CPI das Usinas: índios, garimpeiros e ribeirinhos ameaçam paralisar as obras de Jirau

Fonte: Rondonoticias
Link: http://www.rondonoticias.com.br

A Comissão Parlamentar de Inquérito que apura indícios de irregularidades nas verbas indenizatórias das obras das usinas de Jirau e Santo Antônio no rio Madeira, continua ouvindo as reivindicações das comunidades mais atingidas pelos empreendimentos.  Já foram ouvidos os moradores da Vila de Santo Antônio, do Distrito de Jaci-Paraná, de Mutum-Paraná e colônia de pescadores de Porto Velho e região.

Desta vez, uma nova audiência foi realizada na manhã deste sábado (24) no Distrito de Mutum-Paraná, onde foram ouvidos representantes dos povos indígenas, ribeirinhos e garimpeiros, que estavam revoltados com o descaso e a falta de cumprimento dos acordos por parte dos consórcios.  Por vários momentos os ânimos se exaltaram.

Para o líder da tribo Caxarari, cacique Zezinho, a Funai, como órgão responsável pelas comunidades indígenas, foi na verdade irresponsável a partir do momento em que não se envolveu no processo de indenizações.  “Tem muita gente sendo pressionada a aceitar o que eles determinam, nós estamos sós nessa luta, a Funai é omissa.  Nós somos brasileiros e temos que ser tratados com respeito.  E saibam que aqui, está apenas uma pequena parcela dos índios que queriam vir para esta audiência afim de saber o que será feito com nossas vidas”, declarou.

Na ocasião, os índios deram um prazo de trinta dias para que o consórcio de Jirau apresente uma solução para o processo de indenizações.  “Nós estamos dando um prazo de trinta dias para que eles apresentem uma solução para que sejamos indenizados o mais rápido possível, caso eles não assumam suas responsabilidades nós iremos parar as obras de Jirau, juntamente com os ribeirinhos e garimpeiros”, declarou o cacique Caxarari. (mais…)

Ler Mais

Baixe o relatório da CPT com dados da violência do latifúndio contra trabalhadores rurais

relatório Conflitos no Campo Brasil

A 25ª edição do relatório Conflitos no Campo Brasil, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) apresenta dados, artigos, estudos e análises da evolução da violência do latifúndio contra trabalhadores rurais.

Clique aqui e faça o download do relatório em PDF. Consulte os dados e leia as análises dos seguintes pesquisadores, jornalistas e militantes:

Ariovaldo Umbelino de Oliveira – Professor Titular de Geografia Agrária – FFLCH – USP
Alfredo Wagner Berno de Almeida – Antropólogo. Coordenador do NSCA/CESTU-UEA, professor do PPCAS-UFAM e pesquisador do CNPq.
Verena Glass – jornalista e pesquisadora do Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis da Repórter Brasil.
Luis Fernando Novoa Garzon – Prof. da Universidade Federal de Rondônia-UNIR; Doutorando no IPPUR-UFRJ; Membro da Rede Brasil sobre IFMs e da REBRIP.
Xavier Plassat – Coordenador da Campanha Nacional da CPT contra o Trabalho Escravo
Maurício Hashizume – Editor de Jornalismo da Repórter Brasil
Carlos Walter Porto-Gonçalves – Doutor pela UFRJ é Professor do Deptº de Geografia da UFF e de seu Programa de Pós-graduação. É coordenador do LEMTO – Laboratório de Estudos de Movimentos Sociais e Territorialidades.
Paulo Roberto Raposo Alentejano – Doutor pelo CPDA-UFRRJ é Professor do Deptº de Geografia da UERJ-FFP e Pesquisador da Fiocruz. É coordenador do GeoAgrária UERJ.
Antonio Sergio Escrivão Filho – Advogado, Assessor Jurídico da Terra de Direitos, Mestre em Direito Agrário pela Universidade Estadual Paulista/UNESP.
Darci Frigo – Advogado, Coordenador Executivo da Terra de Direitos.
Egon Heck – Mestre em Ciências Sociais, coordenador da Regional Mato Grosso do Sul do CIMI.
Antônio Canuto – Secretário da Coordenação Nacional da CPT
Sérgio Sauer – Professor da Faculdade da UnB de Planaltina (FUP/UnB)Relator do Direito Humano à Terra, Territòrio e Alimentação da Plataforma Dhesca Brasil.

* Nota da Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária publicada pelo EcoDebate, 27/04/2010

Ler Mais