, estivemos reunidos em assembléia, de 05 a 09 de abril de 2010, em Acupe de Santo Amaro, Recôncavo Baiano, e redefinimos os princípios, objetivos e estratégias para o fortalecimento da luta dos pescadores e pescadoras artesanais no Brasil. Decidimos assumir um novo nome para o movimento com objetivo de simbolizar o rompimento com um modelo institucional e representativo que não foi capaz de acolher as lutas e sonhos dos povos das águas. Assim, não estamos vinculados a qualquer instituição.

A base do movimento são os grupos de pescadores e pescadoras artesanais nas comunidades que assumem os objetivos do movimento de forma organizada e que se fortalecem a partir de coordenações locais, regionais, estaduais e nacional. A participação efetiva de mulheres e jovens marca este novo momento da organização dos pescadores e pescadoras. A presença negra e indígena marca profundamente a nossa identidade. Acreditamos no poder popular e assumimos a missão de organizar e formar os lutadores do povo nas águas, como contribuição histórica para a construção de uma sociedade justa. (mais…)

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Tome uma atitude contra a impunidade da tortura no Brasil

[Adital]

DIVULGUE EM SUAS LISTAS E NÃO DEIXE SUA OPINIÃO DE FORA!

MANIFESTE-SE!

Envie sua carta aos Ministros do STF

4ª feira dia 28/04/2010 o Supremo Tribunal Federal julgará a ADPF-153 sobre a Lei da Anistia. Os Ministros irão decidir sobre um tema grave nos dias de hoje: a IMPUNIDADE DA TORTURA em nosso país. Esta decisão é importante, pois uma derrota representará a não apuração dos crimes de lesa-humanidade praticados no Brasil, entre os anos 1964-1985, ocorridos durante o regime militar. Caracterizará também o descumprimento dos tratados internacionais RATIFICADOS PELO BRASIL sobre Direitos Humanos junto à ONU e será um retrocesso que contribuirá para a banalização da tortura no país.

CLIQUE AQUI PARA PARTICIPAR DA CAMPANHA (mais…)

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Nasce um novo movimento climático na Bolívia

A cúpula climática na Bolívia teve seus momentos de alegria, leveza e absurdos. No fundo, porém, sente-se a emoção que esse encontro provocou: a raiva diante da impotência. A Bolívia está em meio a uma dramática transformação política, que nacionalizou indústrias e elevou como nunca as vozes indígenas. Mas suas geleiras andinas estão derretendo numa velocidade alarmante, ameaçando o fornecimento de água em duas de suas principais cidades. Os bolivianos não podem mudar seu destino por si mesmos. O artigo é de Naomi Klein.

Naomi Klein – Sin Permiso (The Nation)

Cochabamba, Bolívia. Eram 11 da manhã e Evo Morales tinha transformado o estádio de futebol numa gigantesca sala de aula, e tinha disposto organizadamente uma variedade de objetos de utilidade cotidiana: pratos de papelão, copos de plástico, capas de chuva descartáveis, xícaras feitas a mão, pratos de madeira e ponchos coloridos. Todos esses objetos desempenharam um papel para demonstrar um ponto central: para lutar contra a mudança climática necessitamos recuperar os valores dos indígenas.

No entanto, os países ricos têm pouco interesse em aprender essas lições e, ao contrário, promovem um plano que, no melhor dos casos, aumentaria a temperatura global em média dois graus centígrados. Isso implicaria o derretimento das geleiras dos Andes e do Himalaia, disse Morales a milhares de pessoas reunidas no estádio, participantes da Conferência Mundial dos Povos sobre a Mudança Climática e os Direitos da Mãe Terra (http://cmpcc.org/). O que não era preciso dizer é que não importa o quão sustentável decida viver o povo boliviano, porque ele não tem poder para salvar suas geleiras.

A cúpula climática na Bolívia teve seus momentos de alegria, leveza e absurdos. No fundo, porém, sente-se a emoção que esse encontro provocou: a raiva diante da impotência. (mais…)

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